Avsnitt
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Poema de Melina Guterres (Mel Inquieta) criado após a posse do Lula em 2023
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AMANHÃ VERMELHO POEMA DE MEL INQUIETA/ MELINA GUTERRES #Lula #lula2022 #lulapresidente
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Saknas det avsnitt?
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Algodão
Na curva
Da perna
Bate latente
Um peito
Ardente e
Castigado
Que sangra
Um dia sim
Um dia não
Nenhum passo
É tão firme
No caos do
Sertão
Nenhum arroz
Nasce sem
Regar um grão
Na fervura da
Massa quente
O furacão da
Revolução
Um grito de aia
Ainda esperando
O pão
Provoca
Um canhão
Pés tem bolhas
Sapatos
Nunca foram de
Algodão
Mel Inquieta/ Melina Guterres
#poema #poesiacommel #poeta #melinaguterres #melinquieta #poesia -
FIM Quando meus músculos
Não corresponderem mais
Aos meus desmandos
Quando meu corpo
Tiver virado pó
Quando o silêncio
Aparentemente reinar
A minha inquietude
Permanecerá
Na minha palavra
Na minha história
E ainda
Incomodará!
Melina Guterres/ Mel Inquieta
24/06/2021 foto: Renan Mattos -
Um vidro
Uma papagaio mudo
Uma óca oca
Um pingo no céu
Uma lua no vão
Um córrego voa
Tem sangue nas entrelinhas
Tem uma carta no Tarô
Tem a cegueira nos dentes
A língua amordaçada no medo
Um frio corrói o aço
Um espelho vira gelo
O fogo vira farpa
Aveia vira pó
A morte vira vida
A ruína vira hoje
O mar morto sufoca
A criança parte
Uma canoa é miragem
Mergulho profundo no eco
Uma planta nasce
Um meteoro evapora
Um navio de carga se desloca
Emerge um berço
Leve não são os tempos
A vista piora
Era um soco no estômago
Aquela ameixa podre
E num profundo ar de dento
Respira numa bolha
Um tempo
Força aterisagem um avião
Cai a tarde o luto
O luto de uma nação
O fruto é mordido
A isca pesca
Um moeda é jogada
A sorte nunca foi nítida
As transparências desaparecem
Um estrondo vibra
Uma piscina lambe o chão
Tem uma noiva afogada na multidão
Um cadáver atravessa
A rua para sem sinal vermelho
Uma mulher vai a lua
Nenhuma estrela desce
Nuvens adormecem
Um vulto passa
A manicure desenha
Um carretel late
Uma oca parte
Um ruído rosna
Um luto
E veio a escuridão
No corrimão daquela louca escada
Onde nenhuma flor valia nada
Hora do churrasco
Há hipocrisia numa pérola
Um chumbo cai
Era pra matar
Mas salvou
Um morto atravessa...
Espumas borbulham
Há raiva na caixa de correspondência
Uma amaldiçoada pedra
Aquece a horta
Era pra ser uma caneta
Virou apenas um pênsil
Ossos removem o aparelho
De um mão
Tocou o chão
Um laço de fita suja
Arames num pão
Uma janela
Sem saída
Era tudo
Naquela avenida
Onde as minhocas
Fabricavam o verde
Dos musgos
Na linha de uma coleira
Enfeitada com seda
Dormiam os remendos
Até o amanhecer
O tremor
Tinha olfato
Relapso
Um canarinho
Preso
Voa menino
Ele não voa
Cresça menino
Ele não crescia
Nasça menino
Ele não pária
Escravos de jó
Jogavam cachimbo
Nenhuma praia a vista
Piratas de avenidas
Pediam um tostão
Mendigar a luz fosca
Era receita antiga
Um botão da camisa
Caiu
O relógio parou
Nem fim
Nem começo
Vazio e silêncio
Compunham a
valsa de partida
A ouro eram escritas
As partituras
Um raio de sol tocou a noite
Tinha arte na ardência do broto
Nas roseiras
Os espinhos sentiam fome
Os vômitos
Escorriam pelo esgoto
Nas veias
O sangue endureceu
E um branca de neve
Desapareceu
As fantasia adormecem
Era tarde pra deslocar os corvos
As aves já devoram as carniças
As picadas eram sentidas
A pele arrancada em vida
...
Carretel em fogo
Mel Inquieta / Melina Guterres
04/08/21 -
Nem uma luz na rua
Vozes cruzam o tempo
Uma moto acelera
O silêncio atravessa
No forno
Barulhos da fervura
Na travessa
Cozinha o caos
Gargalhadas
Temperadas com sal
Sem argilas
Nem arte esculpida
Na tênue
Terna
Terra
Um polvo enfeita o medo
Lantejoulas em lajotas frias
Adubo em ruínas
Café frio
No bolicho
Um assalto
Leva a alma
Resgate pago
Em pedra
TicTac
Nenhum despertador
Desperta
Mel Inquieta
WWW.INSTAGRAM.COM/POESIACOMMEL -
Lorenzo Pascucci recita em italiano o poema Liberte-se de Melina Guterres / Mel Inquieta. Leia em: https://www.instagram.com/p/CPL1uBsDK8y/?utm_medium=copy_link
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Leia no Instagram @poesiacommel https://www.instagram.com/p/CPL1uBsDK8y/?utm_medium=copy_link
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Poema de Melina Guterres/Mel Inquieta
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PĖS
Sem máscaras.
Efeitos de outras estradas
Sem medo de perder
O fardo do tempo
Sem vergonha
Das largas estrias de dentro
Um honesto sentimento
Um naco de vermelho
Um súbito adormecimento
Nos olhos o futuro Invisivel
Na parada
Um ônibus sem passageiro
Pés que andam
Que transitam
Pés que vagam
Que caem
Atropelam
Pés
Melina Guterres
#poesia #poeta #poema #semfiltro #semmaquiagem #poesiacommel #melinquieta #melinaguterres #pés -
PĖS
Sem máscaras.
Efeitos de outras estradas
Sem medo de perder
O fardo do tempo
Sem vergonha
Das largas estrias de dentro
Um honesto sentimento
Um naco de vermelho
Um súbito adormecimento
Nos olhos o futuro Invisivel
Na parada
Um ônibus sem passageiro
Pés que andam
Que transitam
Pés que vagam
Que caem
Atropelam
Pés
Melina Guterres
#poesia #poeta #poema #semfiltro #semmaquiagem #poesiacommel #melinquieta #melinaguterres #pés -
Um dia para amar...
É Natal
tem um ruído
Entre o trilho do trem
E o apito de um ano Novo
Que lembra que a cada dia
Mais velho fica o tempo
E a ponta dos meus dedos
Noel voou sem trenó
Deixou lá fora meu sono
Infantil mergulhado na
Fantasia da inexistência
Uma figura que todo ano vem e
não vem
Deixa à espera
Como muitos cristãos
Que brindam o nascimento aguardam a volta de seu Deus
Tanto céu,
Pouca terra
Impossíveis de trenós e renas
Num sistema de visão externa
Cadê os olhos de dentro?
Papai Noel é aquela moça que
Preparou a sopa a um desconhecido Cristo que tem fome.
Uma mãe que trocou o dia pela noite
Para ter um panetone
Um pai que não dormiu a noite
Uma avó doce
Um irmão que trouxe a cerveja
Um tio que assa o churrasco
A prima que prepara a maionese
A tia que traz o pudim
Em volta da árvore,
Carências disfarçadas
De presentes.
Símbolos por uma troca de abraços
Natal
Um dia, uma desculpa para amar
Melina Guterres
#natal #feliznatal #poesia #amar #umdiaparaamar #poeta #poesiacommel #melinquieta #melinaguterres -
Seja Forte - Agradável Ironia
Seja Forte
Todo dia
Seja Forte
Noite
Dia
Seja Forte
Ontem
Hoje
Amanhã
Seja Forte
Numa tempestade
Numa travessia
Num desespero
No dia-dia
Seja Forte
Estimulam os fortes
E o que resta a nós, os fracos?
Poesia!
Publicado no Instagram em:
https://www.instagram.com/p/BkbKelKnS39/?igshid=tn15plxiqeas -
Todo dia
Tem um poema na esquina
Na bolsa que gira
Tem um poema na louça suja
No jantar mais frio que carne crua
Tem um poema na mãe,
Na menina, na idosa
Tem um poema atravessando
O tempo
Tem um poema quebrando silêncios
Tem colheres sendo usadas
Tem uma nova sopa
Um sal ação
Uma mulher fazendo o próprio pão
Tem uma legião
Um país em mãos
Um Cristo morto na esquina
Todo dia um número ressuscita
Do pó à capa de notícias
Todo dia uma mulher é vítima
Um novo tempero soluça, implora, grita:
Empatia!
Está servido o jantar?
Melina Guterres
Acompanhe:
www.facebook.com/asmulheresquedizemnao
Arte:
#quino
#poema #poesia #poeta #melinquieta #mulheres #melinaguterres #empatia -
Sem vias
Amanheceu Belchior
Adormeceu Romaria
Numa quadra
Sem vias
Só havia subida
Pés tortos
Cegos
Sentiam a vida
No forno
A comida
A espera do sal
Na avenida
Romaria
O encontro
Do chão do sertão
Com o erudito de portão
Meu olhar
Nas estranhezas
De um suco
Sem áçucar
Paladar
Tinha voz
Pigmentos
Esculpiam
A porta
Coração
Selvagem
Mordia
Uma corda
Perdia
Seu fio
Alucinação
Do dia-dia
Na areia no Rio de Janeiro
Na terra vermelha do interior da Bahia
Na montanha removida do Pará
No frio da fronteira do Sul
Na capital dos negócios
"Um preto, um pobre
Uma estudante
Uma mulher sozinha"
"De sonho e de pó"
Melina Guterres - @melinquieta
Músicas referénciadas:
Alucinação e Coração Selvagem de Belchior
Romaria de Renato Teixeira
Foto reprodução.
#poesiacommel #poema #poeta #poesia #sertao #romaria #belchior #alucinação -
Poema de Melina Guterres feito para performance da Carolina Berger
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Poema de Melina Guterres
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Mergulhar num oceano
Poesia
Beber palavras engasgadas
Vomitar um reino
Ser forte como uma abelha rainha
Dona e criadora
Do próprio mel
Um molusco
Que transforma lixo
em pérolas
Ora, ora
Pra que serve um oceano, afinal?
Se o corpo pesa,
Que o sal reine
Como o mar morto
Onde nada afunda
E se algo finda
Seja o confinamento
De uma consciência
Que esqueceu de reproduzir
O próprio oxigênio
Que toda guerra
Sejam guelras
Melina Guterres / Mel Inquieta
escrito em 22/10/2020https://www.instagram.com/p/CGyt_mqj_Q4/
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Negação
Desejou felicidade aos demônios
Retirou armas do campo de batalhaEscalou montanhas
Aprendeu a ter as garras de uma feraDescobriu o sopro do vento
Desenvolveu afiadas orelhas
Correu tanto
Que seus pés viraram patas
Guardou tanto rancor que
Seus ossos cresceram
como facas no alto de sua cabeçaEsculpiu a luxúria com arte sacra
Deglutiu a ira sufocada
Escondeu a prataFingia não sentir nada
Negou a própria dor
Negou tanto o próprio ódio,Inveja e desejo de vingança
Negou tanto que se tornou
Seu próprio demônio.Temia espelhos
Os demônios?
Eram sempre os outrosDo alto de uma pedra
Um animal
Em metamorfoseAbandonava seu casulo
Fez da dor as asas mais belas
Ergueu poeiras
De uma eraE de si mesmo
Se libertou
A borboleta
Não olhou pra trás
Ela só voou
MELINA GUTERRES / MEL INQUIETA
www.instagram.com/poesiacommel
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O corvo
Tinha o latido de um porco
Uma faca na garganta
Palavra afiada
No aço dos dias
Um cuspe
Mentira
Uma lágrima
Publicada
Na era passada
Um apelo por socorro
Um futuro numa vela
Fria e apagada
Um corvo
Cruzava a beira
Da estrada
Faminto
Devorava
Uma velha
Caça
Tinha sede
De sangue
Quente
Partia
Voava
O tempo em rodas
O asfalto
Vermelho cinza
A chuva,
Lavava as carcaças
Uma pedra quicava
No meio da estrada
Até a próxima
Selvageria
MELINA GUTERRES / MEL INQUIETA
www.instagram.com/poesiacommel
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