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O episódio 17 com Susana Lourenço Marques apresenta um diálogo entre duas investigadoras sobre a motivação para encontrar histórias escondidas, os achados e percalços nesse caminho e a intenção em construir uma história que abraça a incoerência e não procura o brilhantismo, enquanto a Susana conta o processo de investigação que tem em curso com Lucinda Canelas sobre mulheres fotógrafas do século XIX.
A Susana é professora de Fotografia e História da Fotografia na FBAUP desde 2004, é co-fundadora da editora Pierrot le Fou desde 2014 e é doutorada desde 2016 sobre o tema história da imagem fotográfica em Portugal. A Susana tem editado e publicado vários livros, tais como o recente Lágrimas de Crocodilo - Fotografia e Crítica em Portugal 1980-2000 e o ambicioso Livros de Fotografia em Portugal — da Revolução ao Presente. A Susana é também curadora. Das várias exposições que organizou destaco Quem te ensinou? — ninguém uma exposição sobre o trabalho artístico e experimental de Elvira Leite com a comunidade do Bairro da Sé que resultou no livro Pedagogy of the Streets Porto 1977.
Episode 17 with Susana Lourenço Marques presents a dialogue between two researchers about the motivation to find hidden stories, the discoveries and setbacks along the way and the intention to build history that embraces incoherence and does not seek brilliance, while Susana reveals the ongoing research project with Lucinda Canelas on Portuguese women photographers of the 19th century.Susana is a Photography and History of Photography professor at FBAUP since 2004, the co-founder of the publishing house Pierrot le Fou since 2014 and has a PhD on the subject of the history of photographic images in Portugal. Susana has edited and published several books, such as the recent Lágrimas de Crocodilo - Fotografia e Crítica em Portugal 1980-2000 and the ambitious Livros de Fotografia em Portugal — from the Revolution to the Present. Susana is also a curator. Of the various exhibitions she organized, I highlight Quem te ensinou? — ninguém an exhibition about Elvira Leite's artistic and experimental work with the Bairro da Sé community that resulted in the book Pedagogy of the Streets Porto 1977.
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Este episódio é uma conversa com as designers e editoras Nina Paim (Bikini Books) e a Tereza Bettinardi (Clube do Livro do Design) sobre o processo de criação e publicação do livro Briar Levit: On design, feminism and friendship / Briar Levit: Sobre Design, Feminismo e Amizade que estas amigas estão a coeditar. O livro está a ser publicado em simultâneo em português e inglês e conta a história da designer e educadora americana que transita pela sala de aula, pela escrita, pela edição, pelos arquivos e pelos documentários. Este livro é o primeiro de muitos da editora feminista Bikini Books, fundada no Porto por Nina Paim em 2023, em co-edição com O Clube do Livro do Design, fundado em 2021 por Tereza Bettinardi em São Paulo e que conta já com 5 livros publicados especializada em traduzir e publicar livros sobre criatividade, design e tecnologia. Nesta confabulação, estas três amigas discutiram a dinâmica da colaboração no processo criativo, falaram sobre políticas de tradução e a importância do trabalho feminista mas, sobretudo, sobre amizade, respeito e livros.
This episode brings to the public a conversation between designers and publishers Nina Paim (Bikini Books) and Tereza Bettinardi (Clube do Livro do Design) about the process of creating and publishing the book Briar Levit: On design, feminism and friendship / Briar Levit: Sobre Design, Feminismo e Amizade that these friends are co-editing. The book is being published simultaneously in Portuguese and English and tells the story of the American designer and educator and moves through the classroom, writing, editing, archives and documentaries. This book is the first of many from Porto-based feminist publisher Bikini Books, founded by Nina Paim in 2023, in co-edition with São Paulo-based O Clube do Livro do Design, founded in 2021 by Tereza Bettinardi which has 5 books published specialising in translating and publishing books about creativity, design and technology. This confab between three friends discussed the dynamics of collaboration in the creative process, talked about translation politics, and touched on the importance of feminist work, but it was above all about friendship, respect, and books. -
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A Lizá Défossez Ramalho é designer, portuense, co-fundadora do atelier R2 com Artur Rebelo. Os R2 especializaram-se em identidade gráfica, design editorial e design ambiental para instituições culturais, museus e outros clientes, nacionais e internacionais. São membros da AGI (Alliance Graphique Internationale), e organizaram o AGI Open no Porto em 2010. Em 2019 o Centro de Arte Oliva, em São João da Madeira, dedicou-lhes uma exposição intitulada 'Fabrico Suspenso: Itinerários de Trabalho' onde se podiam ver processos de construção e de experimentação gráfica e artística.
Nesta conversa a Lizá partilhou como foi identificando algumas disparidades de género de forma cumulativa ao longo da sua carreira, formas como age sob desigualdades que observa e como a experiência lhe trouxe maturidade e confiança para poder combater as micro, mas muitas agressões sexistas nesta área de trabalho.
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Lizá Défossez Ramalho is a designer from Porto, co-founder of the design studio R2 with Artur Rebelo. R2 specializes in graphic identity, editorial design and environmental design for cultural institutions, museums and other national and international clients. They are AGI (Alliance Graphique Internationale) members and organized the AGI Open in Porto in 2010. In 2019, the Centro de Arte Oliva dedicated an exhibition to their work entitled 'Fabrico Suspenso: Work itineraries' where they showed the processes of graphic and artistic experimentation behind some projects.
In this conversation, Lizá shared how she identified some gender disparities cumulatively throughout her career, how she acts on the inequalities she observes, and how the experience brought her maturity and confidence to fight the micro, but many sexist aggressions in this work area. -
A Denise Santos é uma mulher negra e designer, e é também a convidada do episódio 14 onde falamos sobre a falta de representatividade de corpos negros no mundo do design, da importância de uma leitura interseccional na história, de micro e macro agressões, e de como a Denise navega este mundo, através de uma reflexão sobre o seu percurso académico. Com o projecto “Bisnetos de Cabral, a viagem de uma designer” Denise investiga questões identitárias através de artefactos de arquivo no contexto cabo-verdiano e reflecte sobre a sua identidade como mulher negra. Atualmente é designer de comunicação e criadora de conteúdos para as redes sociais do espaço Hangar em Lisboa. Denise Santos, black woman and designer, is the guest of episode 14 where we talk about the lack of representation of black bodies in the world of design, the importance of an intersectional reading in history, micro and macro aggressions, and how Denise navigates this world, through a reflection on her academic journey. With the project “Bisnetos de Cabral, a designer’s journey” Denise investigates identity issues through archival artefacts in the Cape Verdean context and reflects on her identity as a black woman. She is currently a communication designer and content creator for social media at the Hangar space in Lisbon.
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Episode 13 presents a compelling conversation with researcher and artist Ece Canlı about queer design, collective work and the importance of interrupting history, but mainly about feminism. Ece brought a sincere perspective on how feminism affects the ways in which we work, interact with our loved ones, in how we care and in how we manifest ourselves politically. One word was repeated a few times: justice. This was a conversation about how we might fight for it, how to achieve it and the different forms it can take. / O episódio 13 com a artista e investigadora Ece Canlı apresenta uma conversa sobre queer design, trabalho coletivo, sobre a importância das interrupções à história, mas sobretudo sobre feminismo. A perspectiva da Ece sobre como o feminismo afeta a forma como trabalhamos, interagimos com os nossos entes queridos, na forma como cuidamos e na forma como nos manifestamos politicamente é inspiradora. A palavra justiça foi repetida algumas vezes durante o episódio: discutimos sobre como a podemos alcançar, como podemos lutar por ela, e as diferentes formas como a justiça se manifesta.
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No episódio 12 fui conversar com a Carolina Valente Pinto. A Carolina é designer e investigadora e trabalha actualmente no Institute of Network Cultures, em Amesterdão. A sua investigação está frequentemente ligado a temas como o feminismo, práticas descoloniais, arquivos, acesso, História, e culturas autonómas e DIY. Neste episódio falamos sobre como se perpetuam invisibilidades, especificamente a das mulheres, na construção, gestão e manutenção de arquivos, questionamos a neutralidade dos espaços de memória e documentação e discutimos o papel do feminismo nestes lugares./For episode 12 I spoke with Carolina Valente Pinto. Carolina is a designer and researcher and currently works at the Institute of Network Cultures, in Amsterdam. Her research is often linked to topics such as feminism, decolonial practices, archives, access, history, autonomous and DIY cultures. In this episode we talk about how invisibilities are perpetuated, specifically that of women, in the construction, management and maintenance of archives, question the neutrality of memory and documentation spaces and discuss the role of feminism in these places.
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No episódio 11 conversei com a designer, poeta e escritora Gabriela do Amaral. Com três livros publicados, Gabriela acredita que foi o seu caminho no design que a levou a escrever e que as duas práticas andam de mãos dadas. Gabriela escreve sobre língua, exílio e maternidade, sempre com uma lente feminista. Neste episódio discutimos como o ciclo de produção silencia a experiência da maternidade, como sentimos que incomodamos quando falamos sobre sermos mães e o contraste entre a expectativa e a realidade no design e na maternidade. / For episode 11 I had a chat with designer, poet and writer Gabriela do Amaral. After publishing three books, Gabriela believes that it was her path through design that lead her to writing and that the two practices go hand in hand. Gabriela writes about language, exile and maternity, always under a feminist lenses. In this episode, we discussed how the production cycle silences the experience of maternity, how we feel that we bother when we talk about being mothers and the contrast between expectation and reality in design and maternity.
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No episódio 10 conversei com a designer, editora e educadora Tereza Bettinardi. Com uma carreira muito associada ao design editorial, Tereza tem hoje o seu estúdio próprio em São Paulo no Brasil. Recentemente montou o Clube do Livro de Design, uma aventura que começou como um grupo de leitura e hoje é uma editora. Nesta conversa falamos sobre como relaciona o feminismo e o design, sobre discriminação de género e de classe, sobre a importância de literatura em português e sobre muitas outras coisas que a inquietam e como esse desconforto a motiva a agir. / In episode 10 I had a chat with designer, editor and educator Tereza Bettinardi. From her own studio in Sao Paulo, Brazil, Tereza specialises in editorial design. Recently, she founded The Design Book Club, an adventure that started as a book club and has now become a publisher. In our conversation, we discussed how she connects feminism with design, gender and class discrimination, the importance of literature in the Portuguese language, amongst other things which trouble her, and how that discomfort motivates her to act.
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No episódio 9 do Errata fui conversar com a designer, directora de arte e investigadora Eva Gonçalves sobre como se pode tentar construir uma prática mais colaborativa em design, sobre a falta de representatividade das mulheres nos lugares de pódio, como os modelos de trabalho existentes podem ser opressivos e sobre a importância da consciência política sobre o trabalho que executamos. / In episode 9 of the Errata podcast I met the designer, art director and researcher Eva Gonçalves to discuss how a more collaborative design practice can be achieved, the lack of representation of women in the higher seats, how the current working models can be oppressive, and on the importance of a political conscience in our work.
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No episódio 8 trazemos a público a conversa que tivemos em Junho de 2021 com Assunção Cordovil, uma das 17 designers apresentadas na exposição Errata. Falamos sobre a sua formação em design, a aprendizagem na cooperativa Práxis e discutimos como a gestão e administração de um projecto são importantes no desenvolvimento de um projecto, mas cujo valor não é sempre reconhecido pela história do design. / In episode 8, Assunção Cordovil, one of the 17 designers presented in the Errata exhibition, speaks with us about her design education, the experience of being part of Praxis Cooperative and how history of design doesn’t recognise the importance of the managerial work that happens behind a design project.
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No episódio 7 fui conversar com as designers Joana & Mariana sobre como se documenta design e como o feminismo pode ser uma ferramenta para interromper a história de design corrente. Falamos sobre como uma prática de atelier pode fazer um cruzamento com a pesquisa e a teoria do design e como o design não é uma prática neutra e nem sempre resolve problemas. / In episode 7 I had a conversation with designers Joana & Mariana about how design is documented and how feminism can be a tool to interrupt current design history. We talked about how a studio practice can crossover with research and design theory and how design is not a neutral practice and doesn’t not always solve problems.
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No sexto episódio, fomos conversar com Emília Ferreira sobre a invisibilidade das mulheres na história e como se pode corrigir o equilíbrio do cânone através da identificação e do estudo do trabalho de mulheres. Conversámos em mais detalhe sobre as artistas Sarah Affonso e a Milly Possoz, sobre o contexto em que viviam e sobre o trabalho que fizeram em artes gráficas. / In episode 6, we had a conversation with Emília Ferreira about the invisibility of women in history and how the balance of the canon can be corrected through the identification and study of women’s work. We talked in more detail about the artists Sarah Affonto and Milly Possoz, about the context in which they lived and the work they did in graphic arts.
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No quinto episódio embarcamos numa viagem com a Né Santelmo pelos interesses multidisciplinares que moldaram a sua carreira desde o início dos anos 80. Falámos sobre colaboração e processo no projecto de design, e como a experimentação define a sua prática. Também discutimos o estúdio Pã Design, que fundou com a designer Ana Menezes, e se o facto de serem um duo no feminino teve um papel significativo na forma como trabalhavam e no modo como o trabalho era recebido. / In episode 5, Né Santelmo takes us on a journey through the multidisciplinary interests that have shaped her career since the early 80s. We discussed collaboration and the process of a design project, and how experimentation has defined her practice. We also spoke about Pã Design, the studio Né founded with the designer Ana Menezes, and if being a female duo had any significance in the making and reception of their work.
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Como parte do processo de investigação e preparação da exposição Errata, temos interesse em conhecer não só designers, mas também pessoas que estudaram a história do design a fundo. Neste episódio fomos conhecer e aprender com historiadora Maria Helena Souto, professora associada no IADE, sobre o Instituto Nacional de Investigação Industrial e a sua importante contribuição no processo de afirmação, consolidação e divulgação do design em Portugal. Ficámos também a conhecer o papel importante da Maria Helena Matos e das designers Alda Rosa e Cristina Reis no INII e nas exposições de design português de 1971 e 1973. (Alerta: esta conversa sofreu alguns problemas técnicos no momento da gravação e por isso o áudio tem alguns cortes bruscos) / As part of the research process for Errata, we spoke not only with practitioners but also people who have studied Portuguese design history. Here we speak with historian Maria Helena Souto, Associate Professor at IADE, about the National Institute of Industrial Research (Instituto Nacional de Investigação Industrial) and its important role in affirming, consolidating and disseminating design in Portugal. We also touched upon the importance of Maria Helena Matos and the designers Alda Rosa and Cristina Reis in the Institute and in the Portuguese Design exhibitions of 1971 and 1973. This podcast is in Portuguese.
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O quarto episódio do Errata é a continuação da conversa que tivemos com a historiadora Maria Helena Souto. Neste episódio falamos sobre a Maria Keil, sobre a forma mutidisciplinar como encarava o seu trabalho, e sobre o seu contributo para o design gráfico português. (Alerta: esta conversa sofreu alguns problemas técnicos no momento da gravação e por isso o áudio tem alguns cortes bruscos) / The fourth episode of the Errata Podcast is the continuation of the conversation we had with the historian Maria Helena Souto. In this episode we discuss Maria Keil, particularly her multidisciplinary work and her contribution to Portuguese graphic design. This episode is in Portuguese.
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Neste segundo episódio, a designer de comunicação, Susana Carvalho, contou-nos um pouco sobre o seu percurso profissional e o papel que os movimentos punk e hardcore tiveram na sua emancipação feminista. A Susana mostrou-nos como o mundo do design de tipos é apenas aparentemente masculino e a relação que essa percepção tem com a natureza colaborativa do design. Também conversámos sobre a responsabilidade dos professores de design e as razões porque traz referências femininas para as suas aulas.
In this second episode, the graphic designer Susana Carvalho, told us about her professional path and the role that the punk and hardcore movements had in her feminist awakening. Susana explained how the type world is only apparently more masculine and how that is connected with the collaborative nature of the design process. We also talked about the responsibilities of design educators and her motivations for bringing female authors to their classes.
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Com a curadora e crítica de design Vera Sacchetti conversámos sobre a trajetória que a levou do curso de design de comunicação nas Belas Artes do Porto ao D-Crit em Nova Iorque e também sobre o que a motivou mais recentemente a desenvolver projectos curatoriais que se debruçam sobre o papel das mulheres no design, nomeadamente A Woman's Work e Add to the Cake. Com a Vera falei sobre como se adicionam mulheres à história do design e como se questiona o passado histórico no presente com um olho no futuro.
With the curator and writer Vera Sacchetti we talked about the trajectory that took her from the Communication Design BA in Porto to the D-Crit MA in New York and also about her motivations to develop more recent curatorial projects that investigate the role of women in design, such as A Woman’s Work and Add to the Cake. We discussed how can women be added to design history and how can we question the past in the present with an eye in the future. (This podcast is in Portuguese)