Avsnitt

  • Apresentação:

    Fátima Alves,

    Prof Associada da Universidade Aberta, Investigadora do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, Laboratório Associado TERRA

    Convidada:

    Sílvia Portugal,Professora Associada da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Investigadora do CES

    Resumo:

    Neste episódio pretendemos refletir sobre a necessidade de problematizar as interconexões no século XXI, na medida em que as sociedades contemporâneas estão cada vez mais interligadas e dependentes dessas conexões, seja ao nível da globalização da economia, das culturas e das sociedades. O que nos lança o desafio de compreender como essas interdependências afetam questões transversais para as ciências e as sociedades, como as desigualdades estruturais e estruturantes e, também, as culturas e as identidades, que impactam na saúde e bem-estar. Estas interconexões também se observam na tecnologia e nas sociedades em rede que moldam dinâmicas sociais, as identidades e as políticas, etc., e na inteligência artificial e seus impactos nas dinâmicas e estrutura das sociedades. As interconexões também se refletem ao nível das migrações, bem como das relações entre sociedades e natureza ou naturezas, que são centrais para abordar por exemplo as alterações climáticas, a perda de biodiversidade ou a degradação ambiental. Questões como a saúde pública global, as pandemias, a migração forçada, guerras, conflitos transnacionais, exigem a visão destas interconexões.

  • Apresentação:

    Maria Margarida Cantista

    Médica Especialista em Medicina Física e de Reabilitação. Pós-Graduada em Hidrologia Médica, Medicina Desportiva e Medicina Estética. Docente Universitária desde 2010. Diferenciada em Técnicas Médicas (Técnicas infiltrativas, Nesoterapia, Toxina Botulínica, Ácido hialurónico, PRPs, Laser e Aparatologia Médica) nas áreas de M.F.Reabilitação, Dor e Medicina Estética, Diferenciação em Reabilitação Dermatofuncional, Pós-Cirúrgica e Tratamento de Cicatrizes.

    Convidado:

    Jorge Gabriel

    Jornalista e apresentador de televisão.

    Resumo:

    É indubitável o papel da Televisão na evolução da Sociedade Civil e da sua literacia ao longo das últimas décadas em Portugal. Também no que se refere à Saúde, a Televisão parece ter um papel determinante na Promoção de Comportamentos Saudáveis e na Educação para a Saúde.

    Numa sociedade cada vez mais ávida de imediatismo, de procura de respostas rápidas e inundada de fake news, questionamos qual o papel da Televisão na transmissão de informação credível e idónea em Saúde.

    Numa conversa descontraída com o apresentador de televisão Jorge Gabriel, reconhecido pela sua vasta experiência e talento em Comunicação, abordaremos o tema “Saúde e Televisão”. Falaremos também sobre a sua forma de estar e de viver, os seus hábitos em Saúde e a forma como gere a sua própria Saúde Física e Mental num meio tão exigente como o Televisivo e Mediático. Será que as figuras públicas também desempenham um papel como modelos de Saúde? De que forma poderão também eles ser motores de políticas e de comportamentos saudáveis?

    Acima de tudo, com este Podcast, pretendemos elevar o papel da Televisão como meio de comunicação ainda tão preponderante na Literacia e na Educação para a Saúde e lançar esta reflexão: poderá estar a Televisão ainda mais integrada nas Políticas para a Saúde em Portugal?

  • Saknas det avsnitt?

    Klicka här för att uppdatera flödet manuellt.

  • Apresentação:

    Diogo Guedes Vidal

    Investigador Auxiliar Convidado no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra

    Convidada:

    Luciana Bragança

    Professora da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais

    Resumo:

    Neste podcast, exploramos as reflexões e descobertas da Luciana Bragança sobre os Jardins Possíveis. Através de um olhar profundo, adentramos nos espaços de convívio e nos territórios simbióticos que dão forma a esses jardins, indo além da dimensão estética.

    Os jardins possíveis tornam-se, assim, construções de valores identitários, de relações afetivas e de espiritualidade. São espaços de re-existência que desafiam os limites da definição de jardim, expandindo-os para abraçar não apenas o que é humano, mas também todos os outros seres vivos que connosco cohabitam o mesmo Planeta.

  • Apresentação:

    Diogo Guedes Vidal

    Investigador Auxiliar Convidado no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra

    Rui Maia

    Professor Associado Convidado da Universidade Fernando Pessoa e Investigador no Centro de Investigação Transdisciplinar “Cultura, Espaço e Memória” da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Membro da Rede Compor Mundos

    Resumo:

    Neste episódio, mergulhamos no mundo dos dados secundários e na forma como estes desempenham um papel fundamental na compreensão da saúde, do ambiente e da demografia nas sociedades contemporâneas. Os dados secundários, muitas vezes negligenciados, têm o potencial de revelar conhecimentos profundos sobre a complexa rede de fatores que moldam a nossa saúde e demografia. No entanto, falta um olhar humanista sobre estes dados de forma a obter uma compreensão mais profunda dos fatores culturais e sociais que os moldam, que vá além dos números brutos e das estatísticas, enquadrando-os nas histórias, significados e experiências que representam. Será uma conversa certamente muito interessante com o nosso convidado, Professor Rui Maia, que nos ajudará a refletir sobre a necessidade de desenvolver um olhar mais profundo, reflexivo e humanista sobre os dados secundários, de forma a nos capacitar para tomadas de decisões mais informadas e mais compassivas para enfrentar os desafios de saúde, ambientais e de bem-estar do nosso tempo.

  • Apresentação:Marina Lencastre

    Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa. Psicoterapeuta e Supervisora Científica e Clínica na Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica.

    Convidado:

    Paulo Azevedo

    Psicoterapeuta psicanalítico e Supervisor Clínico. Membro Especialista e Formador na Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica. Mestre em Psicologia Clínica do Desenvolvimento. Editor na Revista Portuguesa de Psicanálise.

    Resumo:

    A conversa deste podcast desenvolve-se a partir da questão central “Onde para o Édipo no século XXI”. Será que ainda faz sentido incluir esta noção fundamental da primeira psicanálise no trabalho psicoterapêutico contemporâneo? Será que uma abordagem simbólica do Édipo permite a sua adequação aos problemas que são trazidos atualmente à psicoterapia? Na relação diádica entre a criança pequena e a sua mãe entra, a certa altura, um terceiro, geralmente o pai, mas poderão ser outros significativos no ambiente infantil, que ajudarão à separação e ao desenvolvimento de competências exploratórias, de comunicação e simbólicas na criança.

    O Édipo é isso, uma posição interna do desenvolvimento na origem da capacidade de separação, de adiar a gratificação e de gerir a atividade pulsional mais crua, assim como de gerir as emoções associadas, do encontro com a frustração e o compromisso, do interesse pelo símbolo e pela possibilidade de continuar a viver de forma saudável mesmo na ausência do objeto securizante que é o primeiro objeto de amor. No adoecer há regressão para modos de funcionamento mais primários e mais crus, que podem acontecer na pessoa, mas também nos grupos e, por vezes, nas próprias nações. Nessas alturas manifestam-se as personalidades psicologicamente mais adaptadas ao estado caótico da sociedade e podem surgir os líderes despóticos e psicopáticos.

    O comportamento animal pode ajudar a compreender aspetos da natureza humana, desde os mais positivos como a empatia, o vínculo, a amizade e o amor, mas também os aspetos mais sombrios como a agressão, a destrutividade, a inveja e o ciúme, mostrando quais as suas funções e também como se sublimam em obras de arte ou na literatura. Para Paulo Azevedo, o Édipo hoje define-se como uma função e acontece no jogo das identificações dentro das dinâmicas familiares, sociais e também culturais.

  • Apresentação:Diogo Guedes Vidal

    Investigador Auxiliar Convidado no Departamento de Ciências de Vida da Universidade de Coimbra, Investigador do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e Professor Auxiliar Convidado no Departamento de Ciências Sociais e Gestão da Universidade Aberta, Membro da Rede Compor Mundos

    Participação:

    Hélder Lopes Hélder Lopes, Professor no Departamento de Geografia da Universidade do Minho e Investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território e do IdRA – Instituto de l’Aigua – Grupo de Climatologia, Membro da Rede Compor Mundos

    Resumo:Neste podcast propomo-nos a refletir a complexa interação entre as sociedades humanas e o ambiente natural. Neste episódio, discutiremos como a geografia afeta a nossa compreensão dos desafios socioecológicos e quais as principais implicações para o futuro. Estaremos à conversa com Hélder Lopes, Professor no Departamento de Geografia, da Universidade do Minho e Investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território e IdRA – Instituto de l’Aigua – Grupo de Climatologia, um jovem geógrafo brilhante e com uma carreira promissora que interliga as questões climáticas, as sociedades e as múltiplas dimensões da saúde.

  • Apresentação:Marina Lencastre

    Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa. Psicoterapeuta e Supervisora Científica e Clínica na Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica.

    Participação:

    Nuno Ferrand de Almeida

    Professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Fundador do CIBIO, concebeu da Galeria da Biodiversidade e o Museu da Universidade do Porto. Desenvolve parcerias com África através do TwinLab e filmou para a RTP “As Novas Viagens Philosophicas”.

    Paulo Farinha Marques

    Arquiteto Paisagista e Professor Associado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Membro da CIBIO & Biopolis-UP.

    Resumo:

    A partir da sedentarização em torno da agricultura e também da domesticação animal, passamos a conviver no mesmo local com muitos outros animais e plantas e um dos aspetos mais importantes, hoje, consiste na forma como nos organizamos para integrar esta diversidade viva em locais comuns. A investigação em biologia evolutiva, ecologia e paisagismo ajuda a melhor compreender estas relações, mas hoje, mais do que nunca, precisamos de lugares de formação coletiva como os museus. O ensino informal sobre o mundo vivo, e o nosso lugar dentro dele, ajuda-nos a organizar o convívio inter-espécies, sendo que o projeto em paisagismo tem como um dos desígnios centrais o abrandamento da competição e da agressividade, promovendo a pacificação dos espaços de vida.

    O movimento do ‘rewilding’ levanta a questão prática de como conviver com predadores e também com as prezas tradicionais dos humanos. Esta questão coloca-se particularmente em África, sobretudo nas reservas transfronteiriças onde o Nuno esteve recentemente, e onde constatou a presença massiva de conflitos dos humanos entre si e com as outras espécies animais. A importância da cooperação entre as instituições científicas do Norte e do Sul, e do Sul entre si, são fundamentais para a conservação do imenso potencial de biodiversidade africano, em contraponto à presença extrativista da China que não atende aos interesses dos países locais.

    Os TwinLabs apresentam como objetivo promover, de forma cooperativa, o desenvolvimento de estruturas de investigação e de conservação em África, envolvendo os parceiros ocidentais, particularmente os parceiros portugueses. O paisagismo está ausente em África devido a razões históricas ligadas à colonização, mas consiste num recurso importante para organizar os lugares de acolhimento das populações migrantes contemporâneas. O aquecimento global é um tema de investigação essencial do Nuno, Paulo e colaboradores, que criaram o Centro de Mértola no local mais quente de Portugal, para albergar investigadores nacionais e internacionais que estudam de forma imersiva os efeitos concretos das alterações climáticas na ecologia mediterrânica. O envolvimento da população de Mértola e a sua apropriação do Centro leva o conhecimento científico para as pessoas, criando espaços de mediação e de diplomacia entre agentes, humanos e não humanos, mantendo a qualidade de conhecimento livre da Universidade.

  • Apresentação:

    Rui Estrada, Professor Catedrático da Universidade Fernando Pessoa. Investigador do CITCEM da Universidade do Porto.

    Participação:

    Ricardo Jorge Pinto, Professor Associado da Universidade Fernando Pessoa, jornalista, doutor em Estudos Mediáticos pela Universidade de Sussex.

    Renato Ferreira, Doutorado em Ciências da Informação, desde 2013, pela Universidade Fernando Pessoa, onde defendeu uma tese sobre Jornalismo Político. Docente, desde 2020, na Universidade Fernando Pessoa.

    Resumo:

    Neste podcast, refletimos sobre estas questões: a 'indústria do comentário' e o impacto que tem, ou não, na opinião pública. Estão os comentadores a falar entre eles em um mundo fechado ou há uma influência real que decorre desses debates? Os consumidores de informação reflectem sobre a fonte directa (por exemplo, o discurso de PR ou do PM, ou outro) ou sobre o que se comenta imediatamente a seguir a essa mensagem? O comentarismo por vezes procura condicionar o espírito crítico (subvalorizando a mente das audiências) ou confiar em conhecimentos aprofundados (sobrevalorizando a mente das audiências)?

  • Apresentação:

    Daniel Seabra

    Docente da Universidade Fernando Pessoa. Coordenador Científico do Observatório da Violência Associada ao Desporto. Doutorado em Ciências Sociais com dissertação sobre as claques portuenses. Investigador do Hooliganismo, Movimento Ultra e Violência no Desporto.

    Participação:

    Rodrigo Cavaleiro

    Licenciado em Ciências Policiais (Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna). Posto: Subintendente do quadro de pessoal com funções policiais da Polícia de Segurança Pública. Presidente da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no desporto (nomeado, desde 2 de novembro de 2018); Coordenador do Ponto Nacional de Informações sobre o Desporto entre 2010 e 2017; Vice-Presidente do Comité do Conselho da Europa para a segurança nos espetáculos desportivos (desde Abril/2021).

    Resumo:Resultado da parceria entre o projeto Compor Mundos e o Observatório da Violência Associada ao Desporto, este podcast apresenta uma conversa entre o Presidente da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) – Sr. Subintendente Rodrigo Cavaleiro - e Daniel Seabra, coordenador científico do Observatório da Violência Associada ao Desporto.

    Por ele são dadas a conhecer as funções e as atividades desta autoridade para prevenir e combater a violência associada ao Desporto. São dados a conhecer os vários campos de intervenção desta instituição, demonstrando-se assim que esta não visa apenas exercer o seu poder sancionatório. A audição deste podcast permitirá ainda conhecer o contributo da APCVD para a promoção das condições de segurança dos recintos desportivos, assim como para o incentivo à hospitalidade entre os adeptos. Nele são também referenciados e debatidos os dois principais paradigmas de abordagem à violência no desporto.

  • Apresentação:

    Elsa Simões

    Professora Associada na Universidade Fernando Pessoa. Doutorada em Linguística (Discurso Publicitário) pela U. Lancaster (Reino Unido), leciona e publica na área do discurso publicitário.

    Participação:

    Nelson Gomes

    Licenciado pela Universidade Fernando Pessoa em Publicidade, redator publicitário na Caetsu Two e brandkeeper do MAR Shopping Matosinhos

    Rui Sousa-Silva

    Professor Auxiliar da Faculdade de Letras, investigador e Coordenador Científico do Centro de Linguística (CLUP) da Universidade do Porto. Desenvolve investigação em Linguística Forense (análise de autoria, análise e deteção de plágio e cibercrime).

    Resumo:Tendo como ponto de partida as experiências pessoais e profissionais da apresentadora e dos dois convidados deste episódio, conversamos sobre a Inteligência Artificial e uma das suas manifestações mais mediatizadas – o chat GPT – e sobre o modo como ela já está a afetar profundamente as formas de pensar, estudar e trabalhar nos dias de hoje, obrigando-nos a RE-compor os paradigmas que regeram os nossos modos de estar até ao momento presente. Numa conversa que se pretendeu descontraída, foram partilhadas perceções, ideias, descobertas, questionamentos, algumas dúvidas e preocupações, mas também entusiasmo e vontade de saber mais sobre este universo de possibilidades que se abre a todos nós e que ainda agora começamos a configurar.

  • Apresentação:

    Marina Lencastre

    Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa. Psicoterapeuta - Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica.

    Participação:

    Susana Teixeira

    Professora Auxiliar na Universidade Fernando Pessoa. Investigadora nas áreas de Medicina Narrativa e Ética e Integridade da Investigação Científica no Instituto de Inovação e Investigação em Saúde -i3S - Universidade do Porto.

    Resumo:

    O podcast consiste numa conversa em torno das formas como as humanidades e a saúde se podem cruzar na prática. As artes, enquanto instrumentos de desenvolvimento da imaginação, são essenciais tanto nos processos de descoberta científica, quanto no diagnóstico e cura em saúde, e no pensamento crítico. Projetos concretos que cruzam a criação artística e o trabalho científico de laboratório permitem comunicar de forma visual os processos de produção de conhecimento. Trabalhando a linguagem, as artes também ajudam a tornar a observação em saúde mais sensível e detalhada, porque atende à diversidade e expressão individual. As humanidades e as artes ajudam ao envolvimento dos cidadãos na ciência, facilitando a comunicação dos saberes disciplinares em saúde e permitindo um diálogo entre os leigos, os investigadores e os profissionais.

    O espanto, a indignação, a curiosidade e também a reserva de bom-senso cidadãos são formas importantes de regulação do mundo científico e as questões éticas acompanham todo o processo de produção tecnocientífica para garantir a equidade e a devolução dos resultados às comunidades implicadas. A literacia em ciência é essencial para este processo, assim como a capacidade de comunicar o complexo de forma simples, através de vários media e contextos de saúde. A procura de um sentimento de coerência na saúde pode ajudar a explicar a procura de terapias complementares no ocidente, e os cuidados de saúde individualizados e integrados podem ajudar a considerar a pessoa com doença, e não a pessoa doente. Na saúde mental, a injustiça testemunhal face ao sistema diagnóstico pode ser reduzida pela participação cidadã na construção do conhecimento em saúde.

  • Apresentação:

    João Moreira Pinto

    Médico, Cirurgia Pediátrica. Diretor Científico do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa.

    Participação:

    Miguel Soares Oliveira

    Cirurgião pediátrico, ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), atual coordenador do Programa Nacional de Desfibrilação Automática Externa.

    Resumo:

    Como se garante a justiça no aceso à urgência e ao medicamento? O episódio percorre estas questões através dos conhecimentos e percurso profissional do médico Miguel Soares Oliveira, que apresenta o desenvolvimento das modalidades de funcionamento do INEM e das urgências. A criação de equipas fixas e da especialidade são medidas que permitem melhorar o acesso aos serviços de urgência. O INEM, para além das suas funções específicas, promove ainda formação profissional nas competências de urgência e de cidadania. Esta formação é feita nas unidades de saúde e também com a população geral, por exemplo para a utilização do desfibrilador de emergência pelos cidadãos, obrigatório em espaços públicos populosos. O podcast aborda ainda a importância da literacia em saúde, de modo a evitar a sobrecarga nas urgências e a recuperar o manancial de conhecimentos tradicionais e familiares nos gestos de saúde básicos.

  • Apresentação:

    João Moreira Pinto

    Médico, Cirurgia Pediátrica. Diretor Científico do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa.

    Participação:

    Francisco Pavão

    Médico de Saúde Pública. Secretário da Comunidade Médica de Língua Portuguesa.

    Resumo

    A diplomacia médica consiste numa área cada vez mais solicitada pelos sistemas de saúde internacionais e pelos problemas levantados pela saúde global. A diplomacia da saúde global é um termo que tem vindo a ganhar expressão nos últimos 20 anos, embora a diplomacia da saúde já esteja presente na Europa desde o final do século XIX, numa altura em que se fizeram sentir problemas de saúde transfronteiriços, como surtos de peste e de febre amarela. Nos dias de hoje, os médicos e as ciências médicas são solicitados para ajudarem a resolver as questões políticas e geopolíticas levantadas pela saúde global, como foi o caso da epidemia por sars cov2. A ONU representa atualmente o organismo que congrega os atores multidisciplinares principais na promoção das relações de saúde global entre os países e as principais regiões do mundo.

  • Apresentação:

    Joana Queiroz-Machado

    Médica de Medicina Geral e Familiar. Diretora Técnica e Clínica Unidade de Cuidados Continuados do HE-FP.

    Participação:

    Daniela Duarte Silva

    Médica de Medicina Geral e Familiar. Coordenadora da USF Brás Oleiro, ACES Gondomar. Formação Intermédia em Cuidados Paliativos pela ARS Norte. Colabora com o GesPal (Grupo de Estudos em Cuidados Paliativos da APMGF). Docente Convidada da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e Instituto Universitário de Ciências da Saúde – CESPU.

    Resumo:

    Os cuidados paliativos na visão do médico de família são abordados neste episódio. Lidar com as pessoas em fim de vida ou com doença complexa representa uma área específica do cuidar, e levanta questões importantes de comunicação e de relacionamento com os profissionais de saúde e com as famílias. Importa promover uma reflexão sobre as emoções envolvidas em situações de fragilidade e de mortalidade. Os cuidados paliativos tendem a ser aconselhados em momentos cada vez mais precoces, na medida em que são usados para promover a vida e não essencialmente para resolver o processo de morrer. Os médicos de família têm uma proximidade com as pessoas em sofrimento que os torna em interlocutores privilegiados para as pessoas com doença crónica, degenerativa e/ou com necessidade de cuidados paliativos.

  • Apresentação:

    Marina Lencastre

    Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa.

    Participação:

    Rodrigo de Sá-Nogueira Saraiva

    Professor Associado da Universidade de Lisboa. Fundador da Sociedade Portuguesa de Etologia, da Associação Portuguesa de Psicologia Experimental e da Associação Interdisciplinar para o Estudo da Mente.

    Resumo:

    Conversa acerca das origens e desenvolvimento da biologia do comportamento animal e humano. A etologia é apresentada, assim como as questões críticas a que deu origem, nomeadamente a partir das ciências sociais e dos reparos que fizeram à aplicação das observações animais sobre hierarquias, agressão ou comportamentos rituais aos seres humanos. A sociobiologia foi introduzida a partir das suas teorizações mais importantes e estabelecida a sua relação com a psicologia evolutiva. Foram abordadas as consequências da biologia do comportamento para um aprofundamento dos conhecimentos em saúde mental e bem-estar. Os estudos recentes sobre a evolução de uma proto-moral nos animais permitiu tecer considerações relativas ao que pode constituir uma verdadeira ética, descentrada da pessoa, abrindo a discussão sobre a teoria da mente e sobre a evolução das ideias sobre a alma.

  • Apresentação:

    Diogo Guedes Vidal

    Investigador Auxiliar Convidado no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra

    Participação:

    Fátima Alves

    Socióloga, Professora Associada na Universidade Aberta e Investigadora-Coordenadora do grupo de investigação Sociedades e Sustentabilidade Ambiental no Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra.

    Resumo:

    A ideia de progresso, associada à modernidade, é traduzível na dominação da humanidade sobre a Natureza. Tal visão, ancorada numa lógica de Excecionalismo humano, pressupõe que os humanos são fundamentalmente diferentes e superiores a todas as outras espécies e que a história da sociedade humana é de um progresso sem fim. Partindo da experiência de Fátima Alves sobre os processos socioecológicos, neste podcast refletiremos sobre como têm sido pautadas as relações e tensões Sociedade-Natureza e que futuros possíveis se vislumbram para transformar esta relação.

  • Apresentação:

    Paulo Farinha Marques

    Arquiteto Paisagista e Professor Associado - FCUP & Biopolis_UP

    Participação:

    Paulo Célio Alves

    Biólogo e Professor Associado com Agregação - FCUP& Biopolis_UP

    Resumo:

    O avassalador aumento da população humana no Planeta e consequente desaparecimento de recursos naturais fundamentais à sobrevivência como a biodiversidade, reclama redobrada atenção na compensação desta perda. Este esforço implica acentuar a conservação dos ecossistemas naturais e a criação de “ecossistemas de compensação” nos centros de concentração humana, de modo a promover a saúde e bem-estar dos humanos e dos outros seres vivos.

  • Apresentação:

    Marina Lencastre

    Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa.

    Participação:

    Diogo Guedes Vidal

    Investigador Auxiliar Convidado no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra

    Resumo:

    Neste episódio discutido um dos aspetos mais preocupantes da atualidade que está associado com a urbanização crescente das populações humanas: o afastamento do meio natural e dos seus elementos vegetais, animais e geológicos. Esta questão tem recebido a atenção de diversas disciplinas que se ocupam com a saúde e o bem-estar humanos, mas também com a sustentabilidade dos modos de vida e com a preservação dos ecossistemas naturais e da biodiversidade. O conceito de biofilia é o mote para conversar sobre estes temas.

  • Apresentação:

    Susana Teixeira

    Professora Auxiliar na Universidade Fernando Pessoa. Investigadora nas áreas de Medicina Narrativa e Ética e Integridade da Investigação Científica no Instituto de Inovação e Investigação em Saúde -i3S - Universidade do Porto.

    Participação:

    Helena Gonçalves

    Coordenadora do Fórum de Ética da Católica Porto Business School

    José Eduardo Figueiredo Soares

    EDP; Fórum de Ética da Católica Porto Business School

    António Carneiro

    Hospital da Luz Arrábida

    Resumo:

    Este episódio aborda diferentes dimensões da Bioética, desenvolvendo questões éticas da sustentabilidade humana e não humana, da economia e da cultura organizacional, assim como das áreas mais específicas da medicina interna e intensiva. A ética promove o questionamento sobre a natureza do Bem, quer no contexto das organizações/instituições, quer na vida de cada um de nós. Conceitos como esperança e vulnerabilidade e o modo como se articulam nas várias

  • Apresentação:

    Pedro Cunha

    Professor Catedrático da Universidade Fernando Pessoa. Especialista em Psicologia do Conflito, Negociação e Mediação e em Psicodrama.

    Participação:

    Ana Paula Monteiro

    Professora Auxiliar da Universidade de Trás-os-.Montes e Alto Douro. Membro do Centro de Investigação e Intervenção Educativa da Universidade do Porto.

    Resumo:

    O episódio aborda a questão das tecnologias na vida social e o modo como podem afetar as relações entre as pessoas e produzir conflitos de vária ordem e em diversos contextos. A mediação de conflitos nas escolas, na saúde, na justiça, nas famílias, poderá ser uma ferramenta de grande valor numa altura em que as divergências abandonaram a esfera material e se deslocaram para a esfera digital. Problemas diversos como o ciberbullying, a fraude eletrónica (pishing) e outros problemas que emergiram nas redes sociais afetam a saúde e o bem-estar, particularmente dos mais jovens e dos mais expostos à influência digital. Mas as tecnologias também trouxeram grandes benefícios, como foi o caso durante o confinamento causado pela pandemia sars cov2. Juntou pessoas, permitiu o teletrabalho, definiu novas modalidades de relação online na educação e na saúde e também mostrou que, em períodos de sofrimento, sabemos ser solidários.