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Há pouco mais de uma década, em Lisboa, foi feita uma descoberta extraordinária: nas obras para um hotel, localizado perto do campo das cebolas, os arqueólogos encontraram, a servir de alicerce, uma pedra tumular com caracteres de uma escrita desconhecida que mais tarde veio a identificar-se como fenícia. É uma das mais antigas inscrições da Europa ocidental e um de vários indícios que nos mostram que, perto da foz atlântica do maior rio da Península Ibérica, estava a nascer uma cidade.
No episódio desta semana, o jornalista Miguel Franco de Andrade e a arqueóloga Jacinta Bugalhão recuam até momento inicial de contacto entre as civilizações do Mediterrâneo e as populações nativas que habitavam os territórios da foz do Tejo. E percorrem quase 3 milénios da História de Lisboa.
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Ao contrário dos muçulmanos, que por volta do século XI, se tornaram a maioria da população lisboeta, os judeus sempre foram uma minoria. Mas as suas raízes no território da capital, estão agora comprovadas com um achado arqueológico extraordinário: um símbolo judaico marcado num pedaço de pão com 1500 anos. Durante séculos, a comunidade terá vivido em judiarias na atual Baixa, Chiado e até em Alfama, onde subsiste a “rua da Judiaria”.
No episódio desta semana, o jornalista Miguel Franco de Andrade e o historiador Manuel Fialho recuam mil anos até um tempo em que, ao contrário do que se pensa, a convivência entre religiões era muito mais pacífica. Oiça aqui a entrevista.
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Olisipo nunca foi capital para o Império Romano, mas Felicitas Ivlia Olisipo tinha muitos dos monumentos de uma rica cidade romana: termas, teatro, hipódromo e até muito provavelmente, nas imediações de Alfama, um anfiteatro semelhante ao coliseu de Roma (com gladiadores e tudo) se bem que à escala de uma cidade situado nos confins do império…Muitos deste monumentos ficaram esquecidos por mais de um milénio, até serem abruptamente revelados pelo terramoto de 1755 e pelas obras de reconstrução.
Mas nem sismos, incêndios ou voragens imobiliárias trouxeram de novo à luz do dia o monumento mais importante de todos: o centro do poder e do negócio, do culto e a da vida cívica de qualquer cidade do império. Hoje nas Histórias de Lisboa, No episódio desta semana, o jornalista Miguel Franco de Andrade e o professor Carlos Fabião partem em busca do fórum romano de Olisipo
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Passam 5 anos sobre o primeiro caso oficial de Covid-19. Há mais de 100 anos, Lisboa era assolada por outra pandemia: a da Gripe Pneumónica, também conhecida, indevidamente, como Gripe espanhola. Sem cura, sistema de saúde, medicamentos ou alimentos para ajudar a curar os convalescentes, os poucos hospitais da cidade começaram a encher-se de doentes.
Os bairros da cintura industrial foram os mais fustigados, numa doença que - ao contrário da Covid-19 - afetava sobretudo os mais jovens. Muitos morriam em casa. Em breve, o número de mortos obrigava os coveiros, já exaustos, a trabalhar mais horas por dia. As oficinas da câmara de Lisboa fabricaram caixões para os mais pobres. Há quem defenda que o fim da guerra foi precipitado pela pandemia, e há também quem sustente que os contágios foram provocados pelas movimentações de tropas da I Guerra Mundial.
No episódio de Histórias de Lisboa, Miguel Franco de Andrade conversa com a investigadora, Eunice Relvas, sobre os efeitos da pandemia de Gripe Pneumónica em Lisboa. Oiça aqui a entrevista
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E se de repente nos dissessem que o fado, o género musical elevado ao estatuto de canção nacional, não surgiu no tempo dos árabes, de D. Afonso Henriques, das caravelas… mas tem afinal origens no século XVIII e em terras brasileiras?
Nos inícios do século XIX, à semelhança do que acontecia com outras cidade portuárias, Lisboa estava pronta para adotar – e transformar – uma nova forma musical.Raramente um género musical nacional se prestou a tantas apropriações. A música que foi cantada por prostitutas é hoje escutada nas mais prestigiadas salas de espetáculo e é património imaterial da Humanidade.
Neste episódio de Histórias de Lisboa, Miguel Franco de Andrade conversa com o musicólogo e historiador, Rui Vieira Nery, sobre a História do Fado.
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A avenida da Liberdade nasceu para ser o primeiro boulevard de Lisboa. Num tempo em que Lisboa queria ser francesa e os lisboetas ansiavam pelas modernidades da Europa além Pirineus. Mas como tudo o que acontecia no conturbado século XIX português, o homem sonhava mas a obra tardava a nascer.
No quarto episódio de Histórias de Lisboa, Miguel Franco de Andrade conversa com a investigadora e historiadora de arte, Raquel Henriques da Silva, especialista nas avenidas de Lisboa, particularmente na mais famosa delas toda, a avenida Liberdade.
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Desde os primeiros desembarques de pessoas escravizadas vindas de África em solo português até aos dias de hoje passaram quase 600 anos. Estávamos no início de uma era imperial, e também colonial, que terminou– pelo menos esta última – há escassas 5 décadas. Nesse período de tempo, a presença africana em Lisboa, que desde cedo perfazia cerca de 10% da população, deixou marcas indeléveis na capital portuguesa, que perduram, por exemplo, em nomes de ruas, como a do Poço dos Negros, cujo sentido ainda hoje se debate. Mas desapareceu praticamente de outros locais, como o Mocambo, considerado o primeiro bairro africano da Europa.
No terceiro episódio de Histórias de Lisboa, Miguel Franco de Andrade conversa com a especialista em História de África, Isabel de Castro Henriques, e descortinam a história por detrás do painel de azulejos que compõem a imagem e capa deste podcast.
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Até começou com sol o dia 1 de novembro de 1755, festa de Todos os Santos, e uma temperatura que chegava quase aos 20 graus. De repente, a terra começou a tremer. Dizem os relatos da época que o sismo começou pouco depois das 9 e meia da manhã.
A meio da manhã, as águas do Tejo retrocederam de tal forma que o fundo do rio ficou visível. Logo depois, uma onda de 5 a 6 metros abateu-se sobre a população. Os incêndios duraram vários dias e várias noites e destruíram tudo o que tinha sobrado."Cai o Carmo e Trindade", "Rés-vés Campo de Ourique" ou "Está tempo de Terramoto" são expressões que perduram ainda hoje no vocabulário dos lisboetas.
No segundo episódio de Histórias de Lisboa, Miguel Franco de Andrade conversa com o arquiteto e historiador de Arte Walter Rossa o que sabe hoje sobre o Grande Terramoto de Lisboa.
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Praça do Rossio, Lisboa: 2017. Ao escavar uma vala para instalar mais uma rede de ecopontos na cidade, emergiu uma realidade que já não via a luz do dia há mais de 250 anos: uma casa destruída e abandonada, tal como foi deixada no dia 1 de novembro de 1755, o dia do Grande Terramoto de Lisboa.
As escavações resgataram do esquecimento louça de cozinha, porcelanas e até um calhandro usado como penico que revelam estilos de vida e informações preciosas. Quem eram as pessoas que habitavam esta casa? E o que nos dizem sobre a sociedade lisboeta da altura?
Conheça a história no primeiro episódio do podcast Histórias de Lisboa, onde o jornalista da SIC Miguel Franco Andrade conversa com um dos arqueólogos responsáveis pela descoberta, José Pedro Henriques.
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Quantas Lisboas cabem numa cidade com quase 3 mil anos de História? Quantas cidades se escondem debaixo dos nossos pés, na forma de uma praça, no nome de uma rua? Este podcast vai à procura dessas cidades invisíveis, uma por episódio, com a ajuda de historiadores, arqueólogos, arquitetos e investigadores. A autoria e apresentação é do jornalista da SIC, Miguel Franco de Andrade. Todas as quartas-feiras, a partir de dia 23 de outubro, na SIC Notícias, Expresso e todas as plataformas de podcast.
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