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  • Nesta sexta-feira (26), pela primeira vez na história moderna a abertura de uma edição dos Jogos Olímpicos será fora de um estádio - o evento percorrerá 6 km por Paris, incluindo o rio Sena. A delegação brasileira, de 276 atletas, será liderada pelos porta-bandeiras Raquel Kochhann, do rugby, e Isaquias Queiroz, dono de quatro medalhas olímpicas e esperança de novas conquistas para o país, da canoagem. A expectativa é que, em Paris, o Brasil conquiste seu recorde de medalhas em uma só edição das Olimpíadas: a projeção do jornalista Guilherme Costa, produtor de esportes olímpicos da Globo, é de 22, sendo 5 delas de ouro. Neste episódio, ele é o entrevistado de Natuza Nery para apontar quais são as potenciais estrelas brasileiras na França e as reais chances de conquista para o país.

  • Candidato à reeleição para um terceiro mandato, Nicolás Maduro fez uma previsão alarmante caso seja derrotado nas urnas no próximo domingo. “Se não quiserem que a Venezuela caía em um banho de sangue”, disse, "garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”. A fala foi criticada até por um tradicional aliado de Maduro: o presidente Lula. Depois de o brasileiro ter declarado ter ficado “assustado”, o venezuelano rebateu sugerindo que quem se assusta precisa tomar “chá de camomila”. Para entender por que a eleição na Venezuela preocupa a comunidade internacional e quais as consequências da troca de farpas entre os dois, Natuza Nery conversa com Paula Ramón, jornalista venezuelana baseada nos EUA, e com Paulo Velasco, professor de Política Internacional da UERJ. Paula avalia como as declarações recentes de Maduro representam um momento “singular” do regime e a real preocupação de que os venezuelanos o derrotem nas urnas. Paulo explica por que, pela primeira vez em 25 anos, estamos diante de uma “possibilidade concreta e real” de ver o chavismo perder nas urnas, mas pondera: “A disputa política na Venezuela não vai se encerrar dia 28 de julho, independentemente de quem ganhe”.

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  • Foram quase 48 horas entre o momento em que Joe Biden anunciou a desistência de sua candidatura à Casa Branca – e o apoio a sua vice para ser a nova cabeça de chapa – e Kamala Harris realizar seu primeiro comício em busca da unidade do partido Democrata em torno de sua indicação. Na tarde da terça-feira (23), Kamala fez um comício em Wisconsin, um estado-chave nas eleições presidenciais dos EUA. Em sua fala, defendeu o legado de Biden, foi dura nas críticas a Donald Trump e anunciou que já tem o número mínimo de delegados do partido para garantir sua candidatura à Casa Branca. Neste episódio, Natuza Nery entrevista Ricardo Zúniga, diplomata dos EUA por 30 anos que trabalhou diretamente com Kamala. Ele descreve a personalidade da democrata e sua forma de trabalhar. Participa deste episódio também Flavia Oliveira, jornalista da GloboNews, do jornal O Globo e da rádio CBN, que escreveu o prefácio da biografia de Kamala em português. Flavia descreve a trajetória política da potencial candidata presidencial e analisa os primeiros discursos de Kamala, assim como a estratégia eleitoral que pode funcionar na disputa contra Trump.

  • Em novembro, chefes de Estado dos 19 países mais ricos do mundo, mais a União Europeia e a União Africana, vão se reunir no Rio de Janeiro. Pela primeira vez na presidência do G20, o Brasil colocou como prioridade combater a fome, a pobreza e a desigualdade, além de atuar contra a emergência climática. Como parte da preparação para o encontro de novembro, ministros do G20 e instituições se reúnem nesta semana no Rio de Janeiro para debater questões como finanças e fome em um cenário climático cada vez mais preocupante. Entre os presentes estará o economista Ilan Goldfajn, convidado de Natuza Nery neste episódio. Presidente do BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ilan explica que US$ 31 bilhões de dólares resolveriam o problema da extrema-pobreza na América Latina. O economista, que também já foi presidente do Banco Central, sinaliza as ações emergenciais de financiamento climático e conclui como preservação ambiental e desenvolvimento econômico devem andar juntos.

  • A pressão para que o presidente dos EUA desistisse de concorrer à reeleição cresceu dia após dia desde 27 de junho, depois do desempenho desastroso de Joe Biden contra Donald Trump em um debate. Imprensa, apoiadores de partido e eleitores passaram a defender que o democrata reconsiderasse seguir na disputa – e até a capacidade de Biden concluir o mandato passou a ser questionada. No meio da tarde deste domingo (21), após ver até aliados próximos minarem sua candidatura, Biden anunciou sua saída da corrida eleitoral e declarou apoio a Kamala Harris. A decisão do presidente foi elogiada por democratas, mas o partido está dividido em relação ao nome de sua vice-presidente. Enquanto o casal Bill e Hillary Clinton a apoia, o ex-presidente Barack Obama e a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, não se posicionaram sobre o nome dela. Para entender como a nova reviravolta muda a corrida presidencial de uma das maiores democracias do planeta, Natuza Nery conversa com Maurício Moura, professor da Universidade George Washington, nos EUA. Direto da capital dos EUA, Maurício narra as últimas horas de Biden antes da desistência e analisa as chances de Kamala unir o partido democrata em torno de seu nome. Ele avalia ainda os desafios da vice de Biden para vencer Trump – cuja imagem e candidatura foram fortalecidas depois de o republicano ser vítima de um atentado. E conclui como Biden depende do resultado das urnas em novembro para saber como será lembrado no futuro: “se os democratas ganharem, Biden sai enorme. Se perderem, ele será culpado”.

  • Eis que surge um novo personagem na história: Rubens Ricupero, que é chamado, sem entender o motivo, para ser o novo ministro da Fazenda e executar a implementação do plano Real com a saída de Fernando Henrique Cardoso do governo. Com as eleições se aproximando, a equipe se vê pressionada a acelerar o lançamento da nova moeda, e Ricupero vira o garoto-propaganda do Real. No caminho, uma tragédia abalou o Brasil, o presidente da República colocou o plano em dúvida na véspera do lançamento e quase deu tudo errado. E ainda um pequeno flash forward para contar o escândalo da parabólica, que derrubou o sacerdote do real. O Último Plano foi criado e produzido por Renata Ribeiro, Lucas Paulino e Renato Ghelfi. O roteiro é assinado por Valentina Castello Branco e Mariana Pinheiro; edição: Thiago Kaczuroski; coordenação e supervisão: Cláudia Croitor; pesquisa no acervo: Jeferson Ferreira e Fábio Luci; trilha sonora: Marion Lemonnier.

  • Na madrugada desta sexta-feira (19), o ex-presidente aceitou oficialmente a indicação dos delegados do partido Republicano para se candidatar a um novo mandato na Casa Branca. Menos de uma semana depois de escapar de um atentado a tiros durante um comício, Donaldo Trump subiu ao palco da convenção republicana com um visível curativo na orelha (atingida pelo disparo) e um discurso disposto a propor união entre todos os americanos. Mas não durou muito. Nos momentos de improviso, Trump voltou à carga com mentiras e ofensas em mais de 1 hora e meia de fala. Neste episódio especial, Natuza Nery fala com Carolina Cimenti, correspondente da Globo nos Estados Unidos, e Guga Chacra, comentarista da Globo e da GloboNews e colunista do jornal O Globo – que falam, direto da convenção, em Milwaukee, no estado de Wisconsin. Guga e Cimenti analisam o discurso final de Trump em uma conversa com Natuza gravada logo após o fim do encontro do partido. Juntos, eles avaliam a semana do ex-presidente, a escolha do candidato a vice J. D. Vance e a tentativa de Trump em moderar a imagem. E comentam também a crescente pressão dos líderes do partido Democrata para que Joe Biden abandone a disputa.

  • As pesquisas de opinião apontam que cresce, ano após ano, a sensação de insegurança da população, principalmente entre aqueles que moram em grandes cidades. O mais recente Datafolha sobre a maior preocupação dos paulistanos mostra a violência no topo da lista, com 22% das menções. E, em âmbito nacional, 42% dos brasileiros consideram ruim ou péssima a gestão federal da segurança pública. Sob a liderança do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o governo se movimenta para tentar virar o jogo: já está na Casa Civil o texto para uma PEC que aumenta a responsabilidade federal no setor — que hoje, constitucionalmente, é de responsabilidade estadual. Neste episódio, Natuza Nery entrevista Rafael Alcadipani, professor da FGV-SP e integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ele avalia o que há de errado no combate à criminalidade e sinaliza os eventuais efeitos da proposta em análise no governo.

  • Durante a campanha, o então candidato ao comando da Casa Rosada não poupou ofensas contra o chefe de Estado brasileiro. Quando Javier Milei tomou posse, Lula não foi. A tensão entre os dois líderes já estava instalada, mas cresceu na última semana, quando o argentino foi o único dos presidentes dos países que integram o Mercosul a faltar à cerimônia que oficializou a entrada da Bolívia no bloco. E mais: em vez disso, Milei escolheu ir a uma conferência de políticos conservadores realizada no Brasil, a convite da família Bolsonaro. A desfeita escalou para o nível diplomático, e o Itamaraty convocou o embaixador brasileiro em Buenos Aires – o que, na linguagem das relações internacionais, significa que a interlocução entre os dois países não vai nada bem. Para explicar o status atual da crise na relação entre os dois países mais ricos e influentes da América do Sul, Natuza Nery entrevista Marcos Azambuja, ex-embaixador do Brasil na Argentina e na França, ex-secretário geral do Itamaraty e atual conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). “Precisamos concentrar todos os esforços nos canais competentes e deixar de férias a diplomacia de nível presidencial”, resume Azambuja.

  • Com um PIB de US$ 27 trilhões em 2023 — cerca de 12 vezes maior que o brasileiro –, os EUA estão a quatro meses da eleição presidencial. E o nome que despontava como favorito ficou ainda mais forte depois de sobreviver a um atentado, no último sábado. Oficializado pelo partido Republicano como candidato na convenção desta segunda-feira (15) – que definiu também J.D. Vance como seu vice –, Donald Trump desperta reações ambíguas nos economistas e no mercado. O ex-presidente diz que vai intensificar a agenda protecionista que caracterizou seu mandato (2017-2021), e promete também reduzir impostos, mas não informa o que pretende fazer para corrigir o rumo da explosiva dívida americana. Neste episódio, Natuza Nery entrevista Sergio Vale, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP e economista-chefe da consultoria MB Associados, sobre os impactos do atentado para as expectativas do mercado e o preço do dólar. Participa também José Alexandre Scheinkman, professor de economia da Universidade de Columbia, que explica como as políticas fiscal e monetária americanas têm consequências globais – e quais são os rumos esperados caso Trump vença em novembro.

  • O tiro que atingiu o ex-presidente Donald Trump durante um comício na Pensilvânia, no sábado, inaugura um novo momento na disputa pela Casa Branca. O ataque na cidade de Butler não feriu gravemente o candidato republicano, mas terminou com o atirador e um apoiador de Trump mortos, além de outras duas pessoas feridas – e expôs a violência política de um país profundamente rachado. Para entender como o atentado contra Trump muda os rumos da corrida eleitoral, Natuza Nery conversa com Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais da FGV, pesquisador da Universidade de Harvard e da organização Carnegie Endowment. Falando diretamente de Cambridge, no Massachusetts, Oliver analisa como o ataque impulsiona a campanha de Trump, que participa da convenção do partido republicano a partir desta segunda-feira, e explica como a tentativa de assassinato pode mobilizar ainda mais os apoiadores do ex-presidente a comparecerem às urnas, em novembro. Oliver analisa também como o ataque pressiona ainda mais a campanha de Joe Biden, cuja candidatura vem sendo questionada depois do debate desastroso contra Trump e de uma sequência de gafes.

  • Um ministro da Fazenda que vai até no Programa Silvio Santos para explicar o plano econômico... Voltamos no tempo para entender quem é Fernando Henrique Cardoso e como ele acabou virando ministro com a missão botar fim na hiperinflação de uma vez. O episódio mostra as idas e vindas para conseguir formar uma equipe econômica de primeira, o desenvolvimento do plano, o enfrentamento no Congresso e os momentos de tensão na véspera do lançamento - com direito a soco na mesa e ameaça de demissão - que quase fizeram dar tudo errado. Com direito a uma reviravolta no final. - Produção, pesquisa e reportagem: Renata Ribeiro, Lucas Paulino, Renato Ghelfi - Roteiro: Valentina Castello Branco e Mariana Pinheiro - Edição: Thiago Kaczuroski - Coordenação: Cláudia Croitor - Pesquisa no acervo: Jeferson Ferreira e Fábio Luci - Trilha sonora original: Marion Lemonnier

  • Instalado na agência de inteligência para achar supostos “podres” contra desafetos do governo de Jair Bolsonaro, um grupo monitorou ilegalmente ministros do STF, um governador, servidores, jornalistas e até Arthur Lira, então aliado do ex-presidente. É o que aponta a investigação da PF que deu origem à operação que prendeu 5 pessoas nesta quinta-feira. O esquema teria ligação direta com o chamado “gabinete do ódio” do governo Bolsonaro. Para entender quem são os responsáveis pelo esquema e quem foi monitorado ilegalmente, Natuza Nery conversa com Fernando Exman, diretor de redação do jornal Valor Econômico em Brasília. Exman explica como a operação da PF detalha quem participava do esquema, a estrutura do grupo, seus alvos e motivações. Ele aponta também qual a relação dos alvos com outras investigações envolvendo o clã Bolsonaro e quais as consequências políticas para o ex-presidente.

  • Nesta quarta-feira (10), uma nova rodada de pesquisa Quaest revelou que Lula está mais bem avaliado: o trabalho do presidente é, agora, aprovado por 54% e reprovado por 43% dos entrevistados. Para entender o resultado dessa pesquisa, os fatores que elevaram a popularidade do petista e a influência dessa melhora nas eleições deste ano, Natuza Nery conversa com Felipe Nunes, cientista político e diretor da Quaest. Felipe analisa quais estratégias do governo refletiram no aumento da aprovação do presidente, a exemplo da série de críticas feitas por Lula ao presidente do Banco Central. Felipe Nunes explica ainda como a pesquisa “dá fôlego” a Lula para as eleições municipais – e pondera que o eleitorado é pouco sugestionado pelo apadrinhamento, seja de Lula, seja de Jair Bolsonaro: “O apoio deles não é suficiente para a vitória”. Felipe destaca também quais temas irão pautar as eleições municipais: economia, questões sociais e segurança pública. “É possível que, pela primeira vez, a questão da violência paute um debate municipal”, conclui.

  • As eleições municipais de 2024 vão ser as mais caras da história: um orçamento de R$ 4,9 bilhões para custear as campanhas de prefeitos, vices e vereadores. Pela regra, os partidos com maior bancada no Congresso terão mais dinheiro para desenhar suas estratégias eleitorais. Legendas de governo, oposição e centrão olham para o mapa do país para decidir onde investir em busca de mais eleitores e mais prefeituras nesta eleição - mas, principalmente, de olho no pleito de 2026, como explica Bruno Carazza, convidado de Natuza Nery neste episódio. Comentarista do Jornal da Globo e colunista do jornal Valor Econômico, Bruno analisa ainda se faz sentido os partidos terem tanto dinheiro para gastar agora como tiveram em 2022 e de que forma – com um quinhão do orçamento cada vez mais turbinado – o Congresso se fortalece diante do poder Executivo.

  • Na França, o grupo de Emmanuel Macron ficou em segundo lugar nas eleições Legislativas, depois de um resultado surpreendente que mergulhou o país em incertezas e deixou a extrema-direita em terceiro. No Reino Unido, os conservadores amargaram uma derrota acachapante, depois de 14 anos no poder. Na Índia, apesar de ter conseguido um novo mandato, Narendra Modi sentiu gosto de derrota ao ver seu partido conquistar menos votos do que o esperado e ter que fazer coalizões para conseguir governar. Até em países autoritários, como é o Irã, as urnas deram vitória a um reformista. Para entender a maré de resultados que mostram uma insatisfação com os atuais governos, Natuza Nery conversa com Marcelo Lins, apresentador e comentarista da GloboNews. Lins analisa os resultados recentes da França e do Reino Unido – onde partidos de oposição aos governos nacionais tiveram êxito nas últimas eleições. E aponta os motivos econômicos e políticos para as ondas de descontentamento popular.

  • Um país de dimensão continental, onde está 12% de toda água doce do mundo. Aqui, circulam rios pujantes como o Amazonas, o São Francisco, o Paraná. E estão guardados sob nosso solo alguns dos maiores aquíferos do planeta, como é o caso do Guarani e do Alter do Chão. Esse conjunto de corpos hídricos naturais está reduzindo em alta velocidade: de acordo com um levantamento da rede de pesquisa MapBiomas, entre 1985 e 2023, mais de 30% dessas águas secaram – uma área de superfície superior a 6 milhões de hectares. O Pantanal, que segue sob a ameaça do maior incêndio de sua história, é o bioma mais afetado, com redução de 61% no período. A Amazônia, maior floresta tropical da planeta, perdeu 27,5%, e o Cerrado, savana com maior biodiversidade do mundo e coração dos rios brasileiros, 53,4%. Desmatamento ilegal, setores predatórios do agronegócio e mudanças climáticas estão entre as causas principais, resume Marcos Rosa, doutor em geografia física pela USP e coordenador técnico do Mapbiomas, entrevistado de Natuza Nery neste episódio.

  • Um passado irreal: preços sendo alterados três vezes ao dia, a perda da referência do valor das coisas, 60% do país sem conta no banco, dinheiro evaporando mais rápido do que sorvete no asfalto quente. O primeiro episódio volta no tempo para mostrar as tentativas frustradas de conter a inflação, o gostinho ilusório do congelamento de preços, desabastecimento nas lojas, fiscais do presidente mandando prender gerente de supermercado. E aí um plano que roubou o dinheiro dos brasileiros, um impeachment e a chegada de um presidente amante dos fuscas que, quem diria, iria acabar com a inflação. - Produção, pesquisa e reportagem: Renata Ribeiro, Lucas Paulino, Renato Ghelfi - Roteiro: Valentina Castello Branco e Mariana Pinheiro - Edição: Thiago Kaczuroski - Coordenação: Cláudia Croitor - Pesquisa no acervo: Jeferson Ferreira e Fábio Luci - Trilha sonora original: Marion Lemonnier

  • O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado mais uma vez pela Polícia Federal nesta quinta-feira (4), desta vez no inquérito das joias. De valor milionário, elas foram recebidas em viagens à Arábia Saudita e ao Bahrein e deveriam ter sido incorporadas ao acervo da Presidência da República. No entanto, entraram no Brasil sem ser declaradas – parte delas, inclusive, foi negociada fora do país. Além de Bolsonaro, outras 11 pessoas também foram indiciadas pela PF. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Andrei Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal para entender como a cooperação internacional e a delação de Mauro Cid contribuíram na investigação do caso. Participa também deste episódio o jornalista Bernardo Mello Franco. Colunista do jornal O Globo e da Rádio CBN, Bernardo aponta como o caso das joias é “mais contundente” do que o da fraude do cartão de vacinação de Bolsonaro – outro inquérito no qual o ex-presidente já foi indiciado. Para Bernardo, agora o ex-presidente “fica com o carimbo na testa” de que desviou joias para uso privado. O jornalista analisa ainda as possíveis consequências jurídicas do indiciamento e avalia como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, para quem parte das joias seria um presente, “sai incólume” do caso. Bernardo conclui ainda sobre os efeitos político-eleitorais: “Bolsonaro sai de uma postura ofensiva para uma postura defensiva”, diz.

  • A participação desastrosa do presidente dos EUA no debate com Donald Trump, há uma semana, acendeu o sinal de alerta nos bastidores do Partido Democrata. Desde então crescem as dúvidas sobre a viabilidade da candidatura de Biden, de 81 anos – houve até manifestação pública de parlamentares democratas para que o partido substituísse o nome do atual presidente na corrida eleitoral. Nesta quarta-feira (3), a pressão cresceu: o jornal The New York Times publicou que o presidente admitiu conversas com aliados para avaliar se mantém ou não sua tentativa de reeleição. Biden, por sua vez, reafirmou que segue no jogo, e recebeu o apoio de governadores de seu partido. Neste episódio, Natuza Nery conversa com dois jornalistas que falam diretamente dos EUA. De dentro da Casa Branca, a correspondente da Globo em Washington, Raquel Krähenbühl, narra o clima tenso em torno da candidatura de Biden. De Nova York, Brian Winter, editor-chefe da revista Americas Quarterly, explica por que as dúvidas sobre as condições físicas e mentais de Biden deixaram de ser eleitorais e se tornaram também pauta de segurança nacional.