Avsnitt

  • Campeão nacional de atletismo em várias categorias, André Biveti já tinha conquistado um lugar no Centro de Alto Rendimento do Jamor quando uma lesão o afastou das pistas.

    Precocemente arredado da competição, numa altura em que conciliava as provas desportivas com os exames de Direito, encontrou na política partidária novas metas, traçadas a partir da sua própria realidade.

    “Aquilo que eu sou é, no fundo, o exemplo de como as políticas públicas e sociais são necessárias”, assinala nesta conversa, sublinhando a importância de continuarmos a defender o Estado Social.

    “É a comunidade que nos permite continuar a ter este imaginário de coletivo, ser solidários, e pensar que existem pessoas que necessitam de mais apoio.”

    Firmemente posicionado à esquerda, André começou por integrar a Juventude Socialista, movimentando-se hoje nas fileiras do poder local, na Junta de Freguesia de São Vicente, em Lisboa.

    “É o trabalho de proximidade que nos permite chegar às pessoas, aos nossos vizinhos, e fazer um trabalho comunitário. E é aí que está o coletivo”.

    Foi também nesse ‘chão comum’ que o hoje jurista começou por fincar a sua identidade.

    “Antes de me considerar português, já me considerava do bairro da Graça, porque aquelas pessoas já me reconheciam, já diziam que eu era um deles. E, portanto, o espírito comunitário tem essa lógica muito importante de criar raízes”.

    Filho de mãe angolana e pai congolês, que chegaram ao país como refugiados, André Biveti nasceu em Portugal a 10 de junho de 1992, mas só obteve a nacionalidade aos 15 anos, resultado que parece ter beneficiado da sua performance no atletismo.

    “Acredito que o desporto ajudou a acelerar o processo, porque chegaram a dizer que eu era um bom exemplo de integração”.

    Com ou sem o empurrão das pistas para garantir a cidadania portuguesa, é inegável que foi entre corridas que o ex-atleta encontrou o impulso para se afirmar.  “Cresci como uma pessoa bastante tímida, reservada, e o atletismo deu-me um boost de autoestima”.

    O impacto positivo do pódio estendeu-se à escola, onde o socialista entrou para a lista dos melhores alunos. “Comecei a ter melhores notas quando comecei a evoluir mais no atletismo”.

    Formado em Direito – curso que concluiu depois de uma passagem desapontante por Ciência Política –, André conta que “apesar de já ter conquistado algumas coisas”, o peso dos “traumas geracionais” faz com que sinta a pressão de, a cada momento, saber se está a corresponder às expetativas. A começar pela paternidade, que classifica como a maior reinvenção de todas.

    Continue a seguir esta história, na companhia d’ O Tal Podcast, com Georgina Angélica e Paula Cardoso.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • O destino de uma vida na fábrica parecia já traçado na história de Luísa Semedo, mas, mesmo sem qualquer modelo que lhe pudesse servir de referência, era para a liderança política que os seus sonhos apontavam.

    “Quando era miúda, pensei ser Presidenta da República”, conta neste episódio, distanciando os planos infantis de ambições de poder, e aproximando-os do desejo de cuidar.

    “Sou a irmã mais velha, tive que cuidar dos meus irmãos, tive que cuidar também dos adultos da minha família, que tinham algumas problemáticas. E, portanto, sempre fui a mãe de muita gente”.

    Desde cedo habituada a assumir e a acumular responsabilidades, a investigadora reconhece agora a necessidade de parar.

    “Estou a viver um burnout há alguns meses. Estou a tentar sair dele, e a fazer muita aprendizagem em relação a isso.”

    O diagnóstico de Luísa surgiu após o assassinato de Odair Moniz, e confrontou-a com uma realidade ainda pouco conhecida, e até incompreendida: o burnout do ativismo, território no qual se move, em defesa dos Direitos Humanos.

    “Sinto-me, muitas vezes, num lugar de privilégio e, portanto, tenho dificuldade em dizer não, porque tenho que estar à altura e tenho que conseguir”.

    Nascida em 1977, em Lisboa, Luísa cresceu no Bairro da Serafina, filha de mãe portuguesa e pai cabo-verdiano, ambos operários.

    Ainda criança, recorda que deixou de acreditar em Deus, quando estudava numa escola de freiras. “Fiquei ateia, mas com medo de ser má pessoa”, admite.

    Já adulta e a viver em França, para onde emigrou aos 24 anos, a investigadora, escritora e cronista, procurou compreender se existe uma capacidade universal, e que não tenha que ver exclusivamente com a cultura ou a religião, que faça dos seres humanos boas pessoas. Foi aí que encontrou a empatia, tema da sua tese de doutoramento em Filosofia, pela Universidade Paris-Sorbonne.

    Nos antípodas desta descoberta, Luísa partilha ainda como o combate à discriminação a confrontou com o pior da desumanização. “Fui atacada por um neonazi, e pensei mesmo: vou morrer”.

    Sem heroísmos, a ativista conta, nesta conversa com Georgina Angélica e Paula Cardoso, como lidou com essa e outras agressões: “Não é o que eu faço, é o que eu sou”.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Saknas det avsnitt?

    Klicka här för att uppdatera flödet manuellt.

  • Há um antes e depois do basquetebol na vida de Carlos Dias. Ex-internacional pela seleção portuguesa, campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal, o hoje terapeuta conta como esta modalidade o “salvou”.

    “Senti um sentimento de pertença que não tinha encontrado nos meus primeiros 13, 14 anos de vida”.

    Nascido em Lisboa, com raízes em Cabo Verde, Carlos recorda, neste episódio, como, desde muito cedo, percebeu os olhares preconceituosos que lhe eram dirigidos na rua, mais tarde transformados em verbalizações racistas.

    Além de ter bem presente o dia a dia de agressões que viveu com os colegas, nunca mais esqueceu as palavras de uma professora de Matemática.

    “Disse: ‘pois, é para isso que vocês servem, só para correr atrás de uma bola. Tu vais ser como o Eusébio, nunca vais saber falar”.

    Os ataques continuaram nos campos de basquetebol, vindos das bancadas, mas também dos balneários.

    “A última vez que eu joguei pela Seleção Nacional foi já na Seleção de Esperanças. Eu tinha 20 ou 21 anos, e aconteceu um episódio que fez com que eu não voltasse mais”.

    Sem rodeios, hoje Carlos fala assertiva e abertamente de todas as marcas do passado, sublinhando que a última coisa que alguma vez será é vítima.

    “O meu pai sempre incutiu em mim uma ideia de que o silêncio não é opção”.

    Herdeiro de uma linhagem masculina com carreira nas forças militares e de segurança, o ex-basquetebolista quebrou uma longa tradição familiar de fardas.

    Primeiro no desporto, que o fez conhecer várias cidades do mundo – e amadurecer o amor por Lisboa –, e agora na Psicologia, Carlos junta a esta formação, a certificação internacional em coaching.

    Mas faz questão de se desmarcar do “rótulo” de coach. “Fujo desse termo porque está muito contaminado”.

    Terapeuta motivacional e mentor, destaca a “tremenda sorte” de ter uma clientela 98% feminina, porque vê na mulher “o ser mais poderoso da Terra”, bem como “o farol emocional da Humanidade”, e “o veículo da vida”.

    Além de homenagear o poder feminino, nesta conversa com Georgina Angélica e Paula Cardoso, Carlos Dias revela aquele que é seu papel mais importante: ser pai.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Os voos internacionais são uma constante na vida de Aua Baldé que, muitas vezes, encontra na filha, Aicha, o caminho para ‘descer à terra’. “Por ela sou capaz de parar o mundo”, declara, rendida ao “grande privilégio” de desfrutar da maternidade.

    “Acho que as mães têm uma linha direta com Deus”, diz, enquanto aponta a própria progenitora como o seu porto seguro.

    “A minha mãe tem uma capacidade de empatia que não conheço [em] mais ninguém”, assinala, contrabalançado com o exemplo paterno.

    “O meu pai sempre me disse: o teu marido é o teu diploma. Portanto, não era uma opção eu não ir para a universidade”.

    A par dos estudos, Aua foi desenvolvendo um forte sentido de Justiça, canalizado para a especialização na área dos Direitos Humanos, património ameaçado por uma série de retrocessos democráticos.

    “A batalha por aquilo que é certo e que faz sentido para nós tem que persistir”, defende, partilhando a importância da “visão do unicórnio”.

    Nascida na pequena cidade de Canchungo, na Guiné-Bissau, Aua  Baldé conserva memórias de uma infância feliz, povoada de laços comunitários.

    Ainda pré-adolescente, mudou-se para Portugal, período marcado por alguns desafios de integração, nomeadamente linguísticos.

    “O meu sotaque era completamente diferente e os meus colegas riam-se”, conta neste episódio, de volta ao “pesadelo” das aulas de Português do 6.º ano.

    Hoje formada em Direito, é professora universitária, mestre pela Harvard Law School, e doutoranda na Católica Global School of Law, destino académico que, sem os estímulos familiares, seria, à partida, inimaginável.

    Habituada a desafiar probabilidades, Aua dedica-se ao estudo e pesquisa na área do Direito Internacional Público, onde sobressaem as especializações em Direitos Humanos e Direito Penal, e a ligação a organizações globais, como as Nações Unidas.

    Mas, por mais milhas e diplomas que some, é na Guiné-Bissau que se encontra inteira. “Um bocadinho da minha alma sempre fica lá”.

    Continue a ouvir esta viagem, na companhia das apresentadoras Georgina Angélica e Paula Cardoso, n' O Tal Podcast.

     

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Batizada Eva, à semelhança da avó materna, o seu último apelido é Alexandre, mas apresenta-se com o seu outro sobrenome – Cruzeiro – em homenagem à assinatura familiar da avó paterna.

    É dessa forma, como Eva Cruzeiro, que o seu nome sobressai nas listas do PS, onde se tornou a candidata-surpresa na corrida às Legislativas do próximo dia 18 de maio.

    Apesar da forte curiosidade política que despertou nas últimas semanas, continua, contudo, a ser mais reconhecida como Eva Rapdiva, identidade artística forjada entre beats musicais.

    Nascida em 1988 na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, ‘combate’ desigualdades desde os 12 anos em batalhas de rap, género musical no qual ganhou notoriedade, com letras carregadas de análise e crítica social.

    O registo interventivo, extensão de uma personalidade inconformada com injustiças e exclusões, impulsionou os estudos em Ciência Política e Relações Internacionais, que se compromete a colocar ao serviço da atividade política.

    Pessoa de convicções firmes, Eva demonstrou cedo que sabe o quer: tinha apenas 12 anos quando anunciou o seu destino à “Doutora Ana Paula”, título que, em jeito de brincadeira, usa para se referir à mãe. Disse: “Vou ser uma grande cantora, cantar num estádio, ter a minha cara em outdoors, oferecer-te um carro, ter casa, tudo com a música”.

    Apesar do riso que arrancou da progenitora, a então aspirante a rapper partilha, neste episódio, que sempre contou com o apoio materno para seguir os seus sonhos. “Beneficiei de um contexto familiar que me ajudou bastante, e que fez de mim aquilo que sou hoje”.

    Aos 36 anos, a candidata a deputada à Assembleia da República pelo PS não esconde que tinha outros planos, desligados da política ativa e ligados à agricultura. “Mas acho que esta missão agora é bem mais importante. Porque a minha vida nunca foi só sobre mim e sobre os meus sonhos”.

    Assumida defensora do bem-estar coletivo, a nossa convidada de hoje lembra que as ameaças que vivemos exigem a mobilização de todas as pessoas. “Temos que estar alerta e nos unir para garantir que a democracia prevalece, as conquistas do 25 de Abril também, e que, no que toca aos nossos direitos, só iremos continuar a dar passos para a frente. Não há espaço para recuos”.

    Oiça aqui a conversa entre a “candidata sensação do PS” e as apresentadoras Georgina Angélica e Paula Cardoso, n'O Tal Podcast.

     

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Apresenta-se como alguém “muito fechado, muito envergonhado, e muito introspectivo”, mas que, quando sobe ao palco, se transforma. Augusto Armada nos documentos, e Gutto na assinatura artística, o músico revela, neste episódio, que prefere estar no seu canto, longe da exposição.

    “Não é uma coisa específica minha. Conheço muitos artistas que são também assim”, aponta o ex-integrante dos Black Company, pouco ativo nas redes sociais, mas cada vez mais presente no equilíbrio da vida fora dos ecrãs.

    “A ida para o interior foi a melhor decisão de saúde que tomei, não só mental”, conta o improvável agricultor, hoje aos comandos da própria quinta. “Um mês depois de estar lá, a saúde física melhorou exponencialmente”, diz, completamente rendido à desaceleração dos dias. Mas mais do que fazer a ‘prova de vida’ do músico, nesta conversa percorremos alguns dos marcos da sua carreira.

     A começar pelo êxito “Nadar”, passando pela composição “Ser Negro”, sem esquecer a amizade com Boss AC, parceiro de vários projetos, incluindo uma turné nacional focada na Educação e Inclusão.

    Hoje a caminho dos 53 anos, Gutto, nascido em Luanda e educado na margem Sul do Tejo, dedica-se à formação e ao coaching comportamental, e vai matando saudades do palco com atuações pontuais.

    Para trás ficou o sonho de se tornar juiz, alimentado desde os 12 anos, e reformulado a partir de uma carreira inesperada na música, que conseguiu conciliar com a licenciatura em Direito.

    Sempre atento ao ritmo e poesia da vida, usa as redes sociais com muita moderação, e recentemente trocou a cidade pelo campo, onde se deleita a escutar os passarinhos, a apanhar azeitonas e fruta, e a fazer azeite.

    Oiça aqui a conversa de Gutto com Georgina Angélica e Paula Cardoso.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Para quem já conhece O Tal Podcast, obrigada por se manter connosco. Para quem nos está a ouvir pela primeira vez, bem-vindo à quinta temporada do nosso podcast, desta vez integrado no catálogo de podcasts do Expresso.

    Por aqui já recebemos mais de 40 personalidades em conversas sem guião pré-definido, ao sabor das respostas dos convidados à mesa com Georgina Angélica e Paula Cardoso.  

    A todas as pessoas desse lado, fiquem atentas aos novos episódios e subscrevam a nossa newsletter bissemanal. O primeiro episódio será publicado no dia 24 de abril em todas as aplicações de podcast e nos sites do Expresso, SIC e SIC Notícias.

    Contamos com todas e com todos.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Entre tudo o que os nossos cérebros não compreendem, o infinito ocupa - naturalmente - um lugar central. A partir de uns quantos zeros, os números ganham vida própria e abandonam a realidade próxima e perceptível. O Big Bang, os fractais, o numero de possíveis combinações do ADN, os grãos de areia de todas as praias imaginadas e já percorridas. A nossa mente não é capaz de segurar com propriedade esta imensidão, do enorme ao microscópico.

    A internet e a primeira e a definitiva infinitude cultural da humanidade. O universo digital expande-se a uma velocidade diária estonteante e submerge-nos num oceano de informação e significado - onde ainda não aprendemos a respirar. 500 horas de vídeo criadas em cada minuto, 8 bilhões de chips por ano, 400 milhões de podcasts. Um mundo medido em zettabytes, em si uma medida provisória, está para além da nossa capacidade de toque, de absorção, de reflexão. Habituados - crentes? - a um mundo com limites rígidos, estamos agora perante a fluidez e a potência do que é exponencial e extremado, em tudo.

    A lógica bipolar da internet produz, do outro lado, a longa cauda dos números ínfimos e invisíveis. O reverso da viralidade é o silêncio em que vive a esmagadora maioria dos conteúdos online, para os quais a luz das partilhas e da atenção colectiva nunca chegará a brilhar. A celebridade, quando chega, é traiçoeira e instável, sempre pronta a abençoar os próximos candidatos com o seu brilho irresistível e desapaixonado. Do outro lado dos números longos vivem os dados que nunca são vistos e que só interessam a muito poucos.

    E nesse espaço construímos O Tal Podcast e aprendemos os contornos do que parecem ser as regras do século: é mesmo muito difícil transitar da aritmética da criação para a álgebra da sustentabilidade, é ainda mais impossível planear a longo prazo, a atenção repentina é uma armadilha letal. E ainda outra regra, provavelmente dourada: quando alguém escuta, uma e outra vez, quando alguém sustem o olhar para isso que colocamos no mundo, significa que encontrámos a linha de fuga.

    Essa audição e esse olhar são muitas vezes individuais, familiares, animados por uma comunidade que cabe à volta de uma mesa. Na maior parte dos casos, não serão suficientes para a longa viagem na invisibilidade da rede. Mas quando a excepção acontece, o que aprendemos é que o caminho certo fica na direccao da proximidade, do toque, da presença. São os círculos pequenos e concêntricos que nos ensinam a força do que fazemos.Concluímos a quarta temporada d’O Tal Podcast com ainda mais questões, mais inquietação. Como ser pequeno sem ser insignificante? Como crescer sem esquecimento? Como brilhar de forma límpida e colectiva? O futuro que nos aguarda será definido por estas respostas.

    Queremos desenhá-las convosco.


    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Pai de três, Victor Hugo Mendes (VHM) poderia muito bem fechar as contas da sua paternidade numa dezena de descendentes. Escrito de outro modo: gostaria de ter 10 filhos. O número impressiona, em especial numa Europa com algumas das mais baixas taxas de fertilidade do mundo, porém VHM não se deixa intimidar, assumindo valores ancestrais africanos na relação com a ascendência e descendência. Mas, em que medida as diferenças culturais – e até alguns choques –poderão ter comprometido o seu processo de adaptação a Portugal?

    Victor descomplica a mudança, e dá a conhecer, neste episódio, vários traços da sua personalidade. “Não consigo estar onde não sou bem-vindo. Prefiro abraçar o sacrífico a deixar-me estar”, diz, sempre pronto para acolher um novo desafio: “Preparo-me para as oportunidades”.

    ---

    Nascido na província angolana de Malanje, há 42 anos, cedo Victor Hugo Mendes começou a destacar-se como comunicador. Primeiro na rádio, onde assumiu as vezes de locutor e apresentador, e mais tarde na televisão, o hoje anfitrião do programa “Tem a Palavra”, da RTP África, também é reconhecido pela assinatura literária. Autor de seis obras, onde encontramos títulos como “Face 69”, “Tchiwekinha o menino vencedor” e, mais recentemente, “Nagrelha 2030”, Victor lembra-nos, no seu site oficial, que “Quem lê um livro nunca mais é a mesma pessoa”.

    Com uma trajetória recheada de prémios e reconhecimentos, o apresentador sobressai igualmente como orador em palestras sobre vários temas para a juventude, e ainda pelo apoio a causas de impacto social.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Chegou a estar na iminência de um esgotamento, porque “tinha muita dificuldade em dizer não”. Sempre disponível para os outros, Cátia Semedo Ramos foi-se esquecendo das suas necessidades, até viver uma depressão. Os sintomas da doença, silenciosamente incorporados, não escaparam à mãe, que, ao testemunhar algumas explosões de choro da filha, a aconselhou a procurar ajuda médica.

    As lágrimas continuaram a correr, mas, com medicação, sessões de terapia e tempo, ‘desaguaram’ numa nova consciência. A vivência, que Cátia partilha neste episódio, e sobre a qual fala abertamente, em palestras, entrevistas e workshops, surpreendeu muitas pessoas à sua volta, evidenciando a importância de conversarmos, sem tabus, sobre saúde mental, e de sermos capazes de reconhecer o problema e de pedir ajuda.

    --

    Cátia Semedo Ramos considera que a sua melhor história “é contada na primeira pessoa”, e, sem hesitar, apresenta-nos o título: “From the Hood to Hollywood”, ou, em versão portuguesa “do bairro para Hollywood”. Filha de cabo-verdianos, criada no entretanto demolido bairro da Pedreira dos Húngaros, Cátia chegou a Hollywood como uma das batukaderas de Madonna.

    A viagem aconteceu em 2019, na tour de apresentação do álbum “Madame X”. No regresso a Portugal, esta orgulhosa “Doméstica Rara”, como também se apresenta, formou-se como Coach. Hoje, além de prestar serviço doméstico, trabalha como coach de hábitos e rotinas, é formadora, palestrante, atleta e autora do e-book “20 Receitas Práticas, Económicas e Saudáveis”. Mais recentemente, publicou o diário de autocuidado “My Journal, Hoje eu Afirmo!”.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • “Estejamos mais abertos para acolher as nossas crianças!”. Mais do que a expressão da sua experiência profissional e da vivência pessoal, as palavras de Paula Almeida refletem a sua consciência sobre a necessidade de um despertar comunitário. “A mulher negra sempre acolheu”, assinala nesta conversa, entre partilhas sobre a sua própria viagem pela maternidade.

    Mãe de uma menina que, até ao seu acolhimento, vivia numa instituição, Paula conta como o seu trabalho de intervenção social a alertou para uma realidade que pretende ver alterada: a falta de famílias negras disponíveis para acolher e adoptar as “nossas” crianças. Consciente da força que poderá surgir de um maior envolvimento negro nestes processos, a filha da Dona Martina, neta da D. Guilhermina e bisneta da D. Mariana, partilha um dos ensinamentos recebidos da sua linhagem feminina: “Quem tem um filho, tem todos os outros filhos”.

    --

    Dona de uma longa e vasta experiência em intervenção social e comunitária com crianças e jovens em situação de risco, Paula Almeida soma formações ao serviço da igualdade, e contra a exclusão social. Sempre em busca de novas ferramentas para aproximar grupos, Paula optou pela licenciatura em Estudos Africanos, na variante História e Desenvolvimento, porque viu nessa formação uma via para sustentar o trabalho que desenvolve junto da comunidade negra.

    A par da ligação aos mais novos, inclusivamente em instituições de acolhimento, Paula atua como técnica de intervenção familiar, facilitando a reparação e regeneração de contextos disfuncionais. Por uma sociedade mais humana.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • “Na vida há uma beleza muito grande em vermos as coisas acontecerem”. Sofia Medina Andrade ouviu esta frase em Moçambique, da boca do ex-colega Fernando, e nunca mais a esqueceu. “Fui um livro aberto e voltei preenchida”, conta, plena de tanta cultura que teve a oportunidade de absorver.

    Na altura ao serviço da organização Médicos do Mundo, a hoje especialista em aquisição de talentos revisita a temporada em Maputo como quem percorre um manancial de aprendizagens. A determinada altura dessa viagem, recorda Sofia, o controlo emocional desapareceu: “Saio do carro, e começo a chorar imenso”. O momento de catarse, na sequência da exposição a testemunhos sobre violência contra mulheres, favoreceu o início de uma busca consciente de autocuidado. Onde a coragem para dizer não, e o merecimento, significam trabalho em construção.

    --

    Bélgica, Brasil, Moçambique e Portugal sinalizam direções na rota profissional de Sofia Medina Andrade, iniciada a partir da licenciatura em Comunicação e Jornalismo. Depois de sete anos nessa área, com experiência em assessoria de imprensa, gestão de eventos e desenvolvimento estratégico, Sofia encontrou, em 2021, um novo rumo nos Recursos Humanos.

    Hoje especialista em aquisição de talentos, empenha-se em promover e defender os valores da Diversidade e Inclusão. Não apenas nas empresas por onde passa, mas também aos microfones do podcast “Colour at Work”, projeto que criou para amplificar vozes sub-representadas no mercado de trabalho.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Assistimos a guerras e genocídios como se fossem obras de ficção, das quais nos desligamos quando mudamos de canal ou fechamos o jornal. Acompanhamos a crescente polarização dos debates, e habituamo-nos a repetir a palavra ódio, colada a discursos e campanhas.

    “Estamos num cruzamento essencial”, nota Maria Gorjão Henriques, para quem “nunca foi tão urgente honrarmos o nome da raça humana”. Facilitadora de consciência sistémica, Maria sublinha: “Ou nos permitimos despertar para a humanidade em Nós, ou nos vamos perder”. Ao encontro de Nós, a também terapeuta, escritora e psicóloga de formação empenha-se em mobilizar a força do “Amor puro e genuíno”, lembrando que a Consciência aliada ao Amor promove Cura. Mas como alimentar este movimento de humanização da vida, quando, conforme aponta, “vivemos num mundo de embalagem, e não de conteúdo?”. Buscamos respostas neste episódio, e todas elas convocam a nossa unidade.

    --

    Formada em Psicologia, Maria Gorjão Henriques consolidou carreira no mundo financeiro, até ao dia em que decidiu agir de acordo com o que sentia e intuía. Despediu-se, mergulhou numa série de formações na área do desenvolvimento humano e espiritual, e tornou-se facilitadora de consciência sistémica.

    Cerca de 20 anos depois, dedica a vida a ajudar outras pessoas a encontrarem o seu propósito, e “a fazerem o seu processo de cura emocional e da sua ancestralidade, rumo a um despertar da consciência individual e coletiva”. Para isso fundou o Espaço Amar, a Consciência Sistémica em Portugal, o Campus de Consciência Sistémica e o Lagar das Almas, além de ter criado o movimento internacional “Unidos num só Coração”. Em 2023 publicou o livro “O despertar da consciência com as constelações familiares” e, já neste ano, lançou “Relacionamentos Amorosos - O espelho das histórias e dos traumas familiares”.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Tinha apenas 15 anos quando se tornou um rosto conhecido do grande público, através da participação no concurso televisivo Ídolos, para descoberta de novos talentos musicais. Hoje, aos 31 anos, Solange Hilário recorda os altos e baixos dessa experiência, com o entendimento de que todas as pessoas deveriam ter a oportunidade de viver os desafios de um programa de TV do género.

    “Ajudou-me a crescer”, conta, sem mascarar dores nem desilusões. “Nos meus sonhos era de uma maneira”, admite, defendendo que conhecer a realidade permitiu-lhe compreender, livre de deslumbramentos, alguns processos de ruptura por que passam os artistas. Apesar das inúmeras pressões para caber numa caixa artística mais vendável, a hoje designer de interiores não se deixou "embrulhar" num destino que não sentia seu. Dona e senhora das suas escolhas, Sol considera que, a par do apoio familiar, sempre teve muita sorte com as pessoas que a acompanharam. Como Manuel Moura dos Santos, que, aos 16 anos, a protegeu do assédio de uma revista masculina para posar nua.

    --

    Mestre na arte da reinvenção, Solange Hilário iniciou-se na música, ainda adolescente, mas a sua força criativa não permitiu que ficasse presa ao frenesim da agenda de espectáculos, inaugurada a partir da participação no concurso televisivo Ídolos. Multifacetada, Sol – como é carinhosamente tratada por familiares e amigos – também deu cartas na apresentação televisiva e na representação. Aliás, ainda hoje é reconhecida pelo papel que interpretou na novela angolana “Windeck”, experiência que lhe permitiu mergulhar fundo nas suas raízes angolanas. Hoje dedica-se inteiramente ao design de interiores, área na qual se especializa, através da marca Solange Interiors. Tem 31 anos, é natural de Matosinhos, casada e mãe da Sara, uma menina de 8 anos.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Sem filtros, Jonathan fala sobre como a espiritualidade ajudou a dissipar o ceticismo e trouxe uma nova compreensão da vida, focada no processo, e não na ansiedade de resultados. Com uma visão única, Jonathan Ferr desconstrói ideias pré-concebidas sobre prosperidade e revela a importância de estar rodeado de pessoas que também vibram em abundância. “Quanto mais me desconheço, mais quero aprofundar no ser chamado EU”, afirma, num diálogo que nos convida a repensar o que significa realmente prosperar.
    Jonathan reflete ainda sobre a prática diária da gratidão, não apenas pelo presente, mas pelo que ainda está por vir, como um exercício essencial para viver em prosperidade. Para ele, prosperar é encontrar alegria no processo, abraçar o inesperado e reconhecer a sacralidade da jornada. Com a influência do budismo, aprendeu a agradecer em vez de pedir, assumindo a abundância como um estado de consciência. Esta conversa inspiradora é um convite a mergulhar na profundidade do autodesconhecimento e a abraçar uma visão mais ampla e plena de prosperidade.


    Nascido em Madureira, no Rio de Janeiro, Jonathan Ferr cresceu rodeado pela riqueza cultural urbana que moldou a sua paixão pela música. Foi nesse ambiente que, ainda jovem, encontrou no piano a ferramenta para transformar o jazz, fundindo-o com hip-hop, R&B e música eletrónica, criando o conceito de urban jazz. Determinado a democratizar o género, destacou-se com álbuns como Cura e Liberdade, marcando a sua ousadia e inovação no panorama musical. Hoje, Jonathan é reconhecido não apenas pelo talento ao piano, mas também pelo impacto cultural que promove. Divide-se entre grandes palcos, como o Rock in Rio, e palestras sobre espiritualidade e inclusão, mantendo a essência das suas raízes em Madureira, enquanto inspira novas gerações a romper barreiras através da música.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Um problema de saúde forçou a saída da família Soares de Cabo Verde para Portugal, onde Mónica acabou por nascer. O parto aconteceu em casa, entre as sete colinas de uma Lisboa que, com o tempo, se tornou irreconhecível. Habituada a brincar nas ruas de Alfama e do Castelo, Mónica cresceu na única família negra que, naqueles tempos, habitava aquele que hoje é um dos epicentros turísticos da cidade.

    A experiência, vivida sob o signo do “bom exemplo” e da excelência, que não pode deixar todo uma comunidade ficar mal, é revisitada neste episódio, onde se confronta o peso das barreiras raciais. Contra todas elas, Mónica não pára de se desafiar e de nos desafiar. “O que é o meu legado?”, ou “Como vou escrever o meu nome na história?”, são algumas das questões que a acompanham. Seguimos com elas.

    ---

    Idealizadora do projecto “Black Inspiration Talks”, recém-inaugurado em Lisboa, Mónica Soares quer incentivar e capacitar “profissionais negros a alcançar posições de destaque e liderança máxima”, nas mais variadas áreas da sociedade, preparando-os para “alavancar outros quando chegarem lá em cima”.

    O propósito nasce a partir da sua própria experiência profissional, “minada” de obstáculos, que faz questão de derrubar, conforme atesta o seu currículo. Co-fundadora da Chumeco e da Soares & Daia, Lda, empresa que pesquisa, contrata e agencia marcas internacionais de luxo, Mónica apoia a implementação e internacionalização de marcas nacionais e estrangeiras, com foco na estratégia, no conceito e na comunicação.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • O que o cabelo afro nos diz sobre a construção da identidade negra? Como nos podemos aprisionar ou libertar através das nossas raízes capilares? Quanto do nosso amor-próprio e autoestima cabe num penteado? Neste episódio, Juninho Loes, especialista em cabelos crespos, cacheados e ondulados, partilha experiências de renascimento e crescimento, vividas a partir de processos de aceitação, transformação e celebração capilar. A começar pela sua própria jornada de transmutação, onde a música ocupou um lugar central. Retirado dos palcos, que lhe sobrecarregavam a agenda de concertos, Juninho recorda como o ritmo das noites se tornou incompatível com os cuidados capilares que, de dia, se comprometia a prestar à sua clientela. A necessidade de uma mudança, que trouxe uma nova consciência de vida – nomeadamente no relacionamento com as mulheres – impôs-se a partir de uma interpelação do filho, que continua a reverberar. --

    Proprietário do Salão Loes Saúde e Beleza, localizado na cidade brasileira de São Paulo, Juninho Loes faz do cuidado de cabelos crespos, cacheados e ondulados uma missão de vida. Formado pela Dudley Cosmetology University pelo Método Philip Hallawell, com especialização em Cosmetologia e Visagismo, o mentor e educador capilar criou o movimento “Nunca Foi Só Cabelo”, que promove o conhecimento e a valorização do afro, sem nunca perder de vista as raízes históricas e culturais. Esta é uma atuação já premiada pelo contributo para a igualdade racial, distinção que reconhece o impacto da discriminação capilar na vida das pessoas negras. Consciente da importância desta intervenção, Juninho não só criou o próprio método, denominado Loes, como faz questão de partilhar a sua experiência, através do projeto “Diversidades”, que oferece workshops e palestras.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • O bem-estar da família veio sempre em primeiro lugar. Por isso, quando a sua carreira de manequim estava bem encaminhada para seguir um rumo internacional, Ana Marta Faial priorizou a maternidade. “Tinha pessoas mais importantes; coisas mais importantes do que ir para fora”, conta neste episódio, em que revisita a infância e adolescência em Angola, e desconstrói padrões familiares de relacionamento.

    Sem tabus, a antiga modelo partilha a violência que sofreu na última relação, tão abusiva que chegou a temer pela vida. No início, porém, revela Ana Marta, múltiplos sinais contrários foram mascarando a realidade, e bloqueando a consciência das agressões psicológicas. Entre altos e baixos vividos ao lado de um narcisista, num dia-a-dia em que gestos de afecto contrastavam com ciclos de humilhação, a presença e apoio dos filhos revelou-se – e revela-se – fundamental. “Ninguém é forte o tempo todo”, sublinha nesta conversa, em que antecipa o lançamento de um livro, e percorre os tempos de manequim, quando ‘desfilava’ num mundo só de meninas brancas, com o rótulo’ de “Ana Preta”.

    --

    Nascida no Cubal, município da província angolana de Benguela, Ana Marta Faial viveu aí a infância e adolescência até se mudar, aos 18 anos, para Portugal. Na altura já casada e mãe, fixou-se em Trás-os-Montes, onde o frio agravou o impacto da mudança, mas não lhe congelou os movimentos. Pelo contrário, foi em território luso que a angolana “descongelou” o velho sonho de se tornar manequim, cumprido sem descurar as exigências da educação de dois filhos menores. Apesar da entrada tardia no mundo da moda, foi distinguida como “Manequim do Ano”, em 1986.

    Até hoje reconhecida pelos dotes de passerelle, a ex-modelo tem colocado a sua experiência ao serviço da formação de novas gerações. Hoje com 66 anos, além de formar manequins, e juntar a sua assinatura profissional às marcas Elite Model Look Angola, Cabo Verde e Moçambique, Ana Marta conjuga talentos de artista plástica com os de designer de moda.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • Perdeu o pai aos 12 anos, e, com 13, já estava a viver fora de casa, na cidade do Lubango. A emancipação precoce sugere um qualquer corte familiar, mas, na história de Don Kikas, essa leitura não poderia estar mais equivocada. Ancorado na família, o músico aponta como a mesma tem sido um apoio fundamental na sua trajetória. A ligação é de tal forma especial, que numa viagem de trabalho ao Brasil, o artista recuperou – como que por milagre – “peças” paternas perdidas na infância.A experiência, digna de encontros e reencontros de novela, é relatada pelo cantor com memórias de choro, que lhe recordam a sua dificuldade de se emocionar até às lágrimas. Tudo isso e muito mais deverá sobressair na sua autobiografia, projeto que, segundo conta, o obrigou a embarcar numa pesquisa dentro de si próprio. Hoje com 50 anos, o angolano é bastante elogiado pela jovialidade, que, diz, é conservada a partir da consciência de que o envelhecimento apanha quem já não se encanta como nada, e está sempre a desvalorizar as coisas. Longe disso, Kikas vive com a curiosidade de quem abre um coco pela primeira vez. Literalmente. --

    Com 30 anos de carreira em cinquenta de vida, Emílio Costa, mais conhecido por Don Kikas, encontrou na música caminho e, ao mesmo tempo, destino. Nascido em 1974 na cidade do Sumbe, em Angola, cedo revelou veia artística, especialmente estimulada no Brasil, onde passou parte da infância. A sua história foi musicalmente impulsionada a partir do álbum “Pura Sedução”, de 1997, conforme Kikas assinala numa mensagem de divulgação do concerto que, a 25 de outubro vai celebrar, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, as suas primeiras três décadas de espetáculos.“A música ‘Pura sedução [inserida no disco homónimo] tornou-se imediatamente um hit absoluto em todos os países dos PALOP, e suas diásporas espalhadas pelo mundo”, publicou o cantor no Facebook, lembrando que em Portugal o trabalho foi “disco de prata”. Já em Angola, Kikas nota que o tema “Esperança Moribunda” converteu-se num “hino na boca do povo”, tendo sido eleito “Música do Ano” pela Rádio Nacional de Angola. De sucesso em sucesso, as portas de vários mercados abriram-se – nomeadamente de Cabo Verde, Moçambique, EUA, Holanda, França, Macau, Luxemburgo e Suíça –, e, com elas, Don Kikas ganhou mundo.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.

  • “Sexo é vida”, defende Gino Esteves, sublinhando que “o prazer está no cerne da nossa saúde sexual”, e acrescentando: “Sexualidade é poder”. Por detrás de cada uma dessas afirmações, partilhadas neste episódio, encontramos vivências, observações e estudos, coincidentes no reconhecimento de que “há vários medos associados ao desenvolvimento da sexualidade feminina”. Que receios são esses? Vamos saber, e, ao mesmo tempo, refletir sobre como o sexo tem sido usado enquanto “manobra política para manipular as pessoas”.
    Entre interrogações e afirmações, Gino assinala que “só existe intimidade entre duas pessoas, quando há disponibilidade para partilhar os segredos mais profundos da alma”. Embarquemos numa permanente descoberta do outro.

    --

    Sexólogo e terapeuta familiar, Gino Esteves promove “um espaço de cuidado da saúde sexual e do bem-estar psico-emocional e relacional”, a que chama “Sexologia com Laços”. Com uma prática despida de julgamentos, culpas ou preconceitos, propõe-se respeitar “a privacidade e o carácter único e inigualável de cada Pessoa”. Membro fundador da associação “Sexualidades”, cuja intervenção se foca na educação sexual, saúde sexual e erotismo, Gino é formador nas áreas de comunicação não violenta, gestão de conflitos e empoderamento sexual. A sua especialização assenta ainda numa graduação em Psicoterapia Somática, e num mestrado em Sexologia, que tornam cada vez mais longínqua, a formação em Direito.

    See omnystudio.com/listener for privacy information.