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  • No Ponto de Partida desta sexta-feira (30), Yasmim Restum e Pedro Doria conversam sobre o atual momento do governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, após quase 20 meses de conflito israelo-palestino em Gaza, desde que o Hamas atacou Israel em 7 de outubro de 2023. Nesse papo nada fácil, Pedro fala sobre a crise humanitária em Gaza, o significado de sionismo, esclarece sobre a sua visão acerca do governo de Israel e mergulha em um denso contexto histórico para explicar como a luta de povos, como o judeu, por território e preservação cultural não é algo de agora.Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Participe! Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido

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  • Israel comete crimes de guerra em Gaza e a mudança de discurso do premiê Benjamin Netanyahu, nos últimos dias, deixa claro que o objetivo de seu governo é a limpeza étnica da região.
    Vocês não têm ideia de como me dói dizer isso. Desde que me entendo por gente, sou sionista. Ao longo da vida, mudei de opinião a respeito de muitas questões. Este é um dos raros casos em que me mantive constante. Ser sionista é ser favorável a um Estado, no Levante Meridional, para o povo judeu. Um Estado na sua terra. Mas o meu é o sionismo de Theodor Herzl, o sionismo de David Ben Gurion. O meu é o sionismo de Yitzhak Rabin, que compreendeu, como todo israelense inteligente, que as mesmas razões que sustentam o direito de judeus terem seu país sustenta, igualmente, o direito de palestinos terem o seu.
    O governo Netanyahu é a negação de todos esses valores.
    Neste momento, estão nas ilhas de edição do Meio três episódios especiais da série Ponto de Partida que vão para nosso streaming e tratarão de Israel e da Palestina. Não pretendia voltar a este assunto antes do lançamento porque, afinal, em dez, doze minutos de um vídeo aqui, não cabe tudo o que gravamos num total de uma hora e meia. Só que os acontecimentos não esperam.
    O governo Netanyahu está propositalmente deixando sem comida e sem remédios milhões de pessoas na Faixa de Gaza. Não existe qualquer razão estratégica, do ponto de vista militar ou político, para justificar algo assim. É um nível absurdo de crueldade, de desumanidade.
    No Knesset, o parlamento de Israel, na semana passada, Netanyahu afirmou que por conta de sua política de “destruir mais e mais moradias”, as palavras são do premiê, “o resultado inevitável será o desejo pelos moradores de Gaza de deixarem a região”. Neste mesmo discurso, ele afirmou que só permitirá que ajuda humanitária chegue a quem não voltar para casa.
    Se o desejo de Benjamin Netanyahu é tornar a vida em Gaza tão insuportável que a população deseje deixar suas casas para nunca mais voltar, o nome disso é limpeza étnica. É a definição de dicionário. É limpar, de uma região, um povo. A política de tornar um lugar impossível para a vida de quem vive lá. O primeiro-ministro de Israel está declarando isso. Ministros de seu gabinete já diziam desde o ano passado, mas Netanyahu, não. Agora ele começou a dizer. É política de Estado.
    Que ninguém se engane. Esta política não só é bárbara e anti-Palestina. Ela é, igualmente, anti-Israel. Esta política não vai eliminar o Hamas. Ela vai alimentar o ódio palestino a um ponto como jamais houve na história. Ela vai acirrar o conflito. A longo prazo, ela ameaça a existência do Estado de Israel. E, não, ela não vai expulsar os palestinos. Primeiro porque o povo palestino já demonstrou, ao longo das décadas, uma resiliência sem igual. Eles querem sua terra e vão ficar. Mas, em segundo lugar, é preciso considerar os vizinhos imediatos. O Egito já deixou claro que não quer os palestinos no seu país. A Jordânia, idem. O Líbano, a Síria, mesma coisa. Não há outro lugar para o povo palestino que não a sua terra. Gaza e Cisjordânia.
    Além disso, o que a política de Netanyahu faz é estender o sofrimento dos 58 reféns que ainda vivem no cativeiro, em Gaza. Estão sendo torturados, passam fome e estão nas mãos de pessoas que os odeiam. Nunca na história, desde 1948, houve um único governo israelense que não pusesse como absoluta prioridade a segurança de cada judeu no mundo. Nunca. Israel nasceu para que o resultado de dois mil anos de racismo, perseguição e violência que os judeus sofreram na Europa nunca mais ocorresse.
    Nunca mais.
    Esta política mudou com Netanyahu. A guerra em Gaza não representa qualquer estratégia de interesse do Estado de Israel. Ela representa os interesses da extrema-direita israelense e os interesses pessoais do primeiro-ministro. Netanyahu é um político corrupto que compreende que, no momento em que deixar o governo, será imediatamente processado e corre o risco de passar seus últimos dias na cadeia. Manter-se em guerra garante o apoio da extrema-direita e, com o apoio da extrema-direita, seu governo não termina antes da próxima eleição. Enquanto ele controlar metade mais um do Knesset, o governo fica de pé. Ou seja, eleição só em 27 de outubro do ano que vem.
    É um pesadelo para os palestinos. É um pesadelo para as famílias dos reféns. É um pesadelo para os democratas israelenses.
    A gente não tem como prever o futuro, mas temos como compreender o que aconteceu para chegarmos até aqui. Este não é um vídeo que vai agradar a turma do “Palestina livre do rio ao mar”. Não é um vídeo que agradará quem acha que Israel está sempre certa. É um vídeo para quem deseja compreender e quem anseia, urgentemente, pela paz. Uma paz cada vez mais distante.
    Eu sou Pedro Doria, editor do Meio.
    Netanyahu não é um premiê popular. Ele sabe disso. Sabe que perderia a eleição pesado. Ele tem o apoio de apenas 32% dos israelenses. Mais do que isso. 55% acreditam que seu único interesse é se manter no poder. Uma pesquisa realizada este mês pelo Maariv afirma que a oposição, se as eleições fossem hoje, conquistaria 62 cadeiras do Knesset e, o bloco de Netanyahu, 48.
    Existem duas extrema-direitas diferentes em Israel. E é importante entender isso. São dois grupos que, embora igualmente extremistas, não se bicam. Não se falam. De um lado estão os nacionalistas sionistas e, do outro, os ultra-ortodoxos.
    Uma das principais marcas dos nacionalistas sionistas, tipo a camisa da Seleção brasileira deles, o boné MAGA, é uma kipá de tricô. Eles são quem mais faz pressão para que Israel anexe os territórios palestinos, a Cisjordânia e Gaza. É a turma que ergue assentamentos, condomínios inteiros, em território que não pertence ao Estado de Israel. Defendem uma Grande Israel, andam pesadamente armados, em geral quando há instantes de violência contra palestinos, são eles. Foi um cara desse grupo que assassinou Yitzhak Rabin no momento em que ele tentava negociar a paz com Yasser Arafat. Os nacionalistas sionistas são sempre os primeiros a se alistar no Exército e se oferecem para estar na linha de frente. São, por isso mesmo, os que mais morrem na guerra.
    Os ultraortodoxos são o contrário. Não se alistam, têm licença especial para escaparem do serviço militar que é obrigatório para todos os outros cidadãos israelenses. Também não trabalham. Estudam a Torá o dia todo e são financiados pelo Estado. Seu principal objetivo é manterem-se isentos do serviço militar e de qualquer trabalho, é manter os recursos do Estado vindo pra eles enquanto estudam a palavra de Deus.
    A tensão entre os dois grupos é grande e é real justamente por isso. Só que em nenhum outro governo na história de Israel qualquer um dos dois já teve o espaço de poder que eles têm hoje. Porque, a sua maneira, são extremistas de formas distintas. Então um atura o outro e os dois grupos, embora minoritários, têm votos o suficiente para manter Netanyahu no poder. A coalizão de governo se mantem no poder por 4 votos. Apenas quatro cadeiras. Se quatro deputados deixam o governo, ele desmorona. Só que não acontece. Não acontece enquanto Netanyahu garantir as benesses dos religiosos e acenar com limpeza étnica palestina para os nacionalistas.
    Mas como foi que Netanyahu chegou lá? Tem uma verdade inconveniente nisso tudo. Israel apresentou duas vezes um plano concreto para a criação do Estado da Palestina. A primeira com o gabinete de centro-esquerda de Ehud Barak, no ano 2000. A segunda pelo gabinete de centro-direita de Ehud Olmert, em 2008. Não é que os palestinos tenham recusado. Nem Arafat, em 2000, nem Mahmoud Abbas, em 2008, apresentaram uma contra-proposta. Na verdade, após a primeira apresentação de proposta, explodiu a Segunda Intifada, que matou muita gente em Israel. É como se, no momento em que finalmente Israel conseguiu se convencer, tanto na esquerda quanto na direita, de que era preciso haver um Estado palestino, o governo da Palestina tivesse congelado. Vejam, teve uma vez, sem resposta. Veio uma onda brutal de ataques terroristas. Aí apresentaram uma segunda proposta. Silêncio no rádio. Os palestinos nunca disseram, sequer, não. Nunca explicaram exatamente o que não gostavam na 
    Foi neste cenário que Benjamin Netanyahu se elegeu. Ele era o único político dizendo “os palestinos não querem paz”. Subentendido nesta ideia está a percepção que muitos israelenses ainda têm de que, para os palestinos, a única solução é o fim de Israel. Pois, em 2009, a população de Israel ouviu Bibi. E o elegeu. Mais de uma década e meia depois, ele segue no governo e tudo piorou muito. Netanyahu tornou a paz ainda mais difícil de ser conquistada. Então como se constrói a paz?
    O Sete de Outubro é um trauma que não vai embora tão cedo. A destruição de Gaza, muito menos. Mas eu queria sublinhar um último ponto. Hoje, 50% da população de Israel é formada por judeus cujos avós moravam no Norte da África e no Oriente Médio. 30% por judeus cujos avós vieram da Europa. 20% de árabes palestinos com cidadania israelense. Geneticamente, os judeus asquenazitas, os europeus, são mais próximos dos judeus mizrahim e sefarditas do que de qualquer povo europeu. Eles são a mesma gente. E não há povo mais próximo de qualquer judeu do que os palestinos.
    Isso tem explicação. São os dois povos cananeus. Os dois povos são de lá. Os dois povos descendem diretamente dos homens e mulheres que primeiro aprenderam a plantar na história. Isso. Dez mil anos atrás, na Revolução Agrícola. Nenhum povo pertence mais a uma mesma terra do que judeus e palestinos pertencem a Canaã. Não importa sua crença ideológica, sua crença religiosa, nada muda o fato de que são duas culturas ancoradas há milênios naquela terra. Todas suas rezas, seus monumentos, seus textos. Cada artefato arqueológico encontrado com mil, dois mil, três mil, cinco mil, oito mil anos foi construído, moldado, pelas mãos dos antepassados de todos os judeus e todos os palestinos. Em alguns casos, dos antepassados comuns aos dois povos.
    Não existe saída que não o reconhecimento de que a terra é dos dois. Precisamos dos dois países. E, às vezes, a paz nasce justamente quando não parece mais haver esperança.

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  • Uma decisão da Justiça do Rio Grande do Sul mostra o problema grave que se instaurou no Poder Judiciário brasileiro. É um problema de credibilidade que só aumenta. E só os juízes brasileiros podem resolvê-lo.

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  • No Ponto de Partida desta sexta-feira (23), Yasmim Restum e Pedro Doria conversam sobre o posicionamento político de Janja Lula da Silva, socióloga e primeira-dama do Brasil, após o último imbróglio diplomático na viagem à China. Ainda nesse papo, Pedro responde às perguntas dos meiers acerca da sua análise sobre o xadrez político nacional - que já está sendo jogado mirando a presidência, em 2026. Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Participe! Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido.

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  • Janja acaba de ganhar sua terceira grande condecoração. Acha que pode pular protocolos diplomáticos seculares. Considera que qualquer crítica a ela é machismo. Janja é um problema.

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  • os últimos meses tenho tido uma série de conversas sobre as eleições de 2026. Semana passada tive uma um pouco mais especial, que me ajudou a colocar inúmeras peças no lugar. Os papos são com cientistas políticos, muitos, e políticos alguns poucos. Nada contra políticos, na verdade bem o contrário. Costumo gostar bastante de conversar com políticos. Mas não é muita gente que tem cartas nas mãos, cartas altas o suficiente para ter influência real no jogo. Essa pessoa tem.
    Mas vamos botar as peças no tabuleiro. As eleições de 2026 vão definir muita coisa. O futuro do PT, o futuro do bolsonarismo, o futuro das relações entre Executivo, Legislativo e, talvez, Judiciário. É possível, dependendo de como essas eleições caminharem, que também o desenho partidário brasileiro se reorganize. Nós tivemos, nos anos 1990 e na primeira década do século, o domínio de PT e PSDB com, dando equilíbrio ao jogo, PFL e PMDB. Nos últimos dez anos isso bagunçou.
    Então vamos começar aqui botando as peças do tabuleiro nesse jogo. Só saberemos quem são os candidatos com alguma clareza da metade pro fim do primeiro semestre do ano que vem. Quem temos na corrida? À esquerda, Lula, Haddad, Ciro Gomes. Haddad é candidato se Lula não for. Lula quer ser candidato, se não sair é por uma de duas hipóteses. Ou porque a saúde não permite e, por enquanto, ele está muito bem e isso não parece problema. Ou porque se convence de que as pesquisas não dão espaço para ele vencer. Lula entra pra ganhar. Se estiver claro que vai perder, Haddad será candidato. Ciro sempre pode sair, quem é que vai saber? Mas não importa porque, seja Lula, seja Haddad, quem vai ao segundo turno pela esquerda é o candidato do PT. Esse é o lado fácil do tabuleiro.
    Agora tem o outro lado. Quem são os postulantes a uma candidatura? Do norte, vindo pro sul. Ronaldo Caiado, governador de Goiás. Romeu Zema, de Minas Gerais. Tarcisio de Freitas, de São Paulo. Ratinho Júnior, do Paraná. E, por fim, Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul. Cinco nomes que podem vir pelo flanco direito e todos à sombra de um fantasma. Jair Bolsonaro. O ex-presidente estará muito provavelmente preso mas não adianta, tem muito voto. Esta eleição, assim como aconteceu nas últimas duas eleições, terá muito a ver com Bolsonaro. Se ele ainda terá influência em 2030 dependerá bastante de como 2026 acontecer. E este jogo não é um em que apenas os nomes importam porque os partidos também vão ter relevância. Caiado é do União Progressista, Ratinho e Leite do PSD, Zema do Novo e, Tarcisio, do Republicanos.
    Qual é a sigla que está ausente aí? O partido de Valdemar Costa Neto, o PL, o Partido Liberal. Para a gente entender o tabuleiro da direita precisamos, antes de tudo, entender o que o PL, que também é o partido de Bolsonaro, vai fazer. Afinal, nenhum dos pré-candidatos está na legenda do ex-presidente.
    Guarda uma informação aí: Valdemar não pode se dar ao luxo de não ter um candidato à presidência. Seu partido não é o maior partido da direita, mas é o principal. Ele precisa disputar a presidência. Não pode o partido de Bolsonaro não ter seu próprio candidato. Não é sigla pra vice. Se oferece o vice ao invés do titular da chapa, abre mão de poder. Não há hipótese de isto acontecer.
    O plano A de Valdemar é Tarcisio. Ele quer o governador de São Paulo. A conta aqui é a seguinte: Tarcisio é um dos governadores mais populares do Brasil, se for candidato a reeleição muito provavelmente ganha no primeiro turno. Ele é, na história da São Paulo pós-ditadura, o governador mais popular que jamais houve. É, a esquerda não gosta disso. Mas é isso que os números dizem. Só pelo fato de o PL ser o partido de Bolsonaro já lhe dá uma base de 10 a 15% da qual partir. Se o candidato for Tarcisio, traz junto ainda essa popularidade paulista e o impulsiona mais, talvez encostando em 20 pontos percentuais já em agosto.
    Só tem um detalhe: não se bicam. Tarcisio não gosta de Valdemar por causa de pressão que ele fazia desde lá atrás, quando o governador trabalhava para a então presidente Dilma Rousseff. Talvez seja surpresa para muita gente na esquerda, mas Tarcisio se dá bem com Dilma e não suporta Valdemar. Pois é. Vida tem disso.
    Se Valdemar não conseguir atrair Tarcisio, então ele precisará lançar outro nome. Michelle? Flávio? Eduardo? Talvez. Ou outro político do PL. Seja quem for, o candidato do PL terminará com a etiqueta de candidato de Bolsonaro presa na testa. E o objetivo é esse mesmo.
    De todos, quem parece estar mais certo como candidato é Caiado. O seu é, tecnicamente, o maior partido do país. Vai ter dinheiro e o governador goiano acha que esta é sua última chance. O problema: não consegue decolar nas pesquisas. Não consegue abrir espaço para ser conhecido fora do Centro Oeste. O tempo está acabando e Caiado ainda não se mostrou viável. Ainda assim, deve sair candidato.
    Então temos, aí, dois candidatos da direita. O candidato do PL, seja lá quem for, e Caiado. Aí virá um terceiro. Este terceiro terá apoio do PSD, de Gilberto Kassab. Quem será?
    Kassab vem sendo claro sobre a ordem de suas preferências. Em primeiro, Tarcisio. Em segundo, Ratinho. Em terceiro, Leite. Isto inclusive faz parte do acordo de entrada de Leite no PSD. Ele é o candidato apenas no caso de Ratinho não querer. E o partido só vai ter candidato se Tarcisio não quiser sair.
    E o que Tarcisio vai querer? Se fosse fazer a escolha hoje, disputaria a reeleição. É o que a maioria de seus assessores diz e ele não começou a se mexer para cuidar da sucessão. Tarcisio gostaria de ter o apoio expresso de Bolsonaro, só que Bolsonaro não o oferece. E tem outra coisa: muita obra, muito programa por inaugurar. Ele não gostaria de deixar suas glórias nas mãos do vice. Só que, bem, quem vai saber?
    O terceiro candidato vai ser Tarcisio, se ele quiser. E, se ele quiser, será contra Caiado, do União, e um nome qualquer do PL. Possivelmente um Bolsonaro. Pois é. Este é justamente o problema que Tarcisio não quer: ser candidato contra um candidato do bolsonarismo. Então esta é a incógnita mais importante. Tarcisio sai mesmo sem o apoio de Bolsonaro?
    Rumamos para uma direita com três candidatos postos. Caiado desesperado para encontrar um caminho de crescimento, o candidato do PL e o candidato do Kassab.
    O candidato do PL, se não for Tarcisio, sai com 10 a 15%. E o candidato do Kassab sai com a bênção de jogar pelo Centro. Por que bênção? O antipetismo é forte mas o antibolsonarismo também. O Brasil está mais à direita do que à esquerda. Este candidato do PSD ou apoiado pelo PSD, ou Tarcisio, hoje mais provável Ratinho, muito possivelmente cresce rápido. Ratinho traz consigo o Sul do país e o PSD está muito forte no Nordeste. A direita já vem crescendo no Nordeste, e a esquerda diminuindo, faz pelo menos dois ciclos eleitorais.
    A eleição e 2026 vai ter emoção: a emoção estará na disputa, pescoço a pescoço, pelo flanco direito. O candidato do bolsonarismo contra este candidato da centro-direita. E o resultado mais provável é o candidato do PL, num quadro assim, não chegar ao segundo turno por conta do voto útil. Vamos tirar Bolsonaro do segundo turno.
    Quem ganha a eleição? Nas contas dessa pessoa que ouvi, um de três nomes é o próximo presidente do Brasil. Lula. Tarcisio. Ratinho.
    O que mela esse jogo? Tem um aspecto que muda, sim, toda essa estratégia. É Valdemar conseguir atrair Tarcisio para o PL. Ou Valdemar desistir de ter o principal partido de direita do Brasil e não lançar candidato próprio. Aí a direita sai unificada e, unificada, vai para a briga contra Lula ou Haddad.
    Porque, olha, Ciro Gomes pode até ser candidato mas muita coisa precisa mudar no Brasil para ele chegar ao segundo turno no lugar de Lula ou Haddad. Não tem chance.
    Lula. Tarcisio. Ratinho. Anota aí. Um deles governará o Brasil. Agora, claro, é tudo jogo de dados. Nunca se sabe quando não pode aparecer um fenômeno de redes sociais e revirar todo o cenário. Para muita gente, é cedo para pensar nessas coisas. Mas, entre os políticos, ninguém pensa em outra coisa. O xadrez já está sendo jogado e todos aguardam o que Tarcisio decidirá.

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  • No Ponto de Partida desta sexta-feira (16), Yasmim Restum e Pedro Doria começam o papo questionando o simbolismo da presença de Lula ao lado de 29 líderes mundiais - na sua maioria ditadores - na parada cívico-militar em celebração pelo Dia da Vitória, em Moscou.Ainda nessa conversa, Pedro destrincha as principais ideologias políticas (Socialismo, Liberalismo e Conservadorismo), sem deixar de lado os questionamentos dos meiers acerca das diferentes escolas de pensamento para cada corrente.Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Participe! Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido

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  • Vem cá: você sabe o que é conservadorismo, liberalismo e socialismo? Entende a diferença entre uma e outra? Entende como elas desenham a organização das sociedades? Vem comigo.

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  • Lula escolheu posar para uma foto com ditadores para celebrar o poderio militar russo. 29 chefes de Estado, só dois de países democráticos, e um deles era o Donald Trump da Eslováquia. É uma escolha. Escolhas têm significado.

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  • No Ponto de Partida desta sexta-feira (9), Yasmim Restum e Pedro Doria falam sobre a recente classificação oficial do AfD (Alternativa para a Alemanha) como uma organização de extrema direita, e debatem sobre o que o Brasil pode aprender com a maneira como os alemães se mantêm alertas aos extremismos.

    A conversa passa ainda pelo momento sensível do PT e de Lula diante da falta de posicionamento governista acerca do escândalo do INSS - será uma derrota eleitoral antecipada?

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  • O PT tem uma chance de fazer com que esse escândalo do INSS não leve a uma derrota eleitoral. É abrir imediatamente uma investigação ampla, transparente, na qual rolem rápido muitas cabeças. Porque a fama de corrupto o governo já tem. E é merecida.

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  • O AfD, partido da extrema direita alemã, foi considerado, ora, uma organização de extrema direita. Agora é oficial e vale pro país inteiro. O que isso quer dizer? O que aprendemos.

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  • No Ponto de Partida desta sexta-feira (2), Yasmim Restum e Pedro Doria analisam as movimentações da direita brasileira para disputar o pleito de 2026. A conversa passa pelo nascimento do novo 'partidão' chamado União Progressista, fusão do União Brasil com o Partido Progressista, que detém não só a maior bancada na Câmara, com 109 deputados, mais de mil prefeituras e 4 ministérios; e eles falam também da articulação do ex-presidente Michel Temer com o governador gaúcho Eduardo Leite para formar uma nova direita - ainda mais competitiva.

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  • O maior partido do Brasil nasceu. Vai ter nas mãos um bilhão de reais para fazer campanha eleitoral no ano que vem e poder para determinar os destinos do país. O presidente pode até ser de esquerda, hoje. Mas o Brasil não é.

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  • O ex-presidente Michel Temer e o governador gaúcho Eduardo leite estão fazendo a ronda para discutir uma nova direita no país. Pode dar certo. Mas será?

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  • No Ponto de Partida desta sexta-feira (25), Yasmim Restum e Pedro Doria falam sobre o escândalo de corrupção no INSS revelado pela Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União. Apesar da investigação ter mostrado que os desvios começaram em 2019, ainda no governo Bolsonaro, Pedro Doria explica como essa batata quente pode cair no colo do governo Lula.Ainda neste papo, os jornalistas falam sobre a ideia de "quarto poder" atribuída à imprensa, e os desafios na cobertura do governo e em investigações sobre entes públicos. Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Participe! Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferido

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  • Enquanto um deputado desconhecido esnoba Lula, um escândalo de corrupção explode e pode ameaçar seriamente o governo. Quando essas coisas explodem, ninguém sabe como terminam.

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  • Donald Trump é um tirano. Sim, a frase é forte. Mas ela não é hiperbólica. É puramente descritiva. Se entendemos suas ações, se entendemos o que faz de alguém um tirano, isso fica óbvio.

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  • O deputado Glauber Braga se comportou de uma forma aviltante. Ele merece a cassação. Mas o problema é que, se ele for cassado, será pelo que fez de certo. Não pelo que fez de errado.

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  • No Ponto de Partida desta sexta-feira (11), Yasmim Restum e Pedro Doria conversam sobre os possíveis presidenciáveis da direita brasileira para 2026, e como a opinião pública sobre a anistia aos golpistas do 8 de janeiro pode influenciar nessa corrida. Em debate ainda, Pedro orienta sobre como acredita ser possível ter uma conversa com quem discorda de você em âmbito democrático.
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