Avsnitt
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Neste episódio, estamos à conversa com Nuno Simões, diretor do ecoparque de Trajouce (Cascais).
Este Ecoparque é uma das infraestruturas da @tratolixo, empresa intermunicipal certificada responsável pelo serviço público de tratamento de resíduos urbanos produzidos pelos mais de 840.000 habitantes dos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra (9% da população nacional).
Esta conversa aconteceu precisamente no dia em que, primeira vez, entrei num centro de tratamento de resíduos e o adjetivo que encontro para descrever o que vi e o que senti é “impressionante”. Aliás, e como já aqui partilhei, visita a um centro de tratamento de resíduos deveria ser obrigatória no currículo escolar.
Nuno Simões explica-nos o caminho do nosso lixo e todas as fases dos diferentes processos de tratamento e o que acontece em cada uma das valências do recinto. Guia-nos pelos diferentes fluxos associados a cada um dos ecopontos e pelos fluxos complementares (pilhas, lâmpadas, eletrodomésticos, etc.), fala-nos da iniciativa de separação dos biorresíduos (saco verde).
A inovação e a investigação em parceria com universidades e indústrias têm um papel decisivo, para, por exemplo, superar os desafios que são colocados ao sistema ótico para captar e reconhecer os novos materiais, ou para desenvolver, como já está a acontecer, aquele saco verde para biorresíduos 100% compostável cuja cor é extraída de um pigmento de uma alga.
A Tratolixo incentiva a visita por parte dos cidadãos e entidades aos seus espaços, considerando a experiência extremamente transformadora. Reconstituir o caminho dos resíduos, assistir “in loco” à sua triagem e tratamento, ajuda a perceber de forma muito mais clara (e aguda) o impacto dos nossos gestos (de produção, de consumo, de descarte) e a estabelecer um vínculo mais profundo com o lixo que produzimos. Desperta-nos da dormência da crença de que “deitamos fora” e de que, saindo da vista, desaparece o problema.
Muito obrigada à Tratolixo e a todas as pessoas que todos os dias tratam do nosso lixo. É graças ao seu trabalho essencial que estes resíduos se transformam em recursos e são (re)valorizados.
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Neste episódio recebemos Sofia Moreira de Sousa, que é, desde o passado dia 1 de setembro, a nova chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal.
A Comissão mantém representações em todas as capitais dos Estados-Membros da UE e gabinetes regionais em Barcelona, Bona, Marselha, Milão, Munique e Wrocław. As representações "são os olhos, os ouvidos e a voz da Comissão em cada um dos Estados-Membros da UE". Interagem com as autoridades nacionais, as partes interessadas e os cidadãos, e informam os meios de comunicação social e o público acerca das políticas da UE. A presidente da Comissão Europeia nomeia os chefes de representação, que são os seus representantes políticos nos Estados-Membros para os quais são destacados.
Com mais de 20 anos de experiência em assuntos europeus, Sofia Moreira foi embaixadora da UE em Cabo Verde. Foi destacada junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal durante a Presidência rotativa portuguesa do Conselho da UE, em 2007, e tem um grande conhecimento do contexto político português. Desempenhou ainda funções enquanto embaixadora adjunta da UE na África do Sul, conselheira da secretária-geral adjunta do Serviço Europeu para a Ação Externa e conselheira política do representante especial da UE/embaixador da UE junto da União Africana, bem como do representante especial da União para o Sul do Cáucaso. Trabalhou igualmente no Secretariado-Geral do Conselho da UE, na Agência Espacial Europeia e na Academia de Direito Europeu, na Alemanha.
Nesta conversa falámos sobre as suas novas funções e sobre a importância de dialogar e ouvir as preocupações dos cidadãos sobre as decisões e a implementação das políticas e decisões comunitárias.
Um dos temas a que dedicámos mais atenção foi, como não poderia deixar de ser, o das alterações climáticas e transição ecológica, para percebermos no contexto europeu:
- investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência associados ao pilar da transição verde, em conjunto com outras áreas como a resiliência e a transição digital;
- instrumentos de promoção de um consumo responsável assente nos princípios da economia circular;
- diferentes iniciativas promotoras de uma cultura lixo zero; medidas para garantir a transição justa;
- o caso dos equipamentos eletrónicos e a importância da reparação no combate à obsolescência programada;
- redução das emissões e neutralidade carbónica ("Fit for 55", o conjunto de propostas legislativas para assegurar que a União Europeia cumpre a meta de redução de 55% das emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2030, face ao ano de 1990.);
- posição face às projeções preocupantes para a região mediterrânica (e para Portugal) identificadas no relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (agosto de 2021).
Numa nota muito especial para o nosso setor e para a nossa área de atuação, a chefe da Representação da Comissão sublinhou que "é necessário haver um caráter mais permissivo e repensar a venda a granel. (...) É necessário trabalhar num pacote legislativo e em incentivos para a venda a granel".
Muito obrigada pela honra de aceitar o nosso convite e muito sucesso e felicidades nesta missão.
Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.
A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.
Para ouvir no nosso site, na homepage ou no blogue (secção “podcast”) e nas plataformas habituais.
Esperamos que gostem!
Até já!
Muito obrigada à Representação da Comissão Europeia em Portugal por esta #parceria
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Saknas det avsnitt?
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Neste episódio estivemos à conversa com a investigadora e professora Paula Canha, que faz parte da Sociedade Portuguesa de Botânica e que tem desenvolvido vários estudos na zona do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) em colaboração com a Universidade de Évora.
Mas mais do que a investigadora, fascinou-nos a professora e a paixão com que fala da sua vocação.
Com formação em biologia, ramo de investigação, começou a dar aulas por acidente. Mas, quando confrontada com a possibilidade de sair da escola para se dedicar aos projetos de investigação, recusou e continuou apaixonadamente a ensinar.
É professora há 34 anos e foi distinguida com o Prémio Inovação do Ministério da Educação em 2007. Considera que o segredo para que uma escola seja uma segunda família para os alunos onde as aprendizagens sejam significativas está no professor. Para Paula, é decisivo ir ao encontro dos interesses dos alunos e, a partir desses interesses, investigar os assuntos, encontrar soluções para os problemas, trabalhando sob a forma de projeto num modelo colaborativo. Os alunos têm de se encantar pelas coisas, têm de se apaixonar. É preciso contar histórias, procurar informação, ler, analisar e tomar posição de forma profunda. Temos de ajudar a estudar diferentes pontos de vista. E depois é essencial agir, arregaçar as mangas, colocar as "mãos na massa". Da emoção ao conhecimento e passar à ação.
Como investigadora, chama a atenção para o problema da água a nível global e a nível local. Destaca a situação gravíssima do concelho de Odemira no que diz respeito às alterações climáticas e à escassez de água.
Terminamos a conversa a falar sobre o poder (e a importância) do exemplo - de sermos exemplo daquilo que queremos ver no mundo.
Têm mesmo de ouvir e de conhecer esta extraordinária professora que toca os alunos e muda para sempre a vida dos alunos e a sua forma de estar no mundo.
Muito obrigada, querida Paula, por ter aceitado o nosso convite e pela inspiração.
Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.
A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.
Para ouvir no nosso site, na homepage ou no blogue (secção “podcast”) e nas plataformas habituais.
Esperamos que gostem!
Até já!
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Neste episódio estivemos à conversa com Sofia Magalhães, autora do livro "Da Raiz à Rama", produtora de conteúdos na área da alimentação sustentável e ativista pela redução de desperdício.
Tive o privilégio de conhecer a Sofia em novembro de 2017. Na altura a viver em Luanda, era nossa querida freguesa sempre que regressava a Portugal e a Lisboa. A nossa amizade nasceu de uma iniciativa (a irmandade do granel) que reuniu no segundo aniversário da loja 12 mulheres que partilharam o seu testemunho e os pequenos gestos de mudança que introduziram no seu dia a dia, contagiando família e amigos e colegas de trabalho.
Acompanhei desde esse novembro de 2017 com profunda admiração o seu trajeto, que se fez, desde o primeiro momento, de um impressionante sentido de serviço aos outros. Seja através do seu blogue (“Blog da Spice”) e redes sociais, partilhando receitas saudáveis de base vegetal e sem recurso a alimentos processados ou açúcares refinados, muitas de matriz macrobiótica (curso que abraçou); seja através de serviços como a consultoria e criação de menus; seja através do food styling e fotografia, seja através dos inúmeros workshops que foi dinamizando, quer presenciais, quer online, dedicados àqueles mesmos temas; seja na criação de refeições para entrega ao domicílio; seja, inclusivamente, pelo seu próprio exemplo e estilo de vida, com uma abordagem holística que passa pela adoção de uma prática de exercício físico, saúde no prato e na mente, parentalidade consciente; o denominador comum foi sempre, sempre ajudar as outras pessoas a adotar um estilo de vida mais consciente e saudável, com menor impacto no planeta. Mais recentemente, a sua mudança para o campo veio igualmente traduzir a sua aspiração a uma existência mais simples, em contacto com a natureza e com o que é verdadeiramente essencial.
Nos seus livros e worskhops, ensina-nos, sempre de forma claríssima e muito prática, a repensar a planificação das compras e das refeições; a organização e correto acondicionamento dos alimentos, as receitas para aproveitamento integral dos alimentos (ramos, cascas, raízes, talos, água de cozedura...); técnicas de conservação e reaproveitamento, como transformar a forma como consumimos e confecionamos os alimentos para tirar partido de todo o seu potencial nutricional e, ao mesmo tempo, vestir a capa do herói anónimo que contribui para uma causa maior, de proporções globais.
O seu livro é exatamente sobre isso: face a um problema que é de todos e que afeta a sustentabilidade da nossa “Casa Comum”, a Sofia mostra-nos, sem abdicar do sabor – bem pelo contrário, com pequenos gestos, numa viagem que nos leva a memórias bem ancestrais e que resgata o saber das gerações antigas, como é possível salvar o mundo com escolhas individuais que começam na nossa cozinha e na forma como consumimos e nos alimentamos, construindo e garantindo um futuro habitável e de abundância para todos.
Foi sobre tudo isto que falámos, e que bela viagem fizemos. Oiçam, aposto que nunca acertariam no que a Sofia fazia antes desta revolução e mudança de vida.
Muito obrigada, querida Sofia, por teres aceitado o nosso convite e pela inspiração.
Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.
A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.
Para ouvir no nosso site, na homepage ou no blogue (secção “podcast”) e nas plataformas habituais.
Esperamos que gostem!
Até já!
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Neste episódio, estivemos à conversa com o Nuno Brito Jorge, fundador da Go Parity, uma plataforma de investimento ético em projetos sustentáveis.
Depois de cinco anos a viver fora de Portugal, o regresso colocou a Nuno um dilema: "em que banco abrir conta para receber o salário", para garantir que o dinheiro era investido de forma ética?
Tudo começaria com um investimento em energia solar. Nuno e quatro amigos conseguiram o financiamento para esse projeto junto de amigos e família, devolvendo depois o montante investido com juros. Essa experiência inspiraria e transformar-se-ia num modelo de negócio.
A constatação de que poderia ajudar as pessoas no que toca ao destino dado às suas poupanças e ao acesso a investimento com rentabilidades interessantes que também fazem bem ao planeta e à sociedade, assim como a perceção de que há tantos bons projetos na área da sustentabilidade que não chegam a ver a luz do dia por falta de financiamento adequado estão na origem da criação da Go Parity, em 2017.
Quando gravámos, a plataforma contava já com mais de 12.000 utilizadores, mais de 100 campanhas concluídas e 6,5 milhões de euros investidos, em 11 países diferentes, espalhados pela Europa, América do Sul e África. Os projetos sustentáveis apoiados têm sempre em comum (é um dos critérios) contribuir para atingir pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Pertencem a 5 categorias: Energia Sustentável, Economia Azul (mar e água), Uso responsável da Terra, Inovação social e Negócios em Transição.
O objetivo é que qualquer pessoa ou empresa se possam tornar investidores de impacto. O processo é totalmente online e passa por aceder à plataforma em www.goparity.com, escolher o(s) projeto(s) que se pretende financiar, criar uma conta (à qual é atribuído um IBAN) e investir transferindo o montante escolhido (entre 5€ e 25.000 €, por projeto). Basta ter mais de 18 anos ou, no caso de uma empresa, estar legalmente constituída.
O futuro, garante Nuno, trará a criação automática de um portefólio de investimento, de acordo com o perfil do utilizador; planos de poupança e novas formas de investimento para além do empréstimo.
Conheçam toda a história e o propósito da Go Parity, que nasceu para empoderar as pessoas, colocando-as no centro, e apostando no impacto positivo de projetos que, de outra forma, talvez não vissem a luz do dia...
Muito obrigada, querido Nuno, por ter aceitado o convite e por inaugurar, através da Go Parity, um novo paradigma de banca (ética) em Portugal.
Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.
A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.
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Esperamos que gostem!
Até já!
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Neste episódio estivemos à conversa com a ambientalista imperfeita Joana Guerra Tadeu, uma das vozes mais ativas e relevantes da comunidade eco. Aliás, ela é o melhor exemplo da expressão que cunhou - "impactinfluencer": descreve-se como ecofeminista e ativista pela justiça social e climática, cria conteúdos na área da ecologia e do impacto social e trabalha como mentora e consultora de estratégia e comunicação para projetos com objetivos de impacto social e ambiental positivos desde 2015. É autora e apresentadora dos podcasts "Ambientalista Imperfeita" (Ant3na), um programa para quem quer fazer melhor pelo ambiente e pelas pessoas, e " #puericooltura", dedicado a mães millennial, onde cria espaço para discutir a maternidade sem filtros, ouvir histórias cruas e honestas e partilhar informação que simplifique a logística da maternidade, sempre com ligação a valores como o minimalismo, a ecologia e a igualdade de género.
Foi sobre esse percurso que falámos, desde um contexto familiar que lhe despertou a consciência ecológica, o imperativo de lutar pela liberdade e pelos valores em que acredita, até à desilusão com o mundo corporativo e a vontade de trabalhar com projetos alinhados com a regeneração do planeta (e aqui falámos d' "A Montra", projeto pioneiro de 2015). E porque é impossível falar de regeneração e sustentabilidade sem falar de justiça climática, a Joana explica-nos o conceito de interseccionalidade e a urgência de uma mudança sistémica.
E se as suas palavras são poderosas e impactantes, no seu caso, as ações também o são, como prova a iniciativa solidária e de ativismo "Todas merecemos" (em conjunto com as atrizes Isabel Abreu e Joana Seixas), que visa alertar e contribuir para a eliminação da pobreza menstrual e garantir o acesso de pessoas em situações de vulnerabilidade a produtos de higiene saudáveis, duradouros e mais ecológicos.
Obrigada, querida Joana, por teres aceitado o nosso convite e por nos inspirares todos os dias com o teu exemplo revolucionário.
Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.
A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.
Para ouvir no nosso site, na homepage ou no blogue (secção “podcast”) e nas plataformas habituais.
Esperamos que gostem!
Até já!
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Neste episódio tivemos a honra de receber no nosso podcast a professora Iva Pires, especialista nacional de referência na área do desperdício alimentar. Doutorada em Geografia Humana pela Universidade de Lisboa, é professora associada da Universidade Nova de Lisboa, docente do Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e investigadora integrada do Centro Interdisciplinar de Ciências Socias (CICS.NOVA). Coordena o mestrado e o doutoramento em Ecologia Humana e integrou a equipa do projeto PERDA (Projeto de estudo e reflexão sobre o desperdício alimentar) em Portugal, tendo recebido o Prémio Ideias Verdes 2011.
Este é um problema complexo e com múltiplas e profundas ramificações: "No mundo ocidental comemos muito, comemos mal, e desperdiçamos muita comida. Nada de muito surpreendente: este é apenas mais um fenómeno próprio de uma sociedade que, sendo de consumo, é também de desperdício. No entanto, o desperdício alimentar tem merecido uma atenção especial nos últimos tempos. É que, além do gasto inútil de recursos ambientais e económicos associado a qualquer forma de desperdício, no caso do desperdício alimentar somos ainda interpelados de um ponto de vista moral: o facto de milhões de toneladas de alimentos serem lançadas ao lixo anualmente, num mundo onde um sexto da população mundial passa fome, di cilmente nos pode deixar indiferentes."
Ao longo da nossa conversa, falámos sobre as causas na origem do desperdício, nas diferentes fases da cadeia de aprovisionamento alimentar, e, de forma mais particular, ao nível doméstico. "Estratégias para reduzir ou evitar o desperdício alimentar requerem bem mais que campanhas de sensibilização. Entre os seus ingredientes deverão constar o envolvimento das partes, reformas ao nível da legislação de mercado e consumo, e um estudo cuidado, de natureza multidisciplinar, sobre o que induz o desperdício alimentar nas famílias."
A professora Iva Pires deixou ainda várias sugestões de redução, pequenos gestos com impacto e que nos lembram que TODOS somos heróis nesta batalha que começa em nossas casas, nas nossas cozinhas, na forma como nos alimentamos. Somos parte do problema, mas também também podemos (e devemos!) ser parte da solução.
Muito obrigada, professora Iva Pires, por nos ajudar nesta reflexão e por ter aceitado o nosso convite, para nós um privilégio indescritível.
Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.
A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.
Para ouvir no nosso site, na homepage ou no blogue (secção “podcast”) e nas plataformas habituais.
Esperamos que gostem!
Até já!
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Neste episódio estivemos à conversa com Cátia Curica, co-fundadora da Organii Bio, a primeira empresa portuguesa dedicada à cosmética biológica, criada em 2009 com a sua irmã Rita, e a Unii Organic, uma marca de cosmética biológica zero waste.
Temos acompanhado o seu trabalho notável e o da sua equipa, desde a abertura das várias lojas em diferentes pontos da capital (incluindo SPA) e no Porto, à iniciativa do Organii Ecomarket, um dos eventos mais marcantes de sustentabilidade no país. A Cátia é umapioneira e tem contribuído de forma muito ativa para educar e mudar a perspetiva dos consumidores em relação ao biológico, informando e sobretudo criando novos produtos de elevada qualidade.
Nesta conversa, a Cátia conduz-nos pelo vastíssimo mundo da cosmética bio, uma área de interesse que nasceu de uma necessidade própria, já que tanto ela como a irmã faziam alergias de pele desde bebés e estavam sempre a mudar e a procurar cosméticos a que fossem mais tolerantes. E foi quando encontraram cosméticos biológicos noutros países e verificaram que não faziam alergia a nenhum, que surgiu toda a ideia do projeto.O que distingue a sua proposta de valor da cosmética “convencional”? Como escolher os produtos mais adaptados à nossa pele e às nossas necessidades? O que ter em conta na seleção de um protetor solar? É sobre tudo isto que falamos com esta mulher, mãe, empreendedora, atleta, apaixonada pela vida, pela família, pelo desporto, pela boa comida.Obrigada, querida Cátia, por teres aceitado o nosso convite e por nos inspirares todos os dias.
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Até já!
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Neste episódio estivemos à conversa com Andreas Noe, @thetrashtraveller , um ambientalista e ativista alemão que se apaixonou pelo nosso país e que dedica a sua vida e o seu trabalho à sensibilização para o problema da poluição marinha provocada pelo plástico.
Biólogo molecular, trabalhou muito tempo nesta área, em laboratório, primeiro, depois como consultor, mas não se sentia realizado e procurava aproveitar cada instante de tempo livre para ir para o exterior, para a praia e fazer surf, em contacto com a natureza. Confrontado com a crise global de resíduos e com o impacto nefasto dos plásticos nos ecossistemas marinhos, despediu-se e decidiu começar a recolher todo o lixo que conseguisse e deu início ao seu projeto "The trash traveller".
Pelo caminho, abraçou um estilo de vida minimalista, vivendo numa carrinha, sem eletricidade e sem água canalizada, percebendo que precisava de muito pouco para ser realmente feliz. Foi fazendo pontes com associações, grupos, ONG e, juntos, têm chegado a cada vez mais pessoas, graças a uma abordagem que é feita de humor, arte, esperança e otimismo. Com o seu Ukulele e as suas músicas, Andreas percorreu toda a costa de Portugal continental, ao longo de 58 dias, foram 1152 km, 832 km mais 320 km adicionais, recolhendo mais de duas toneladas de lixo das praias por onde passou, despertando consciências e inspirando a AÇÃO. Para Andreas, o problema do lixo na costa reflete um problema muito mais profundo: o do nosso comportamento enquanto espécie humana, o nosso sistema de consumo.
Desta viagem e do trabalho de Andreas nasceu um documentário, que acabou de estrear - "The Plastic Hike" - e que não podem perder.
Nesta conversa, em inglês (e com resumos intercalados das suas falas em português), deixa-nos ainda várias sugestões para mitigar a poluição por plástico dos oceanos, fala também da importância das lojas a granel (sonha com um mundo onde os alimentos chegam até nós nas suas embalagens originais e naturais e com uma pesca sem redes sintéticas).
No final, brindou-nos com esta música em português: um abanão à nossa indiferença, porque o mar começa nas nossas ações diárias.
Obrigada, querido Andreas! És uma inspiração para nós. Portugal (e o mundo) ganharam um a(r)tivista de coração maior e um revolucionário cuja principal arma é o otimismo pela ação e pelo exemplo.
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Até já!
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Neste episódio estivemos à conversa com André Maciel, criador do projeto @hortas_lx e que em 25 minutos nos deu um autêntico workshop prático sobre como criar uma horta bio em nossas casas (num T0 sem varanda ou numa casa com terreno). E, acreditem, não há melhor professor e mestre. Desde cedo se interessou pela natureza e pela ecologia. Formou-se em Design de Equipamento, na vertente sustentável. Fez voluntariado na @quinta7nomes, onde tomou contacto com a permacultura, agricultura biodinâmica e construção natural.
Em 2013 reabilitou uma casa de família para criar o projecto Purisimpl, cujo nome homenageia a sua Mãe, Purificação, vítima de doença oncológica, e a simplicidade da vida no campo, com o objectivo de viver da terra e para a preservação da mesma.
Em 2015 formou-se na ESAC EM Coimbra no curso de agricultura biológica. Trabalhou na Quinta do Poial na produção de alimentos e mini-legumes para fornecer os restaurantes do chef José Avilez. Estagiou na ecoaldeia de Janas em Sintra, com as mesmas funções. Em 2018 trabalhou no resort Pinneclifs com a missão de organizar as hortas biológicas do espaço e a produção local para os restaurantes do espaço.
Em 2020, cria o projecto @hortas_lx, uma extensão do atelier Purisimpl, onde ensina e incentiva os seus seguidores a criarem hortas biológicas em sua casa, apelando a um modo de vida mais sustentável. Integra ainda a equipa da @noocity_urban_ecology, com funções de coordenador e gestor das hortas empresariais na área de Lisboa.
Ouvir o André a falar com paixão sobre hortas e sobre cultivarmos o nosso próprio alimento é muito especial. O André é ele próprio uma revolução - aquela que grita mais fundo dentro de nós: é impossível não ficar contagiado pela sua alegria, por aquela paixão.
Obrigada, querido André!
Tirem 25 minutos do vosso tempo para o ouvir, não nos responsabilizamos pelas consequências a longo prazo, mas vão ser verdes e abundantes, acreditem. Partilhem, enviem aos amigos, comentem, os nossos convidados merecem esse amor todo.
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Até já!
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Neste episódio estivemos à conversa com Marisa Fernandes, fundadora das marcas Fluffy, Organic & Eco e Flow. A caminhada ecológica da Marisa começou em 2012, quando, ainda grávida, começou a pesquisar alternativas para as fraldas do seu bebé e decidiu criar uma solução reutilizável feita em Portugal com materiais mais sustentáveis. Esta história, nascida de uma necessidade pessoal ilustra bem um dos traços que mais admiro na Marisa como empreendedora: a sua determinação, que se mistura com criatividade e inovação. Aconteceria o mesmo mais tarde em relação às cuecas menstruais: a vontade de confecionar um produto de qualidade e diferenciador em solo nacional leva-a a criar a segunda marca. Em ambas, a mesma preocupação, a mesma missão: a redução de desperdício através da reutilização, a eleição de matérias-primas de menor impacto e a valorização de toda a cadeia. Primeiro sozinha, com a ajuda da família, depois, com a colaboração de ateliês de costureiras, a Marisa foi criando e crescendo. Conta na primeira pessoa as dificuldades de quem tenta conciliar várias facetas, várias paixões, e fazer bem feito: a ginástica do tempo e dos afetos, a presença afetiva e efetiva, a luta entre perfecionismo e imperfeição. Foi sobre tudo isto que falámos com a Marisa-mãe-mulher-empresária e aprendemos tanto nesta conversa!
Muito obrigada, querida Marisa, por aceitares o nosso convite e por partilhares connosco a tua história inspiradora.
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Até já!
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A Anna Masiello é uma das vozes mais ativas e inspiradoras da comunidade "zero waste" nacional e internacional.
De origem italiana, apaixonou-se por Lisboa quando veio para Portugal, em 2017, estudar e fazer um Mestrado em Ambiente e Sustentabilidade. O seu trabalho centra-se na justiça climática, sustentabilidade e redução de desperdício. Fundou a R-Coat, uma start-up que transforma guarda-chuvas estragados em casacos e acessórios cheios de estilo (site e loja acabadinhos de lançar, passem por lá!), numa lógica circular e de upcycling.
A Anna é também o rosto e a alma da conta @hero_to_0, uma plataforma de conteúdo dedicada à sensibilização para o problema do desperdício. Seja através das ilustrações cheias de humor e de dicas, seja através do seu testemunho, seja através da sua ação ("dumpster diving", resgatando alimentos em bom estado que seriam inevitavelmente descartados), a Anna mostra-nos caminhos, soluções, sonhos e gestos de mudança.
Temos ainda a sorte e o privilégio de a termos connosco na equipa de formadores do Programa Z(h)ero, o nosso programa educativo ambiental.
Foi sobre todos esses temas que estivemos à conversa. Saibam mais sobre o seu percurso e como está a transformar o mundo neste episódio. Obrigada, querida Anna, pela tua inspiração. You rock!
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Até já!
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A primeira vez que tive contacto com o copo menstrual foi numa viagem e na altura (há uns seis, sete anos) decidi adquiri-lo certa de que seria uma grande ajuda, no meu caso, para os meus fluxos abundantes. Não o comprei porque estivesse jádesperta para o seu impacto ambiental, em termos de redução de desperdício, nem tinha sequer iniciado a minha transição ecológica. A verdade é que as primeiras utilizações não correram nada bem, eu ficava sempre muito ansiosa no momento de retirada e, como dependia exclusivamente das instruções da embalagem, a sensação com que fiquei foi a de que aquele objeto e eu nunca nos daríamos bem. Até que a Elizabete veio à loja de Alvalade, às nossas Quintas da Maria, em 2017, e falou na primeira pessoa sobre o copo e sobre como o utilizar, sem tabus e de forma muito prática. A partir desse dia, depois de perceber, graças à sua ajuda, o que não estava a fazer corretamente (a retirada e desativar o vácuo), voltei a usar e rendi-me.
Tivemos o prazer de estar à conversa com a Elizabete Gomes, representante da OrganiCup em Portugal, marca que tornou também possível, graças ao seu apoio e patrocínio, a realização deste episódio do nosso podcast, dedicado à menstruação e à redução de desperdício. Depois de pedirmos a vossa ajuda via stories, recolhemos as dúvidas e dificuldades e conduzimos esta entrevista. Falámos da extraordinária história deste objeto revolucionário (inventado em 1937 por Leona Chalmers), do seu papel na emancipação feminina, viajámos depois até à Dinamarca e ficámos a saber mais sobre o percurso da marca e do seu jovem criador. Dois dos momentos mais marcantes aconteceram, por um lado, quando abordámos o tema da relação com o nosso corpo e com a menstruação, por outro, o tema da sustentabilidade menstrual enquanto privilégio e o que a marca está a fazer para contribuir para que cada vez mais pessoas tenham acesso a alternativas menstruais reutilizáveis. Podem ainda encontrar um tutorial de utilização passo a passo e vários conselhos para garantir a melhor experiência e a longevidade e manutenção do copo. No final, há novidades fresquinhas e boas para o futuro. Mas isso é surpresa e está reservado só para quem ouvir.
Foi muito importante para nós contar com o testemunho da Elizabete, enquanto especialista neste tema, e com esta marca com a qual trabalhamos há 4 anos numa relação muito próxima. Além disso, desta forma, conseguimos também assegurar e potenciar a produção destes conteúdos, chegando a mais pessoas através deste formato (podcast). Obrigada, querida Elizabete!
A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.
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Esperamos que gostem!
Até já!Este episódio teve o apoio da OrganiCup
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Neste episódio estivemos à conversa com Luísa Ferreira, a alma e o rosto da Quinta do Arneiro, que nos conta a história deste projeto de vida que a fez regressar à terra e lutar por fazer chegar a cada vez mais pessoas alimentos biológicos de qualidade, produzidos numa lógica que respeita e regenera o solo:
"Em 2007, depois de uma daquelas voltas que a vida dá, deixei uma livraria que tinha há 14 anos para me vir dedicar a 100% à agricultura. Já há muito tempo que pensava que se fosse eu a gerir a quinta “ as coisas “ teriam que mudar. Primeiro era essencial ir convertendo a Quinta aos poucos e poucos, transformando-a numa Quinta em modo de produção biológico. O respeito pela natureza quando dependemos em exclusivo da sua generosidade é um dado óbvio. É impossível termos alguém como parceiro por muito tempo, se não o tratarmos com respeito. E que parceria pode ser mais intensa do que a do agricultor com a natureza? Segundo, era ponto assente que tínhamos que chegar aos consumidores dos nossos produtos sem intermediários. Nesta atividade o agricultor é, cada vez mais, o elo mais fraco porque a distância entre quem consome e quem produz é dia a dia maior. De onde vem esta alface, como foi produzida, como é que chegou a mim? São perguntas que ninguém faz. O nosso principal objetivo: que os nossos clientes passem a saber de onde veio aquela alface e se possível quanto tempo demorou a crescer, qual a época da maçã, das couves ou do tomate."
A Quinta do Arneiro é, sem dúvida, um projeto ultrapassa largamente as fronteiras físicas dos seus 18 ha, que incluem a Casa, a Mercearia, a Academia, os armazéns... É verdadeiramente uma missão que acolhe (amigos, parceiros, clientes, fornecedores, empresas, escolas,...) e que chega a cada vez mais pessoas para lhes transformar a vida. A inscrição “biológico com amor” é aqui muito mais do que um slogan. Este amor está de facto em todos os detalhes e conta uma história de afetos e de ligação à terra. Uma casa que é um longo abraço a quem a visita. Um respeito enorme por quem trabalha a terra e dela depende. A paciência de quem sabe aguardar o compasso das estações e aguentar os caprichos do tempo. A sabedoria de quem vê nas adversidades da natureza e da vida oportunidades e formas criativas de renovação.
A nossa admiração pela Quinta do Arneiro vem de longe. É para nós um dos exemplos mais inspiradores do que de melhor se faz (em Portugal e no mundo) na área do biológico. Obrigada, querida Luísa, por teres aceitado o nosso convite.
A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.
Para ouvir no nosso site, na homepage ou no blogue (secção “podcast”) e nas plataformas habituais.
Esperamos que gostem!
Até já!
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O que vestimos está a despir o planeta?
Neste episódio estivemos à conversa com Salomé Areias, fundadora da Fashion Revolution Portugal.
A Salomé é uma ativista apaixonada por comportamento de consumo. Estudou Design e Sociologia de Moda entre Lisboa e Buenos Aires e cedo percebeu que eram falsas tendências de Moda que alimentavam a obsolescência quase imediata. A sua vontade de que a moda tivesse tendências mais lentas levou-a à Science of the Time, Trendwolves e PSFK. Foi professora, coordenadora de curso, e gestora de produto, vivendo entre Ghent, Zhuhai e Luanda. Tem falado sobre Sustentabilidade desde que fundou o Fashion Revolution em Portugal, em 2014. Conduz hoje uma investigação de doutoramento sobre Consumer Awareness no CENSE, que lhe valeu uma bolsa da FCT.
Pode a moda ser sustentável? O que vestimos está a despir o planeta? Que poder tem o consumidor para transformar a indústria têxtil? E as marcas, o que estão a fazer? Como detetar e combater o "greenwhashing"? A Salomé guia-nos pela complexidade deste assunto e conta-nos a história de um movimento que, na sequência de um dos maiores desastres - o trágico colapso do Rana Plaza,em Dhaka -, expôs as fragilidades da "fast fashion", deu voz aos consumidores e uniu todas as partes da cadeia de abastecimento em torno de uma exigência: transparência na indústria têxtil.
Obrigada, querida Salomé, por teres aceitado o nosso convite e pela inspiração que és. O teu exemplo de ativismo é uma referência pelo compromisso ético, independência e lucidez inteligente. Começaste uma revolução e nós vamos contigo.
A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.
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Neste episódio estivemos à conversa com Rodrigo Sabatini, presidente do Instituto Lixo Zero Brasil e diretor da Zero Waste International Alliance, mentor do Congresso Internacional Cidades Lixo Zero e do movimento Zero Waste Youth. Devo-lhe a experiência mais poderosa de comunidade lixo zero que tive, em 2017, no Brasil. E foi sobre isso (e muito mais) que falámos: o poder da comunidade para mudar o mundo, para provocar, incentivar e acelerar a mudança: o exemplo impressionante e inspirador de uma escola (Aldo Câmara da Silva) e de um município (Brumadinho). É uma das pessoas no mundo que mais faz por esta causa, aproximando os ativistas e as instituições, a sociedade civil e a polis, dando a todos um palco, mas também a responsabilidade de levar a mensagem, de a espalhar e de a colocar em tudo o que façam. O Rodrigo é um homem de ação e defende que o legado que deixamos às gerações futuras tem de ser de abundância, não de sobrevivência. É uma enorme honra recebê-lo como o primeiro convidado internacional neste podcast. E não poderia ser outra pessoa, tinha de ser o “pai do lixo zero”. Muito obrigada querido Rodrigo!
A voz ao comando, como sempre, é da Paula Cordeiro, numa produção Streaming Ideas.
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O poder da fragilidade
Tendo passado por uma cirurgia que a obrigou a ficar resguardada durante algumas semanas, a Rita Tapadinhas, nossa convidada neste novo episódio do podcast, viu na paragem forçada uma oportunidade de crescimento e criou o seu projeto "Plant a choice", uma plataforma de sensibilização para a sustentabilidade. Para nós, é uma das vozes mais ativas e interessantes da nova geração de influenciadores e criadores de conteúdo nesta área.
Upcycling e trabalhos manuais, as receitas de base vegetal, roupa feita à mão, horta bio em casa, compostagem doméstica,são alguns dos temas que encontramos no canal, no podcast e na conta da Rita.
Licenciada em Gestão pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova SBE), tendo um Mestrado Internacional em Gestão (com especialização em Marketing) na mesma faculdade, quando começou a trabalhar, o seu tempo disponível para projetos extracurriculares diminuiu e acabou por se dedicar apenas a ideias mais pequenas e pessoais. Ao mesmo tempo, ia-se estando cada vez mais alerta para problemas ambientais e foi a sua antiga marca de roupa que lhe ensinou as capacidades de costura necessárias para começar a fazer os seus saquinhos de tecido para levar às compras ou os guardanapos de pano.
A vontade de partilhar ideias e encontrar mais pessoas com a mesma forma de estar foi crescendo, porém, já não sendo estudante e tendo agora um trabalho a tempo inteiro, não se sentia capaz de começar um novo projeto. Mas, porque a vida dá muitas voltas e "há males que vêm por bem", foi uma hérnia discal que lhe deu o último empurrão para começar o "Plant a Choice". A recuperação da operação deu-lhe tempo para parar, refletir, investigar e perceber que estava na altura de começar um projeto na área da sustentabilidade, que lhe permitisse partilhar as suas ideias pequenos gestos de mudança.
Foi sobre o seu percurso, as suas pequenas vitórias e os desafios que falámos nesta conversa. A Rita criou um espaço ("Plant a Choice") para contribuir para tornar o mundo num local melhor e, definitivamente, a forma como fala e como produz conteúdos interessantes e criativos inspira e contagia os outros, sem julgamento, e de forma positiva.
Obrigada, querida Rita. A vida sabe o que faz. Obrigada por esta semente que germinou e nos mostra tantos caminhos.
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Pode a moda ser sustentável? (Parte 2)
Filha mais velha de uma costureira, Helena Antónia cresceu a usar roupa transformada, o que influenciou totalmente a forma como encara a roupa e a sua relação com as pessoas que a fazem. É esse olhar profundamente criativo, valorativo e transformador que está também presente no seu projeto Vintage for a Cause. É uma plataforma colaborativa que assenta nos princípios do reaproveitamento de desperdício têxtil e da inclusão. Desde 2012, numa lógica de economia circular, a sua base assenta na criação de produto – roupa de mulher de estilo urbano e intemporal -, feito com desperdício têxtil e stock morto de outras marcas; com modelo de design colaborativo e circular, ou seja, tendo assinatura de vários designers, tendo em mente o máximo de incorporação de desperdício nas peças. Por outro lado, estas vendas revertem na íntegra para ocupar mulheres desempregadas acima dos 50 anos fora da vida ativa, através de workshops de reaproveitamento de roupa usada e materiais inutilizados, com o propósito de exibirem num desfile e sessão fotográfica as suas criações, passando, numa segunda fase, a serem facilitadoras de workshops para outras senhoras da mesma idade.
O objetivo é essencialmente melhorar a auto-estima, a saúde mental e o bem-estar e criar uma rede de suporte para este público maioritariamente em risco de isolamento e exclusão por perda de papéis na sociedade, sobretudo, por desemprego, divórcio, viuvez. Nestes grupos são ainda sinalizadas costureiras com perfil de empregabilidade, a quem se entrega a produção das peças, num regime mais adequado ao seu ritmo, objetivos e pago de forma justa. A VFAC integra ainda uma vertente educacional e de sensibilização concretizada via comunicação e realização de workshops de upcycling e eventos como a organização da Fashion Revolution no Porto, em parceria com a Fashion Revolution Portugal. Os resultados da monitorização do seu impacto impressionam e são uma inspiração: desde o início, em 2013, a Vintage For a Cause já contribuiu para uma poupança de cerca de 1000 kg de desperdício têxtil, 3 milhões litros de água e 7 mil kg de dióxido de carbono.
Muito obrigada, querida Antónia, pelo teu exemplo extraordinário. Só queremos que o teu projeto chegue a cada vez mais pessoas e que seja uma inspiração para quem quer olhar para a moda de forma circular e contribuir para a redução da pegada carbónica da indústria têxtil. Porque, como mostras bem, é possível a moda ser sustentável. A Vintage é a melhor prova disso.
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Poderá a moda ser sustentável?
Neste episódio estivemos à conversa com a Ana Costa, a fundadora da Baseville, uma marca de roupa com propósito, pautada pela inovação, pelo respeito, igualdade e retribuição em toda a cadeia de valor.
Desde criança, uma “alma verde”, fascinada pela Natureza e pela possibilidade única que o nosso Planeta Terra nos dá de (apenas) vivermos. Também desde tenra idade que se preocupa por sentir que não retribuímos o suficiente: nem à nossa casa global, nem ao nosso semelhante. É uma defensora acérrima da sustentabilidade desde essa altura (embora só muito mais tarde tenha descoberto o termo adequado).
Acredita que o Meio Ambiente e a Moda estão profundamente interligados. Ambos inspiram as pessoas dando-lhes (literalmente) recursos para estarem no seu melhor. Acredita também que a Moda tem um poder inigualável de criar tendências que se tornam virais e a necessidade que temos deste poder ser usado como uma “força para o Bem”.
De acordo com a Ana, todos somos agentes de mudança com impacto direto no futuro. Acredita nesta era admirável de despertar para a sustentabilidade, e crê que estamos a assistir à evolução do papel da moda para marcas e consumidores.
Foi sobre tudo isso que falámos. Muito obrigada, querida Ana, pelo teu exemplo e pela inspiração.
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Neste episódio, estivemos à conversa com Ayala Botto, biólogo e ativista ambiental, um dos 9 jovens responsáveis pela iniciativa #janeirosustentavel.
Este movimento, que arrancou no início de 2021 e que se estendeu ao longo de janeiro, lançou aos seguidores o desafio de “Juntar a sustentabilidade às suas resoluções de ano novo”. Ao longo de 5 semanas, este projeto foi partilhando informação e dicas simples bem como desafios, a propósito de diferentes áreas de atuação: educação; redução do plástico; moda; economia circular; alimentação. Muitos convidados, diferentes vozes, sempre a mesma certeza: a sustentabilidade é um caminho que se faz em conjunto. A adesão foi impressionante. Foi sobre tudo isto que falámos, mas também não resistimos e aproveitámos para conhecer melhor o Ayala, o seu percurso e os seus gestos de mudança.
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