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Uma não consegue trabalhar sem a outra. Vanda Mota, responsável pelo laboratório, e Lucília Araújo, coordenadora de diagnóstico laboratorial covid. Uma trabalha cara a cara com o vírus, a outra é o anjo da guarda de toda a equipa. É das duas que depende a quase totalidade do funcionamento do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), onde, à semelhança de todos os grandes hospitais portugueses, o que se faz depende da realização prévia de um teste para verificar a presença do novo coronavírus. No início da pandemia enfrentaram um pouco de tudo, desde falta de infra-estruturas, equipamentos e material. Agora, preparam-se para duplicar a capacidade de testagem, mas ainda têm receios do que virá no inverno
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Carlos Alves tem 28 anos, estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e, apesar de ser filho de uma médica, a descoberta da Medicina como destino profissional foi tardia. No secundário, o apelo das Ciências fez-se ouvir, sobretudo, a curiosidade pela descoberta do diagnóstico e a possibilidade de ter um trabalho que lhe permitisse estar sempre em contacto direto com as pessoas. A Pneumologia veio ainda mais tarde, uma especialidade que, conta, lhe dava a hipótese de "colocar a mão na massa". Está no quarto ano do internato e no olho do furacão em Lisboa, o Hospital Fernando Fonseca, conhecido como Amadora-Sintra. A pandemia já provocou um amadurecimento imprevisto, que passou pela superação do medo e de novas responsabilidades familiares
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Saknas det avsnitt?
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Faz parte do restrito grupo com capacidade para tocar no cérebro vivo e, desta forma, modificar comportamentos. É pelas suas mãos que passa a vida de muitas pessoas. Rui Vaz, neurocirurgião no Hospital de São João e pioneiro na investigação da estimulação cerebral profunda, está atento à pandemia. Nunca parou de operar e reconhece que, depois do carinho e dos agradecimentos pelo empenho dos profissionais de saúde, chegou a hora de a população cobrar mais e melhores resultados
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Há quatro anos, Maria Correia começou a trabalhar nas Urgências do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e na altura só conhecia o ambiente das séries de televisão. Levou um choque de realidade. Licenciada em Arquitetura, as voltas da vida fizeram-na trabalhar como assistente operacional. É a frente da linha da frente, que ajuda os profissionais de saúde nas tarefas mais expostas aos doentes. Um trabalho do qual sente orgulho, mesmo que a recompensa seja pouco mais do que o salário mínimo nacional
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Cabe aos anestesistas ajudar a entubar os doentes, ligando os casos mais críticos aos ventiladores e são eles que os extubam, devolvendo-os à vida. A médica anestesista Carla Basílio é bastante reservada e está mais à vontade quando em causa estão os aspetos técnicos da profissão. A conversa é, contudo, capaz de revelar ao detalhe os riscos dos profissionais mais expostos aos vírus. Uma conversa que é uma viagem intensa ao mais profundo dos cuidados intensivos
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Aos 40 anos, Ana Susete Coelho descobriu uma força pessoal que não conhecia. Deixou os dois filhos com os pais e dedicou-se totalmente aos doentes com covid-19 no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC). Nesta longa conversa partilha sentimentos e obstáculos vividos pela equipa naquela unidade. Fala da família, do cansaço e da morte dos doentes nos primeiros meses de pandemia
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Odília Neves não está na linha da frente, mas é quem coordena os cerca de 140 enfermeiros das Urgências e dos Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar de Lisboa Central. Com 39 anos de experiência, esta enfermeira sublinha a capacidade de resistência destes profissionais, mas alerta também para o cansaço e a ansiedade que já se fazem sentir e diz que o esforço feito não se paga com o que é oferecido pelo Governo
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Desde o início da pandemia, a diretora do Serviço de Urgências do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Anabela Oliveira, vive tão mergulhada nos cuidados aos doentes que, confessa, nem tem tempo para refletir sobre o impacto na sua própria vida. Mas não esquece que já lá vão cinco meses sem beijar o filho. Talvez por isso fique tão “zangada e frustrada” quando as pessoas não cumprem o distanciamento: porque quem se contamina, é ao seu serviço que vai bater. Ouça o novo podcast do Expresso 'As Testemunhas da Pandemia', uma série com os médicos, enfermeiros e operacionais que estiveram na linha da frente no combate à covid-19 desde o primeiro momento
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Quatro meses foram tempo suficiente para acumular emoções intensas. Desde o medo de falhar, o receio de ser infetada e a admiração pelas mães que não se separaram dos filhos doentes, Maria João Brito, pediatra e infecciologista, conta como foram os bastidores de uma pandemia que, acredita, deixará cicatrizes psicológicas em todos. Ouça o novo podcast do Expresso 'As Testemunhas da Pandemia', uma série com os médicos, enfermeiros e operacionais que estiveram na linha da frente no combate à covid-19 desde o primeiro momento
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Intensivista e introdutor nos Cuidados Intensivos de uma máquina capaz de substituir o coração e os pulmões dos doentes críticos, Roberto Roncon, atendeu no Hospital de São João, no Porto, os primeiros e mais graves casos de covid-19 em Portugal. Sem filtros e sem medos, conversa com a jornalista Christiana Martins sobre o que tem de falar e sobre quem quer falar, seja António Costa ou a ministra da Saúde. Mas, sobretudo, fala dos seus doentes e da sua profissão e dá um testemunho deste tempo de pandemia. Acompanhe o novo podcast do Expresso 'As Testemunhas da Pandemia' e ouça os médicos, enfermeiros e operacionais que estiveram na linha da frente no combate à covid-19 desde o primeiro momento