Spelade

  • Hugo Penedones é licenciado em Engenharia Informática e Computação pela Universidade do Porto e é cofundador e atualmente CTO da Inductiva.AI, uma empresa de Inteligência Artificial para a ciência e engenharia. Anteriormente, passou pela Google DeepMind, onde foi membro fundador do projeto AlphaFold, um algoritmo de previsão de estruturas de proteínas que viria a revolucionar a ciência nesta área a levar a atribuição do Prémio Nobel de Química de 2024 a Demis Hassabis e John M. Jumper (David Baker foi o 3º laureado com o Nobel). Ao longo da sua carreira, trabalhou em diversas áreas, incluindo visão por computador, pesquisa web, bioinformática e aprendizagem por reforço em instituições de investigação como o Idiap e a EPFL na Suíça.

    _______________

    Índice:

    (0:00) Início

    (3:30) PUB

    (3:54) IA aplicada à Ciência | Projecto Alphafold (Google Deepmind) | Paper em que o convidado foi co-autor

    (14:01) Alphafold vs LLMs (ex: ChatGPT) | AlphaGo

    (22:20) Como num hackathon com o Hugo e dois colegas começou  o Alphafold | Demis Hassabis (CEO da Deepmind)

    (28:31) Outras aplicações de AI na ciência: fusão nuclear, previsão do tempo 

    (41:14) IA na engenharia de materiais: descoberta de novos materiais e o potencial dos supercondutores

    (46:35) IA cientista: Poderá a IA formular hipóteses científicas no futuro? | Matemática | P vs NP

    (57:10 ) Modelos de machine learning são caixas negras?

    (1:03:12) Inductiva, a startup do convidado dedicada a simulações numéricas com machine learning

    (1:13:47) A promessa da computação quântica 

    Cortar de 1:14:44 a 1:16:38 (assegura pf que fica silêncio no final, antes de eu fazer a pergunta seguinte, que muda de tema)

    (1:16:03) Desafios da qualidade dos dados na ciência com IA | Será possível simularmos uma célula?

    (1:24:44) Que progressos podemos esperar da IA na ciência nos próximos 10 anos? | Alphacell

    ______________

    Esta conversa foi editada por: João Ribeiro

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Na estante do Governo Sombra, esta semana, encontramos um livro decisivo para a chegada do surrealismo a Portugal, que nunca tinha tido tradução portuguesa: "História do Surrealismo", de Maurício Nadeau, as memórias póstumas de um mártir russo: "Patriota", de Alexei Navalny; o romance mais recente de Rachel Cusk: "Desfile", e o catálogo da exposição “Unidos Venceremos! Protesto, Greves e Sindicatos no Marcelismo (1968-1974)”.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Este verão o Expresso recupera o melhor do primeiro semestre de 2024: oiça aqui o podcast de Francisco Pinto Balsemão sobre Inteligência Artificial.

    Com o avanço da IA, muitos trabalhadores temem a substituição dos seus empregos por tecnologia. A colaboração com máquinas muitas vezes requer que os trabalhadores aprendam novas habilidades e competências e isso pode ser desafiador para aqueles que estão acostumados a métodos de trabalho mais tradicionais. Como é que a inteligência artificial pode impactar o mercado de trabalho e as taxas de emprego na indústria? A IA pode ser usada para melhorar as condições de trabalho, aumentar a eficiência, a produtividade e potencialmente criar novos tipos de empregos na indústria? Para responder a estas perguntas, Francisco Pinto Balsemão convidou José Teixeira, empresário e administrador de diversas empresas do DST Group, e Paulo Dimas, Vice-Presidente de Inovação da Unbabel e CEO do Centro para IA Responsável, um consórcio liderado pela Unbabel formado por startups, centros de investigação e líderes de indústria com a missão de criar a próxima geração de produtos de IA baseados nos princípios e tecnologias da IA Responsável. Oiça aqui o quinto episódio do podcast A Próxima Vaga, dedicado ao impacto da IA na Indústria e na Sustentabilidade, originalmente publicado a 15 de fevereiro de 2024.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Tom Chatfield is a British author and tech philosopher, interested in improving our experiences and understanding of technology. He is the author of several books on good thinking in today’s tech-dominated world, including “Critical Thinking” and “How to Think”. He also teaches these skills to diverse audiences, ranging from schools to corporate boardrooms, and he has recently designed a successful online course on Critical Thinking for the Economist education. His most recent book is Wise Animals, an exploration of the co-evolution of humanity and technology—and the lessons our deep past may hold for the present. He’s also an experienced Chair, Non-Executive Director, advisor and speaker across the private and public sectors.

    -> Use o código "45graus" para um desconto em blanky.pt.

    -> Inscreva-se aqui no módulo 3 dos workshops de Pensamento Crítico: «Decidir Melhor». Registe-se aqui para ser avisado(a) de futuras edições dos workshops.

    _______________

    Índice:

    (00:00) Introduction in Portuguese

    (2:54) Introduction in English

    (5:00) How did you end up writing about critical thinking and technology? | Is critical thinking a soft or a hard skill? | Heuristics and biases (work of Daniel Kahnemen and Amos Trvsersky) | The art of knowing when to seek ‘cognitive reinforcements’ | Why communicating nuances and uncertainties is so hard today. | Arguments when our basic assumptions differ | Why critical thinking is not about being always right. | The importance of challenging our assumptions.

    (32:40) Why asking questions is the best way to dispute arguments. | The importance of creating trust to have open discussions. | Useful tricks to improve collective decision-making: pre-mortems; obligation to dissent; Oxford-style debates | How much of corporate work today runs around sending and replying to emails | The Amazon memo | ask religious schools | The importance of thinking before talking: book Robert Poynton - Do Pause: You Are Not A To Do List

    (47:40) Difference between teaching critical thinking to 12 year olds and corporate audiences? | The ubiquity of business jargon | Richard Feynman and the power of questions | Why did SpaceX give up on “catching” falling fairings? | Thomas Kuhn on paradigm shifts | Richard Feynman On The Folly Of Crafting Precise Definitions

    (1:09:00) New book: Wise Animals: How Technology Has Made Us What We Are | Impact of mass interactive media on democracy. | impact of social media on social health. Book by Jonathan Haidt: The Anxious Generation

    _______________

    Today we're diving into an enlightening conversation with Tom Chatfield, a British author and tech philosopher.

    Tom is the author of several books on good thinking in today’s tech-dominated world, including “Critical Thinking” and “How to Think”. He also teaches these skills to diverse audiences, ranging from schools to corporate boardrooms, and he has recently designed a successful online course on Critical Thinking for the Economist education. In his most recent book, Wise Animals, Tom explores our relationship with technology, examining the lessons that our ancestral past may hold for our present challenges.

    In this thought-provoking conversation with Tom, we discussed his advice for how to think more critically in today’s complex world. We talked about strategies to combat the influence of cognitive biases in our mind, as popularized by thinkers like the late Daniel Kahneman and Amos Tversky, and the importance (and difficulty) of challenging our own assumptions. We also discussed the importance of creating trust in order to be able to have open conversations, and some techniques for deep discussions and good decision making in all contexts.

    In the final part, we turned our focus to Tom’s latest book, which explores our relationship with technology, and I asked his view on two big impacts technology is currently having in society: the destabilizing effect of mass interactive media on traditional democratic structures, exacerbating polarization and eroding public trust in institutions; and the troubling rise of what many experts refer to as an “Epidemic of Mental Illness” among children and teenagers, driven by pervasive social media use.

    ______________

    Obrigado aos mecenas do podcast:

    Francisco Hermenegildo, Ricardo Evangelista, Henrique Pais

    João Baltazar, Salvador Cunha, Abilio Silva, Tiago Leite, Carlos Martins, Galaró family, Corto Lemos, Miguel Marques, Nuno Costa, Nuno e Ana, João Ribeiro, Helder Miranda, Pedro Lima Ferreira, Cesar Carpinteiro, Luis Fernambuco, Fernando Nunes, Manuel Canelas, Tiago Gonçalves, Carlos Pires, João Domingues, Hélio Bragança da Silva, Sandra Ferreira , Paulo Encarnação , BFDC, António Mexia Santos, Luís Guido, Bruno Heleno

    Tomás Costa, João Saro, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Rafael Santos, Andreia Esteves, Ana Teresa Mota, ARUNE BHURALAL, Mário Lourenço, RB, Maria Pimentel, Luis, Geoffrey Marcelino, Alberto Alcalde, António Rocha Pinto, Ruben de Bragança, João Vieira dos Santos, David Teixeira Alves, Armindo Martins , Carlos Nobre, Bernardo Vidal Pimentel, António Oliveira, Paulo Barros, Nuno Brites, Lígia Violas, Tiago Sequeira, Zé da Radio, João Morais, André Gamito, Diogo Costa, Pedro Ribeiro, Bernardo Cortez

    Vasco Sá Pinto, David , Tiago Pires, Mafalda Pratas, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, João Raimundo, Francisco Arantes, Mariana Barosa, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte , Tomás Félix, Vasco Lima, Francisco Vasconcelos, Telmo , José Oliveira Pratas, Jose Pedroso, João Diogo Silva, Joao Diogo, José Proença, João Crispim, João Pinho , Afonso Martins, Robertt Valente, João Barbosa, Renato Mendes, Maria Francisca Couto, Antonio Albuquerque, Ana Sousa Amorim, Francisco Santos, Lara Luís, Manuel Martins, Macaco Quitado, Paulo Ferreira, Diogo Rombo, Francisco Manuel Reis, Bruno Lamas, Daniel Almeida, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Luis Gomes, Cesar Correia, Cristiano Tavares, Pedro Gaspar, Gil Batista Marinho, Maria Oliveira, João Pereira, Rui Vilao, João Ferreira, Wedge, José Losa, Hélder Moreira, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Manuel Botelho da Silva, João Diamantino, Ana Rita Laureano, Pedro L, Nuno Malvar, Joel, Rui Antunes7, Tomás Saraiva, Cloé Leal de Magalhães, Joao Barbosa, paulo matos, Fábio Monteiro, Tiago Stock, Beatriz Bagulho, Pedro Bravo, Antonio Loureiro, Hugo Ramos, Inês Inocêncio, Telmo Gomes, Sérgio Nunes, Tiago Pedroso, Teresa Pimentel, Rita Noronha, miguel farracho, José Fangueiro, Zé, Margarida Correia-Neves, Bruno Pinto Vitorino, João Lopes, Joana Pereirinha, Gonçalo Baptista, Dario Rodrigues, tati lima, Pedro On The Road, Catarina Fonseca, JC Pacheco, Sofia Ferreira, Inês Ribeiro, Miguel Jacinto, Tiago Agostinho, Margarida Costa Almeida, Helena Pinheiro, Rui Martins, Fábio Videira Santos, Tomás Lucena, João Freitas, Ricardo Sousa, RJ, Francisco Seabra Guimarães, Carlos Branco, David Palhota, Carlos Castro, Alexandre Alves, Cláudia Gomes Batista, Ana Leal, Ricardo Trindade, Luís Machado, Andrzej Stuart-Thompson, Diego Goulart, Filipa Portela, Paulo Rafael, Paloma Nunes, Marta Mendonca, Teresa Painho, Duarte Cameirão, Rodrigo Silva, José Alberto Gomes, Joao Gama, Cristina Loureiro, Tiago Gama, Tiago Rodrigues, Miguel Duarte, Ana Cantanhede, Artur Castro Freire, Rui Passos Rocha, Pedro Costa Antunes, Sofia Almeida, Ricardo Andrade Guimarães, Daniel Pais, Miguel Bastos, Luís Santos

    _______________

    Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira

    _______________

    Bio: Tom Chatfield is a British author and tech philosopher, interested in improving our experiences and understanding of technology. His most recent book is Wise Animals, an exploration of the co-evolution of humanity and technology—and the lessons our deep past may hold for the present. His recent work around future skills and technology includes designing and presenting the Economist‘s new business course Critical Thinking: Problem-solving and decision-making in a complex world. Tom’s non-fiction books exploring digital culture, including How To Thrive in the Digital Age (Pan Macmillan) and Live This Book! (Penguin), have appeared in over thirty languages. His bestselling critical thinking textbooks and online courses, developed in partnership with SAGE Publishing, are used in schools and universities across the world. He’s also an experienced Chair, Non-Executive Director, advisor and speaker across the private and public sectors. Topics he’s written about recently include the ethics of AI, what it means to think well, technology in deep time and the philosophy of fake news.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • O convidado é licenciado e mestre em Filosofia pela Universidade de Lisboa. Tem-se dedicado sobretudo à filosofia da arte. Dirige a coleção Filosofia Aberta, da Gradiva e é autor de vários livros, entre os quais O Valor Cognitivo da Arte (2010) e A Definição de Arte: O Essencial (2019).

    -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar

    Foi sobretudo este último -- sobre o que é, afinal, a arte -- o mote para a nossa conversa.

    Já há muito tempo que queria falar sobre arte no 45 Graus. É um tema obviamente com muito pano para mangas; afinal, não há ninguém que não aprecie alguma forma de arte, seja ela a pintura, a música ou o cinema. No entanto, faltava-me encontrar um convidado que tivesse a abordagem certa. Porque a verdade é que a arte, como depende muito da nossa sensibilidade individual, é um tema que se presta muito a análises, digamos, pouco… objectivas.

    Ou é discutido numa lógica puramente subjectiva, do tipo: “adooooro o Tarantino” -- ou a Paula Rego (ou, pelo contrário eles “não me dizem nada”). Ou é discutido de uma forma quase religiosa, com uma admiração cega por tudo o que é de determinado artista, seja ele o David Bowie ou Picasso. (A nossa conversa começa precisamente por este ponto). Ou então, mesmo quando encontramos uma discussão acesa sobre arte, como é comum por exemplo na crítica de cinema, o que vemos, na verdade, muitas vezes, é uma discussão com superlativos a mais e objectividade a menos.

    De certa forma, pode dizer-se que estive este tempo todo à espera de um convidado como o Aires Almeida, que consegue falar sobre arte de forma cativante mas sem peneiras nem poses. O nome dele foi-me sugerido pelo Desidério Murcho, outro grande convidado do 45G, a quem agradeço.

    O ponto de partida para a nossa conversa foi o mais elementar de todos: o que é a arte? Que aspectos são comuns a formas tão diferentes de arte como a pintura, a música ou a literatura e que, no entanto, as distinguem de outras actividades humanas? E porque é que a arte é algo que consideramos valioso -- o que é que a arte nos dá? Dá-nos prazer, claramente, mas pode também ser uma fonte de conhecimento? Ou é simplesmente um tipo de experiência diferente dos outros todos?

    Foi uma longa conversa, na qual percorremos uma série destes aspectos da natureza da arte.

    _______________

    Índice da conversa:

    (00:00) Introdução

    (03:04) não devemos tratar a arte como algo sagrado, não tem valor intrínseco. (Noël Carroll, filósofo)

    (12:34) Os vários problemas filosóficos em torno da arte | O que é arte? Diferentes tipos de definições. | Casos-fronteira. Gato Fedorento - Lusco Fusco | Fahrenheit 451, de Ray Bradbury

    (25:09) Porque é que, enquanto sociedade, valorizamos tanto a arte e os artistas? | O que é a Arte?, de Lev Tolstói

    (29:19) Há muita arte má. A falácia da divisão. | Gerhard Richter | Muita arte poderia ser destruída.

    (35:55) A arte enquanto fonte de prazer. Robert Nozick e a “máquina das experiências” | O entretenimento é inimigo da arte?

    (41:27) A arte enquanto fonte de conhecimento? Jerome Stolnitz on the cognitive triviality of art | A arte enquanto estímulo dos sentidos. | A arte enquanto fonte de uma ‘experiência estética’ que é única. | A música é universal?

    (54:30) A arte enquanto meio para experienciar emoções que de outra forma não teríamos (ou sem ter o custo associado). (Porque é que as pessoas ouvem música triste e vêem filmes de terror?)

    (01:01:01) O papel no valor que a Humanidade da arte da admiração pelo/a génio do artista.

    (01:06:17) Por que admiramos mais o talento do que o esforço? | A ‘regra’ das 10,000 horas de treino | Livro “Guitar Zero”, de Gary Marcus | Livro “The Sense of Style”, de Steven Pinker

    (01:14:04) A intenção do artista importa para o valor da obra? | Ensaio “A morte do autor”, de Roland Barthes |

    (01:20:43) Quando a arte se torna um mero adereço social (a “pose” dos artistas e dos críticos de arte). | Música atonal. | Os Abba

    (01:23:43) Quando a mesma música ou o mesmo filme nos despertam reacções diferentes em momentos diferentes da vida. | “Voando sobre um ninho de cucos” | A dificuldade em apreciar devidamente obras marcantes antigas que foram revolucionárias na altura. | Pulp Fiction. | Filmes de Manoel de Oliveira. | Ulysses, de James Joyce

    (01:33:07) Obras falsas podem ser consideradas arte? Documentário Netflix “Made You Look”. | Han van Meegeren. O falsificador que engazopava nazis. | Nelson Goodman (filósofo) | O urinol de Marcel Duchamp

    (1:39:19) ...de volta ao problema da Definição da Arte: como classificar a arte de vanguarda? | Anti-humor | Nick Zangwill (filósofo)

    (1:45:54) Livro recomendado: “Investigações Estéticas - Ensaios de filosofia da arte”, de Jerrold Levinson

    _______________

    Obrigado aos mecenas do podcast:

    Tomás Fragoso, Gonçalo Murteira Machado Monteiro, Nuno Costa, Francisco Hermenegildo, Mário Lourenço, Carlos Seiça Cardoso, José Luís Malaquias, Tiago Leite, Carlos Martins, Corto Lemos, Margarida Varela, Filipe Bento Caires, Miguel Marques, Galaró family, Nuno e Ana, João Ribeiro, Miguel Vassalo, Bruno Heleno

    Gonçalo Matos, Emanuel Gouveia, Ricardo Santos, Ricardo Duarte, Ana Sousa Amorim, Manuel Martins, Sara Mesquita, Francisco Sequeira Andrade, ChaosSeeker , Gabriel Sousa, Gil Nogueira, Luis Brandão Marques, Abílio Silva, Joao Saro, Tiago Neves Paixão, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Diogo Sampaio Viana, José Soveral, André Oliveira, Andreia Esteves, João Bernardino, Luís Costa, Ana Teresa Mota, Isabel Oliveira, Arune Bhuralal

    Rui Baldaia, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, Hugo Correia, Duarte , Francisco Vasconcelos, Telmo , Jose Pedroso, MANNA Porto, José Proença, Carlos Manuel Lopes de Magalhães Lima, Maria Francisca Couto, joana Antunes, Nelson Poças, Francisco López Bermúdez, Carlos Silveira, Diogo Rombo, Bruno Lamas, Fábio Mota, Vítor Araújo, João Pereira, Francisco Valente, Nuno Balsas, Jorge Amorim, Rui Vilão, João Ferreira, Luís Elias, José Losa, Hélder Moreira, Diogo Fonseca, Frederico Apolónia, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Paulo Fernandes, Nuno Lages, João Diamantino, Vasco SÁ Pinto, Rui Carrilho, Luis Quelhas Valente, Tiago Pires, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, João Raimundo, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, João Castanheira, Pedro , rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Tomás Félix, Vasco Lima, Joao Pinto, João Moreira, José Oliveira Pratas, João Diogo Silva, Marco Coelho, Joao Diogo, Francisco Aguiar , Tiago Costa da Rocha, João Crispim, Paulo dos Santos, Abílio Mateus, João Pinho , Andrea Grosso, Miguel Lamela, Margarida Gonçalves, Afonso Martins, João Barbosa, Luis Filipe, Renato Mendes, António Albuquerque, Francisco Santos, juu-san, Fernando Sousa, Pedro Correia, MacacoQuitado, Paulo Ferreira, Gabriela, Nuno Almeida, Francisco Manuel Reis, Daniel Almeida, Albino Ramos, Inês Patrão, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Miguel Mendes, Luis Gomes, Ana Batista, Alberto Santos Silva, Cesar Correia, Susana Ladeiro, Gil Batista Marinho, Filipe Melo, Cheila Bhuralal, Bruno Machado, Miguel Palhas, isosamep, Robertt , Pedro F. Finisterra, Cristiano Tavares, Pedro Vieira, Jorge Soares, Maria Oliveira, Bruno Amorim Inácio, Nuno , Wedge, Pedro Brito, Manuel Botelho da Silva, Ricardo Leitão, Vítor Filipe, João Bastos, Natália Ribeiro, Bernardo Pimentel, Pedro Gaspar, Hugo Domingues

    _______________

    Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira

    _______________

    Bio: Licenciado em Filosofia pela Universidade de Lisboa, onde também obteve o grau de Mestre em Filosofia da Linguagem e da Consciência (2005), com uma tese sobre filosofia da arte. É professor de Filosofia do ensino secundário, colaborador do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa (Grupo LangCog) e, desde 2017, é membro da direcção da Sociedade Portuguesa de Filosofia. É autor dos livros O Valor Cognitivo da Arte (2010) e A Definição de Arte: O Essencial (2019), coautor, com Desidério Murcho, de Janelas Para a Filosofia (2014, entretanto esgotado) e de vários outros livros didácticos de filosofia. Desde 2006 dirige a coleção Filosofia Aberta, da Gradiva Publicações. Vive em Portimão, mas é natural de Vila Nova de Foz Côa.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • O convidado é uma presença regular no debate sobre políticas públicas de educação. Nos últimos anos, tem-se destacado como colunista no jornal Observador, onde publica regularmente ensaios sobre estes temas que se destacam pelo grau de profundidade da análise. Tem, além disso, várias publicações nesta área. Actualmente, é presidente da QIPP, uma organização sem fins lucrativos ligada às políticas públicas, e anteriormente, foi conselheiro do Conselho Nacional de Educação e desempenhou funções de assessor parlamentar no âmbito da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura.

    -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar

    A educação é, talvez, o melhor candidato que temos à prioridade número um de políticas públicas de qualquer país desenvolvido. O nível de educação da população tem uma correlação positiva com quase tudo aquilo em que pensamos quando pensamos num país desenvolvido: crescimento económico, igualdade de oportunidades, uma sociedade civil pujante e até a qualidade da saúde mental da população.

    No caso de Portugal, é comum ouvirmos muitas críticas ao sistema de ensino. Mas a verdade é que nas duas últimas décadas operou-se em Portugal uma espécie de revolução silenciosa no ensino. Se olharmos para os dados, nomeadamente os rankings PISA da OCDE (que é o indicador mais fiável para comparações internacionais), o retrato que emerge é de um país que é, nas palavras do director da OCDE para a educação, a “maior história de sucesso da Europa”, com uma progressão notável desde a viragem do século.

    Estes progressos são um bom exemplo de como políticas públicas relativamente estáveis entre governos de cor diferente são essenciais para o desenvolvimento do país. Aliás, o lado político e institucional dessa proeza é um assunto que, provavelmente, valeria um episódio do podcast dedicado (ao estilo do que gravei com o João Goulão sobre a política das drogas).

    Apesar desta evolução, continua, no entanto, a haver lacunas importantes no sistema de ensino português. Desde logo, continuamos a ter um nível elevado de reprovações e de alunos que deixam a escola antes do tempo. Por outro lado, estas melhorias na educação das novas gerações não tiveram equivalente na escolarização das pessoas mais velhas. Aqui, o legado anterior continua a pesar e em Portugal a percentagem de adultos sem ensino secundário é ainda quase metade da população, mais do dobro da média europeia.

    Para além disso, há aspectos estruturais do próprio sistema que continuam a restringir a qualidade do ensino em Portugal. Por exemplo, a capacidade das escolas em melhorar a sua oferta e adaptá-la às necessidades locais continua constrangida por um baixo grau de autonomia comparativamente com outros países, nomeadamente na contratação e avaliação de professores. Da mesma forma, os professores são hoje uma população envelhecida (menos de 1% tem menos de 30 anos), com reduzido prestígio social, baixo nível de autonomia e poucos incentivos ao desempenho, um estado de coisas que dificilmente nos pode deixar de preocupar ao olhar para o futuro.

    Esta conversa será dividida em dois episódios diferentes (o próximo sai para a semana).

    _______________

    Índice da conversa:

    (00:00) Introdução

    (3:54) PT, “a maior história de sucesso europeia nos rankings PISA” | As três fases de políticas públicas de ensino em PT. | TIMSS

    (11:24) A importância do ensino pré-escolar (3-5 anos)

    (15:43) O mito de que o ensino perdeu qualidade nas últimas décadas

    (18:40) A dificuldade de fazer reformas na Educação: demoram tempo a ter efeitos

    (23:13) A nova fase de políticas públicas de educação: lidar com a diversidade de necessidades e dar autonomia às escolas. | Suécia. Ascensão e queda de uma reforma educativa

    (30:34) Que competências devemos ensinar aos alunos para o Mundo do futuro?

    (45:34) O problema da falta de dados para avaliar políticas. | Exemplo da pandemia

    (48:35) Como são feitos os rankings PISA? | A evolução de Portugal

    _______________

    Obrigado aos mecenas do podcast:

    Julie Piccini, Ana Raquel Guimarães

    Miguel van Uden, José LuÍs Malaquias, João Ribeiro, Francisco Hermenegildo, Nuno e Ana, Nuno Costa, Galaró family, Salvador Cunha, JoÃo Baltazar, Miguel Marques, Corto Lemos, Carlos Martins, Tiago Leite

    Luis, Maria Pimentel, Rui Amorim, RB, Pedro Frois Costa, Gabriel Sousa, Mário Lourenço, Arune Bhuralal, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Filipe Bento Caires, Luí­s Costa, Manuel Martins, Diogo Sampaio Viana, Francisco Fonseca, João Nelas, Tiago Queiroz, Ricardo Duarte, António Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, João Saro, Tomás Costa

    Rui Baldaia, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, Hugo Correia, Duarte , Francisco Vasconcelos, Telmo , Jose Pedroso, MANNA Porto, José Proença, Carlos Manuel Lopes de Magalhães Lima, Maria Francisca Couto, joana Antunes, Nelson Poças, Francisco López Bermúdez, Carlos Silveira, Diogo Rombo, Bruno Lamas, Fábio Mota, Vítor Araújo, João Pereira, Francisco Valente, Nuno Balsas, Jorge Amorim, Rui Vilão, João Ferreira, Luís Elias, José Losa, Hélder Moreira, Diogo Fonseca, Frederico Apolónia, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Paulo Fernandes, Nuno Lages, João Diamantino, Vasco SÁ Pinto, Rui Carrilho, Luis Quelhas Valente, Tiago Pires, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, João Raimundo, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, João Castanheira, Pedro , rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Tomás Félix, Vasco Lima, Joao Pinto, João Moreira, José Oliveira Pratas, João Diogo Silva, Marco Coelho, Joao Diogo, Francisco Aguiar , Tiago Costa da Rocha, João Crispim, Paulo dos Santos, Abílio Mateus, João Pinho , Andrea Grosso, Miguel Lamela, Margarida Gonçalves, Afonso Martins, João Barbosa, Luis Filipe, Renato Mendes, António Albuquerque, Francisco Santos, juu-san, Fernando Sousa, Pedro Correia, MacacoQuitado, Paulo Ferreira, Gabriela, Nuno Almeida, Francisco Manuel Reis, Daniel Almeida, Albino Ramos, Inês Patrão, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Miguel Mendes, Luis Gomes, Ana Batista, Alberto Santos Silva, Cesar Correia, Susana Ladeiro, Gil Batista Marinho, Filipe Melo, Cheila Bhuralal, Bruno Machado, Miguel Palhas, isosamep, Robertt , Pedro F. Finisterra, Cristiano Tavares, Pedro Vieira, Jorge Soares, Maria Oliveira, Bruno Amorim Inácio, Nuno , Wedge, Pedro Brito, Manuel Botelho da Silva, Ricardo Leitão, Vítor Filipe, João Bastos, Natália Ribeiro, Bernardo Pimentel, Pedro Gaspar, Hugo Domingues

    _______________

    Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira

    _______________

    Bio: Alexandre Homem Cristo é presidente da QIPP, entidade parceira da Lexplore para Portugal, sendo o coordenador do projecto “Lexplore +Leitura”. É mestrado em Política Comparada pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Geriu projectos internacionais financiados pela Comissão Europeia, nomeadamente em Experimentação de Políticas Públicas na área da Educação, em parceria com vários ministérios da Educação de países-membros da UE. Foi conselheiro do Conselho Nacional de Educação e desempenhou funções de assessor parlamentar no âmbito da Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura. Tem várias publicações na área das políticas públicas de educação, entre as quais o estudo “Escolas para o Século XXI” (FFMS, 2013) e capítulos temáticos em obras colectivas – como “Ética Aplicada: Educação” (Edições 70, 2018) e “Lei de Bases do Sistema Educativo. Balanço e Prospetiva, Vol. 2” (CNE, 2017). Colunista do Observador, publica regularmente ensaios de análise a políticas públicas de educação. Integra o Conselho Consultivo da SEDES.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Em “Paraíso”, o realizador Sérgio Tréfaut regressa ao país que desejava reencontrar. Filmado nos jardins do Palácio do Catete, antiga sede do governo brasileiro no Rio de Janeiro e hoje Museu da República, Sérgio encontra homens e mulheres quase centenários que, todos os fins de tarde, se juntam para partilhar antigas canções de amor. Todos os filmes de Sérgio Tréfaut são, como ele, filmes do mundo. Nasceu em São Paulo, em 1965. É filho de Miguel Urbano Rodrigues, jornalista, alentejano e militante comunista que se exilou no Brasil no final dos anos 50. A mãe é francesa. Sérgio é de muitos lados e isso marca a sua obra. Saiu do Brasil com 10 anos, depois de uma experiência traumática familiar, quando o seu irmão foi torturado e quase morto pela ditadura brasileira. Esteve dois anos em França e chegou a Portugal em 1977. Viveu aqui até há poucos anos, tendo estudado, no meio, filosofia em França. Decidiu, numa altura pouco óbvia, regressar ao país onde nasceu. É lá que está hoje.

    Novidades sobre o Perguntar Não Ofende no fim deste episódio, a partir de 1:21:59

    A todos os patronos que ao longo destes três anos apoiaram pelo menos uma vez este podcast, o nosso agradecimento. O Perguntar Não Ofende é deles.

    www.perguntarnaoofende.pt

    Feed RSS:http://bit.ly/perguntarnaoofende iTunes:http://bit.ly/itunesperguntarnaoofende Spotify:http://bit.ly/spotifyperguntarnaoofende Mixcloud:http://bit.ly/mixcloudperguntarnaoofende SoundCloud:http://bit.ly/soundcloudperguntarnaoofende

    Produção: João Martins

    Música: Mário Laginha

    Ilustração: Vera Tavares

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • O convidado é médico, é actualmente Diretor-Geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) e é considerado o principal arquitecto e da “estratégia portuguesa contra a droga”.

    -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar

    Há poucos assuntos em que Portugal seja uma referência a nível mundial. E provavelmente não há nenhum em que o sejamos de forma tão notória e transversal como no caso da estratégia de luta contra a droga que Portugal implementou a partir de 2000/2001, quando o país enfrentava um enorme problema, visível no índice de infecções por HIV mais alto da UE. Esta abordagem, que ficou conhecida como a “estratégia portuguesa contra a droga” foi, à época, muito arrojada, com medidas como a descriminalização das drogas -- na altura sem paralelo em nenhum outro país do mundo. Os resultados foram, no entanto, manifestos, o que leva a que seja hoje frequentemente citada nos media internacionais e a que sirva de referência aos mais variados países que se deparam com problemas idênticos.

    O convidado deste episódio, João Goulão, é considerado o principal arquitecto e implementador dessa nova abordagem. Depois de ter integrado a comissão que definiu a estratégia, o convidado presidiu ao principal órgão responsável pela gestão da política contra as drogas, o Instituto da Droga e da Toxicodependência. Actualmente, é o director-geral do sucessor desse organismo, o SICAD - Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências.

    A medida mais radical da estratégia portuguesa contra a droga foi a descriminalização das drogas. Mas a estratégia foi muito mais ampla do que isso, e são talvez ainda mais as outras medidas que explicam o seu sucesso. Com esta estratégia, houve, sobretudo, uma mudança radical na atitude em relação ao problema da droga, que passou a ser visto menos como um problema moral e um crime, e mais como essencialmente um problema de saúde pública. Assim, foram lançadas uma série de medidas com a finalidade de trazer os consumidores de drogas para dentro do sistema de saúde, minimizar a transmissão da SIDA, e disponibilizar substâncias substitutas para quem não conseguia largar o vício.

    Esta estratégia provocou uma diminuição visível em vários indicadores, sobretudo no número de mortes associado às drogas e no número de infecções por HIV. A prazo, levou também a uma diminuição no próprio consumo de drogas, sobretudo de heroína.

    Quando decidi convidar João Goulão para o 45 Graus, fi-lo, desde logo, porque o tema da droga e da saúde pública é, em si mesmo, interessante. Mas a minha principal motivação foi perceber melhor como foi possível conseguir apoio político para uma estratégia tão arrojada, e logo num tema tão sensível -- e que lições podemos tirar daí para tomar melhores políticas noutras áreas.

    O episódio começa, como não poderia deixar de ser, com um pouco de História, para perceber o que fez com que Portugal chegasse ao final dos anos 1990 com um problema de drogas tão grave. Isso levou-nos à estratégia adoptada e às razões do seu sucesso. Mais à frente, falámos também de alguns dos desafios da política de drogas actual. Primeiro, apesar do sucesso, o problema nunca está resolvido, e há medidas, como as eternas salas de chuto, que podem ser tomadas. Depois há a questão da legalização da cannabis, que está agora em discussão. Depois há a questão do álcool, que, por razões culturais, vemos de forma benigna mas tem na verdade vários paralelos com as drogas. Perguntei também ao convidado o que acha sobre os psicadélicos. Episódio com Pedro Teixeira.

    _______________

    Índice da conversa:

    (00:00) Introdução

    (3:30) “A estratégia portuguesa para a droga”. Causas (da guerra colonial à SIDA) e medidas.

    (23:56) Resultados da política. Impacto nos consumos. Quando o nosso instinto moral nos trai.

    (28:26) Como foi possível ter apoio político transversal para uma política tão radical?

    (31:08) Reação da ONU. World Drug Report

    (32:31) A importância de ser um problema transversal à sociedade (incluindo a própria classe política) e o contraste com o que se passa com a Educação

    (34:48) Que lições se podem tirar para conseguir levar por diante boas políticas públicas noutras áreas?

    (40:22) O que falta ainda fazer? Salas de chuto (a primeira inaugurada em 2019 Lisboa). Drug checking.

    (44:55) Legalização da cannabis para fins recreativos? Posição do SICAD. Potencial terapêutico vs riscos (e.g. psicose). Aumento da potência da cannabis nas últimas décadas.

    (51:43) Álcool

    (54:08) Tabaco

    (55:54) O potencial dos psicadélicos. Episódio com Pedro Teixeira.

    (57:29) O que mudou nos consumos nos últimos 20 anos? Menos heroína mas aumento da complexidade. Pós-Crise da dívida soberana. Consumo de álcool nos jovens

    (1:07:02) Livro recomendado: Chasing the Scream: The First and Last Days of the War on Drugs, de Johann Hari.

    _______________

    Obrigado aos mecenas do podcast:

    Julie Piccini, Ana Raquel Guimarães

    Miguel van Uden, José LuÍs Malaquias, João Ribeiro, Francisco Hermenegildo, Nuno e Ana, Nuno Costa, Galaró family, Salvador Cunha, JoÃo Baltazar, Miguel Marques, Corto Lemos, Carlos Martins, Tiago Leite

    Luis, Maria Pimentel, Rui Amorim, RB, Pedro Frois Costa, Gabriel Sousa, Mário Lourenço, Arune Bhuralal, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Filipe Bento Caires, Luí­s Costa, Manuel Martins, Diogo Sampaio Viana, Francisco Fonseca, João Nelas, Tiago Queiroz, Ricardo Duarte, António Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, João Saro, Tomás Costa

    Rui Baldaia, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, Hugo Correia, Duarte , Francisco Vasconcelos, Telmo , Jose Pedroso, MANNA Porto, José Proença, Carlos Manuel Lopes de Magalhães Lima, Maria Francisca Couto, joana Antunes, Nelson Poças, Francisco López Bermúdez, Carlos Silveira, Diogo Rombo, Bruno Lamas, Fábio Mota, Vítor Araújo, João Pereira, Francisco Valente, Nuno Balsas, Jorge Amorim, Rui Vilão, João Ferreira, Luís Elias, José Losa, Hélder Moreira, Diogo Fonseca, Frederico Apolónia, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Paulo Fernandes, Nuno Lages, João Diamantino, Vasco SÁ Pinto, Rui Carrilho, Luis Quelhas Valente, Tiago Pires, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, João Raimundo, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, João Castanheira, Pedro , rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Tomás Félix, Vasco Lima, Joao Pinto, João Moreira, José Oliveira Pratas, João Diogo Silva, Marco Coelho, Joao Diogo, Francisco Aguiar , Tiago Costa da Rocha, João Crispim, Paulo dos Santos, Abílio Mateus, João Pinho , Andrea Grosso, Miguel Lamela, Margarida Gonçalves, Afonso Martins, João Barbosa, Luis Filipe, Renato Mendes, António Albuquerque, Francisco Santos, juu-san, Fernando Sousa, Pedro Correia, MacacoQuitado, Paulo Ferreira, Gabriela, Nuno Almeida, Francisco Manuel Reis, Daniel Almeida, Albino Ramos, Inês Patrão, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Miguel Mendes, Luis Gomes, Ana Batista, Alberto Santos Silva, Cesar Correia, Susana Ladeiro, Gil Batista Marinho, Filipe Melo, Cheila Bhuralal, Bruno Machado, Miguel Palhas, isosamep, Robertt , Pedro F. Finisterra, Cristiano Tavares, Pedro Vieira, Jorge Soares, Maria Oliveira, Bruno Amorim Inácio, Nuno , Wedge, Pedro Brito, Manuel Botelho da Silva, Ricardo Leitão, Vítor Filipe, João Bastos, Natália Ribeiro, Bernardo Pimentel, Pedro Gaspar, Hugo Domingues

    _______________

    Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira

    _______________

    Bio: Médico da Carreira de Medicina Geral e Familiar, colocado no Centro de Saúde de Faro na sequência do Serviço Médico à Periferia cumprido naquele Concelho no início dos anos 80, desde cedo a sua carreira se orientou para a área das Toxicodependências, quando os serviços de Saúde se viam confrontados com os problemas por elas causados e que assumiam particular relevância na região do Algarve. Foi Presidente do SPTT (Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência) de 1997 a 2002 e Presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência de 2005 até à sua extinção. Atualmente é o Diretor-Geral do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), e Coordenador Nacional para os Problemas das Drogas, das Toxicodependências e do Uso Nocivo do Álcool. Foi membro da comissão que propôs a primeira estratégia nacional de luta contra a droga, aprovada em 1999, e que preconizava a descriminalização do consumo das drogas. Membro do Comité Científico do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência entre 1997 e 2002; representante de Portugal no Conselho de Administração daquela agência europeia desde 2005, foi eleito seu Presidente em 2009, tendo cumprido dois mandatos que terminaram no final de 2015. No primeiro semestre de 2021 presidiu o Grupo Horizontal Drogas, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, e desde 2019 preside o Grupo Pompidou do Conselho da Europa.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • O convidado é doutorado em ciência política e professor na Universidade de Aveiro, onde também faz parte da equipa reitoral, enquanto pro-reitor. Filipe Teles é um investigador consagrado em temas relacionados com a governação local, com publicações em várias revistas académicas de referência, sendo actualmente presidente da European Urban Research Association.

    -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar

    O tema da nossa conversa foi descentralização e poder local em Portugal e o mote foi o ensaio com o mesmo nome que o convidado lançou este ano, publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. Para além disso, já tinha participado em 2018 na equipa responsável pelo estudo sobre a Qualidade da Governação Local em Portugal, publicado pela mesma fundação, e que também discutimos no episódio.

    E porquê discutir o tema da descentralização política, ou seja a transferência de poderes do Estado central para as autarquias? Por vários motivos. Por um lado, porque, como iremos ver, Portugal é um país onde o poder está ainda muito concentrado no Estado central. Isto tem uma série de efeitos negativos, seja sobre a equidade da representação política seja sobre o próprio desenvolvimento do país, e é um modelo que faz pouco sentido no século XXI.

    Por outro lado, porque apesar de nas últimas décadas já se terem tomado algumas medidas de descentralização, este continua a ser um tema pouco querido quer pela imprensa quer pelos políticos. Ainda no início deste mês, soube-se que o governo não tinha levado por diante a nova fase da descentralização que tinha originalmente planeado para o início do verão passado. E finalmente, claro, é uma boa altura para discutir este tema porque estamos a dias das eleições autárquicas, nas quais serão escolhidos os representantes dos cidadãos nos órgãos políticos teoricamente mais próximos da população. São, recorde-se, um total de 308 municípios e 3092 freguesias.

    Começámos a nossa conversa pelo ponto de partida óbvio: saber como compara Portugal com outros países em termos de centralização do poder político. E, como veremos, compara mal. Mas o nosso centralismo, como também discutimos, não é só um problema de instituições: é também um problema cultural, com várias manifestações que todos mais ou menos conhecemos. A política nacional domina, de longe, a atenção dos politicos, dos media e da maioria das pessoas que se interessam pelo tema. Por outro lado, porém, também não ajuda a corrigir a este centralismo as insuficiências que a governação local muitas vezes tem. Essas limitações, como vamos ver, estão, em parte, relacionadas com algumas peculiaridades do nosso sistema eleitoral e de governo autárquico, que é complexo, pouco transparente e pouco amigo da participação da população.

    Para não nos ficarmos só pelo lado negativo, abordámos também as melhorias que, apesar de tudo, têm sido conseguidas na qualidade do poder local e na promoção da descentralização em Portugal; e falámos das reformas mais relevantes que se podem tomar para continuar esse caminho.

    Uma dessas reformas possíveis é, claro, a regionalização. Mas essa é, como refere o convidado, apenas uma forma, de entre várias, de promover uma maior descentralização no país.

    _______________

    Índice da conversa:

    (00:00) Introdução

    (6:46) Quão centralizado é Portugal?

    (15:40) O problema de termos um modelo de governação local único, que não tem em conta a existência de municípios com dimensões e desafios muito diferentes

    (18:18) O centralismo de Portugal é também um problema cultural? | Lisboa não é a capital oficial | Livro “Viagens na Minha Terra”, de Almeida Garrett

    (28:51) As insuficiências do governo e da democracia local em Portugal. | As peculiaridades do nosso sistema de poder autárquico: o excessivo peso do(a) presidente de câmara, a falta de protagonismo das assembleias municipais, a existência de juntas de freguesia.

    (43:52) Os círculos por distrito no sistema eleitoral das Legislativas e outros problemas mais amplos da arquitectura do sistema político em Portugal.

    (49:25) As regiões não podiam reclamar um papel mais activo no espaço público? | O aumento do associativismo municipal nos últimos anos, via comunidades intermunicipais. O papel dos fundos comunitários | O caso caricato de terem sido secretários de Estado (do governo central) a assegurar a coordenação regional do combate à pandemia

    (57:45) Principais melhorias no passado recente na qualidade do poder local e no aumento da descentralização

    (1:02:08) Que reformas faltam ainda fazer? A necessidade de aumentar a transparência da governação local

    (1:06:31) O que dizem os dados sobre as diferenças na qualidade da governação entre municípios? | Estudo sobre a Qualidade da Governação Local em Portugal (FFMS)

    (1:17:15) Livro recomendado: Uma Teoria da Democracia Complexa, de Daniel Innerarity

    _______________

    Obrigado aos mecenas do podcast:

    Tomás Fragoso, Gonçalo Murteira Machado Monteiro, Nuno Costa, Francisco Hermenegildo, Mário Lourenço, Carlos Seiça Cardoso, José Luís Malaquias, Tiago Leite, Carlos Martins, Corto Lemos, Margarida Varela, Filipe Bento Caires, Miguel Marques, Galaró family, Nuno e Ana, João Ribeiro, Miguel Vassalo, Bruno Heleno

    Gonçalo Matos, Emanuel Gouveia, Ricardo Santos, Ricardo Duarte, Ana Sousa Amorim, Manuel Martins, Sara Mesquita, Francisco Sequeira Andrade, ChaosSeeker , Gabriel Sousa, Gil Nogueira, Luis Brandão Marques, Abílio Silva, Joao Saro, Tiago Neves Paixão, Daniel Correia, Rita Mateus, António Padilha, Tiago Queiroz, Carmen Camacho, João Nelas, Francisco Fonseca, Diogo Sampaio Viana, José Soveral, André Oliveira, Andreia Esteves, João Bernardino, Luís Costa, Ana Teresa Mota, Isabel Oliveira, Arune Bhuralal

    Rui Baldaia, Joana Margarida Alves Martins, Luis Marques, Hugo Correia, Duarte , Francisco Vasconcelos, Telmo , Jose Pedroso, MANNA Porto, José Proença, Carlos Manuel Lopes de Magalhães Lima, Maria Francisca Couto, joana Antunes, Nelson Poças, Francisco López Bermúdez, Carlos Silveira, Diogo Rombo, Bruno Lamas, Fábio Mota, Vítor Araújo, João Pereira, Francisco Valente, Nuno Balsas, Jorge Amorim, Rui Vilão, João Ferreira, Luís Elias, José Losa, Hélder Moreira, Diogo Fonseca, Frederico Apolónia, André Abrantes, Henrique Vieira, João Farinha, Paulo Fernandes, Nuno Lages, João Diamantino, Vasco SÁ Pinto, Rui Carrilho, Luis Quelhas Valente, Tiago Pires, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, João Raimundo, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, João Castanheira, Pedro , rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Pedro Rebelo, Tomás Félix, Vasco Lima, Joao Pinto, João Moreira, José Oliveira Pratas, João Diogo Silva, Marco Coelho, Joao Diogo, Francisco Aguiar , Tiago Costa da Rocha, João Crispim, Paulo dos Santos, Abílio Mateus, João Pinho , Andrea Grosso, Miguel Lamela, Margarida Gonçalves, Afonso Martins, João Barbosa, Luis Filipe, Renato Mendes, António Albuquerque, Francisco Santos, juu-san, Fernando Sousa, Pedro Correia, MacacoQuitado, Paulo Ferreira, Gabriela, Nuno Almeida, Francisco Manuel Reis, Daniel Almeida, Albino Ramos, Inês Patrão, Patrícia Esquível , Diogo Silva, Miguel Mendes, Luis Gomes, Ana Batista, Alberto Santos Silva, Cesar Correia, Susana Ladeiro, Gil Batista Marinho, Filipe Melo, Cheila Bhuralal, Bruno Machado, Miguel Palhas, isosamep, Robertt , Pedro F. Finisterra, Cristiano Tavares, Pedro Vieira, Jorge Soares, Maria Oliveira, Bruno Amorim Inácio, Nuno , Wedge, Pedro Brito, Manuel Botelho da Silva, Ricardo Leitão, Vítor Filipe, João Bastos, Natália Ribeiro, Bernardo Pimentel, Pedro Gaspar, Hugo Domingues

    _______________

    Esta conversa foi editada por: Hugo Oliveira

    _______________

    Bio: Docente no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território, na Universidade de Aveiro. Desempenha, actualmente, a função de Pró-reitor para o desenvolvimento regional e política de cidades. Doutorado em Ciências Políticas e membro da Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas, onde tem desenvolvido trabalho de investigação em governação e administração local e regional, reformas territoriais, liderança política e inovação. É autor e co-autor de vários artigos em revistas académicas de referência. As publicações mais recentes incluem o livro “Local Governance and Inter-municipalCooperation” (2016: Palgrave, UK) e a co-edição dos volumes “Close Ties in European Local Governance”, “Inter-municipal Cooperation in Europe: Institutions andGovernance” e “Sub-Municipal Governance in Europe: Decentralization Beyond the Municipal Tier”, em 2018, pela mesma editora. Coordena o Programa Integrado de I&D “CeNTER Redes e Comunidades para a Inovação Territorial” (CENTRO 2020) e o Projeto de IC&DT “DECIDE Governação Territorial Descentralizada” (FCT – POCI). Integra, ainda,as equipas de investigação dos projetos “Unalab: UrbanNature Labs” (Horizon 2020), “Ô: circular, integrated andsymbiotic use of water” (H2020), “Qualidade da Governação Local em Portugal” (Fundação Francisco Manuel dos Santos) e “Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses”. É membro da Associação Portuguesa de Ciência Política(coordenador da Secção de Governação e Política Local), da Political Studies Association (UK), da AmericanPolitical Science Association, e – actualmente – integra o Steering Committee of the Local Government and Politics Standing Group do EuropeanConsortium for Political Research, e o Board do Research Committee on Comparative Studies on Local Governmentand Politics da International Political ScienceAssociation.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.