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  • Neste episódio, estivemos, com os jovens de Castelo de Vide, à conversa com quem viveu os tempos da ditadura e, posteriormente, testemunhou o 25 de abril. Desde figuras emblemáticas como Salgueiro Maia, passando pela reflexão sobre conceitos de herói, revolução, líder, liberdade e democracia, e sobre o estado a que queremos chegar, foram várias as questões exploradas e que deram azo a conversas inspiradoras e sentidas, que foram ainda enriquecidas com histórias e memórias de como era ser criança nos anos 40/50 permitindo um conjunto de olhares únicos e valiosos sobre a época pré revolução. Foram também várias as mensagens para o futuro deixadas ao longo do episódio e, por isso, deixamos também aqui a nossa.

    À medida que celebramos os 50 anos do 25 de abril, é crucial lembrar a importância deste marco histórico e os valores que este representa. O legado desta revolução serve de lembrete poderoso da necessidade contínua de preservar e fortalecer esses ideais ao longo do tempo. Lembrar a história, permite-nos aprender com as lutas e conquistas daqueles que vieram antes de nós, garantindo que não esquecemos os sacrifícios feitos em prol de um futuro mais promissor. Neste momento de reflexão e celebração, é fundamental não só honrar a memória daqueles que lutaram pela liberdade, mas também assumir o compromisso de construir um presente onde esses valores sejam defendidos e fortalecidos para as gerações vindouras. Somos todos responsáveis por essa construção e é em cada um de nós que está o poder da mudança! Como disse José Saramago: "O pintor pinta, o músico faz música, o romancista escreve romances. Mas eu acredito que todos temos uma influência, não pelo facto de sermos artistas, mas porque somos cidadãos. Enquanto cidadãos, todos temos a obrigação de intervir e de nos envolvermos, é o cidadão que muda as coisas (...)".

    Hoje revelamos o porquê de lançarmos os episódios todas as quartas-feiras, às 22:55h. À primeira vista pode parecer uma hora caricata, no entanto, existe um significado específico nesta escolha que remete, precisamente, ao dia da revolução de 25 de abril. Foi na rádio que se ouviram as senhas que secretamente deram o sinal para a saída das tropas dos quartéis na madrugada deste dia em 1974. Às 22:55h do dia 24, João Paulo Dinis, na antena dos Emissores Associados de Lisboa, pôs no ar “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho. Meia hora depois, na Rádio Renascença, seria “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, a confirmar o arranque do que viria a ser a revolução.

    Por fim, queremos agradecer a participação especial da Maria e da Flor na intro musical deste episódio, que nos agraciam com os acordes iniciais de “E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, uma música que tanto significado tem para o 25 de abril.

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  • Neste episódio, reunimos um grupo de jovens de Castelo de Vide para uma conversa transformadora sobre a Revolução do 25 de abril. O cenário não poderia ser mais inspirador: uma aula de Português na Escola Básica Garcia de Orta, onde o futuro se molda a cada palavra e ideia compartilhada. Foi durante uma oficina do Pe_SOA: A Que Estado Queremos Chegar?, que tivemos o privilégio de mergulhar nas mentes jovens da turma 8º A. A convite da professora, lançámos aos jovens as mesmas perguntas que têm desafiado os adultos. E o que se seguiu foi uma jornada emocionante de descoberta e reflexão. Desde o conhecimento sobre Salgueiro Maia e o seu papel vital no 25 de abril até às suas visões dos conceitos de herói, cidadão, direitos e deveres, cada jovem trouxe a sua voz única para o diálogo. Mas não parámos por aí. Mergulhámos na noção de revolução desencadeando uma troca de ideias profunda sobre a importância da escola, do sistema de ensino e da confiança. Foi impressionante ver como estes jovens, impulsionados pela sua própria iniciativa, abriram-se a discutir questões como machismo e racismo, abrindo portas a um debate inclusivo. Por fim, escutámos aqueles que testemunharam tanto o antes quanto o pós 25 de abril, incluindo Natércia Maia, a esposa de Salgueiro Maia, o emblemático capitão de abril. Natércia destaca, especialmente para os jovens, a importância crucial deste evento histórico que foi o 25 de abril e da liberdade que dele resultou.

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  • Neste episódio desafiámos os jovens com quem estivemos a trabalhar para irem para a rua fazer entrevistas flash. Sob os raios de sol de Castelo de Vide, várias pessoas foram entrevistadas. Desde a marcante figura que foi Salgueiro Maia, passando pela definição de conceitos como revolução, herói e cidadania, cada questão foi explorada através da partilha de diferentes perspectivas. Por fim, os entrevistados não só compartilharam os seus pontos de vista em relação à juventude contemporânea, como também desvelaram as suas experiências dos seus tempos de juventude.

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  • Neste episódio, mergulhamos numa conversa com Bruno Corá, explorando a sua vivência durante a revolução e a sua perspectiva sobre o estado a que chegámos. Bruno compartilha as suas reflexões sobre as mudanças que considera serem necessárias, destacando-se ainda a sua visão sobre a arte como uma lente para dar forma e compreender os problemas da realidade. Por fim, Bruno partilha connosco uma mensagem inspiradora.

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  • Neste episódio, mergulhamos numa emocionante aventura com o "Jogo do Barco"! Juntámos um grupo de crianças que, por sua vez, foram divididas em dois grupos. Cada grupo ficou encarregado de construir a sua própria jornada rumo a uma terra desconhecida. Mas esta não seria uma simples viagem. Armados com um barco imaginário e uma lista de elementos cruciais (ou não), os jovens aventureiros embarcaram numa missão para decidir o que levariam consigo. Democracia, habitação, saúde, educação, direito à opinião, direito ao voto, água, comida, roupas e uma infinidade de outros elementos preenchiam as suas listas. No entanto, à medida que a jornada avançava, uma onda de eventos imprevistos leva a que ambos os grupos tenham de repensar as suas escolhas, descartando elementos considerados dispensáveis em favor do que era para eles vital. Com as suas decisões tomadas, veio o momento crucial de justificar e explicar as suas escolhas, revelando as perspectivas individuais e coletivas que moldariam as sociedades que construiriam.

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  • Neste episódio, mergulhamos numa conversa única que transcende as barreiras do tempo e das gerações. Reunidos em torno de uma mesa, indivíduos de diferentes gerações dão origem a um diálogo intergeracional enriquecedor. Inspirados pelas perguntas curiosas das crianças presentes, exploramos um vasto espectro de temas, desde memórias vívidas do passado até reflexões sobre o presente. Ouvimos as vozes marcantes da geração mais velha, enquanto discutem questões fundamentais como quem foi Salgueiro Maia e o seu papel enquanto herói. Diferentes testemunhos sobre o 25 de abril ecoam pela sala, partilhando diferentes perspectivas sobre como foi testemunhar a revolução. Uma ponte é estabelecida entre a experiência enquanto criança de outrora e a realidade de ser criança atualmente. Desde o privilégio de ter sapatos até aos brinquedos, cada detalhe ilustra as marcadas diferenças entre estas gerações. Exploramos a questão “O que é a liberdade?”, através da partilha das diferentes perspectivas intergeracionais, bem como o olhar, desta geração que tanto viveu, sobre o estado a que chegámos. Mergulhamos no visão de cada um, sobre o que os motivaria a fazer uma revolução, bem como na sua perspetiva em relação aos conceitos de cidadania e cidadão. Por fim, as ideias convergem para a visão de uma casa da cidadania, contando com a contribuição de cada uma das vozes para a idealização deste espaço.

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  • Neste episódio estivemos à conversa com Eli Benveniste, uma escultora apaixonada, que nos fala sobre a sua jornada de mudança para Portugal, com o seu marido, repleta de arte e reflexões profundas. Nas conversas com Eli, somos transportados para os “tempos intensos” que foram os anos 70, antes da sua chegada a Portugal, onde nos conta histórias sobre o seu marido e situações que testemunharam. Com um olhar perspicaz, aborda temas como revolução e liberdade, lançando a luz sobre a atualidade. Neste diálogo com Eli, a sua casa - refúgio de memórias e nostalgia - emerge como personagem próprio nas histórias contadas. Eli não só compartilha a sua visão sobre a Casa da Cidadania Salgueiro Maia, como sugere formas de honrar plenamente o seu nome. Enquanto alguém que atravessou fronteiras e experienciou diferentes culturas, Eli dá-nos a sua perspetiva sobre Portugal, assim como sobre o conceito de “cidadão”. Em momentos de introspecção, Eli fala-nos de esperança e como se considera (ou não) uma pessoa esperançosa. Como epílogo inspirador, Eli deixa uma mensagem lembrando a importância de manter viva a esperança.

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  • Neste episódio estivemos à conversa com Altino Barradas, um cidadão do mundo com raízes em Portalegre. Altino estudou em Lisboa, trabalhando, posteriormente, durante 28 anos no IPDJ. Mais tarde, cria a Associação Propósito Inadiável, da qual é presidente, com o objetivo de fazer serviço voluntário europeu, colocando em prática o seu lado de formador em políticas de juventude. Altino fala-nos sobre a Propósito Inadiável, partilhando connosco o trabalho que lá desenvolve. Dá-nos a conhecer um pouco sobre a Rádio Intencional e a sua paixão pela Rádio. Apresenta-nos também a sua perspetiva em relação à Rádio enquanto fator de desenvolvimento, expressando assim a sua convicção na importância de dar voz à Juventude, atribuindo um espaço onde se possa expressar. Altino expressa ainda a sua posição sobre a importância da oportunidade de experimentação, valorização e investimento na Juventude, tal como em toda a comunidade, como instrumento para o desenvolvimento do crescimento pessoal de cada indivíduo. Por fim, explora o propósito essencial das Associações e a necessidade de atividades que impulsionam o desenvolvimento comunitário.

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  • Neste episódio tivemos o privilégio de ouvir Natércia Maia, uma figura notável que caminhou ao lado do Capitão Salgueiro ao longo da sua jornada pela vida. Natércia emerge como uma figura de destaque – uma mulher de rara resiliência, à altura dos desafios e com uma perspicácia admirável nas suas críticas. Além de uma grande companheira e cúmplice é, notoriamente, a maior admiradora de Salgueiro Maia compartilhando connosco histórias íntimas e únicas sobre esta ilustre personalidade.

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  • Neste episódio mergulhamos nas reflexões de Maria Belo Costa, original de Castelo de Vide. Maria compartilha connosco a sua visão sobre Salgueiro Maia, que curiosamente a faz lembrar uma bolsa de pão. Aos olhos de Maria percebemos o que considera serem as características essenciais de um herói, assim como as qualidades que acredita serem fatores de determinação do estatuto heróico atribuído a Salgueiro Maia, discutindo também o seu legado. Maria oferece-nos a sua visão sobre o que entende por revolução e sua perspetiva em relação ao que nos pode unir enquanto pessoas. Exploramos o conceito de cidadania através da lente de Maria, incluindo a sua reflexão sobre a Casa da Cidadania Salgueiro Maia. Por fim, Maria é levada ao seu passado enquanto criança como reflexão sobre o que era ser criança antigamente e o que é ser criança nos tempos atuais.

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  • Neste episódio ficamos a conhecer Salgueiro Maia pela voz de Carolino Tapadejo, figura incontornável da vila de Castelo de vide, através de memórias e relatos que este guarda de Maia enquanto amigo e confidente. Carolino compartilha connosco a relação que tinha com o capitão, desde os momentos de desabafo até aos momentos de escape salpicados de anedotas. Ao longo desta conversa, somos levados a conhecer o homem por detrás do símbolo, bem como a trajetória de Maia desde os seus dias pré-revolucionários até ao pós-25 de abril. Por meio das palavras de Carolino, conhecemos a sua perspetiva em relação à ideia de se ser um herói e ao estado a que chegámos. Uma narrativa envolvente que nos transporta para um Portugal em transformação, através de memórias vivas de quem testemunhou cada momento.

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  • Amândio Patacas, um homem cuja vida se entrelaça com os eventos marcantes da história de Portugal, emerge como um testemunho vivo de tempos turbulentos e transformadores. Do alto dos seus 80 anos, através de uma partilha sem tabus das suas experiências, desde a infância em Castelo de Vide até aos momentos críticos da guerra na Guiné, passando pela convivência com figuras emblemáticas como Salgueiro Maia, oferece uma perspectiva singular sobre o antes, durante e depois do 25 de abril. As suas reflexões sobre a revolução, a liberdade, o estado a que chegámos e o estado a que queremos chegar são um convite à introspecção e ao debate. A sua jornada é um poderoso lembrete da importância de nunca esquecermos os ensinamentos do passado na construção de um amanhã melhor.

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  • Neste primeiro episódio partilhamos uma peça construída a partir da visita guiada de Ludovina Marques à Casa da Cidadania Salgueiro Maia. A narrativa é enriquecida com testemunhos recolhidos em Castelo de Vide, transformando-se num audioguia daquele espaço expositivo. Estes testemunhos, que incluem histórias contadas por quem conheceu Salgueiro Maia e viveu o 25 de abril, bem como perspetivas de crianças sobre o tema, serão publicados na sua íntegra ao longo dos episódios seguintes. A peça foi partilhada durante uma sessão de escuta na Casa da Cidadania, marcando a apresentação final do projeto ao público no dia 22 de outubro de 2023.

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