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  • Em mais uma ciranda da temporada Ritmos, desembarcamos no Uruguai para conhecer o Candombe e finalizar nossa temporada Ritmos Latinos. Uma manifestação de resistência celebrada pelas famílias negras que, por meio da oralidade, preservaram sua cultura nas ruas do centro de Montevidéu, mesmo com todo o racismo que até hoje atravessa o país.

    Chabela Ramírez, cantora e ativista afrouruguaya, nos conduz nesta roda sonora através dos tambores - instrumentos principais do candombe. Com três toques base e uma diversidade de personagens, o ritmo é também dança que honram seus ancestrais.

    O candombe é uma manifestação cultural de luta por justiça racial e bem viver. Chabela criou na década de 90 o Afrogama - grupo que trabalha gênero e etnia em canto e dança antirracista. E, há 12 anos, ela fundou a Casa Afrouruguaya, referência da cultura afrodescente e espaço de denúncia contra o racismo na capital uruguaia.

    Produção e roteiro: Raquel Baster

    Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Edição de som: Iago Vernek

    Divulgação: Ana Clara Pecis

    Trilha sonora: músicas de Chabela Ramírez do álbum de “Tambores y de Amores”

    Referências

    https://www.youtube.com/watch?v=pLZ_yU04tsw

    https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/12024/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Marcela%20Monteiro%20Rabelo.pdf

    https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/196009/000402948.pdf?sequence=1

    https://www.brasildefato.com.br/2021/12/03/tambores-que-falam-antirracismo-e-feminismo-no-candombe-afrouruguaio

    https://montevideo.gub.uy/noticias/servicios-sociales/barrio-ansina-lugar-de-memoria

    https://revistamovimiento.com/historia/joaquin-lenzina-ansina-lealtad-al-protector-de-los-pueblos-libres-y-a-la-causa-por-la-emancipacion/

    http://www.candombe.com/html_port/terms.html

    https://www.gub.uy/ministerio-educacion-cultura/patrimonio-uruguay/candombe-patrimonio-humanidad

    https://casaafrouruguaya.org/quem-somos/



  • O Tango se achega em sua versão feminista neste segundo episódio da temporada Ritmos Latinos. Conversamos com Shirlene Oliveira, uma brasileira que canta tango desde 2012 em Buenos Aires, Argentina, e afirma que o ritmo é marginal, negro e periférico.

    Apesar de tentarem negar, o tango é uma composição musical, que também é dança, resultado de uma confluência entre o candombe, de negros escravizados e da habanera. Esse último, um ritmo trazido pelos marinheiros cubanos que chegaram pela região do Rio de La Plata.

    Nossa ciranda busca compreender os contextos migratórios, históricos e das muitas reinvenções do tango ao longo dos séculos. Para que possamos refletir sobre a tentativa de invisibilizar a cultura negra em um dos países considerados mais europeus da América Latina.

    Produção e roteiro: Raquel Baster

    Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Edição de som: Iago Vernek

    Divulgação: Ana Clara Pecis



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  • No primeiro episódio da temporada Ritmos Latinos apresentamos a cueca - uma manifestação cultural chilena - que foi fundamental para a resistência e denúncia durante períodos políticos autoritários no Chile. A cueca provocava a importância da ocupação dos espaços públicos pela música, alegria e defesa da vida.

    Nossa ciranda é conduzida pelo coletivo Calila Lila, uma forte expoente feminista da cueca chilena, cantada por seis mulheres que se revezam nos instrumentos, canto e performances. Elas apresentam personagens que espelham o cotidiano de mulheres, muitas das vezes invisibilizadas. Em 2024, completam 10 anos de grupo representando a nova geração de cantoras da cultura popular.

    Calila Lila já lançou três álbuns, o mais recente “Prende La Velita, canto poder curativo”, que apresenta cuecas clássicas na perspectiva da diversidade étnico racial de mulheres. O coletivo busca encontrar sons e ritmos que transmitam suas inquietações dentro do ambiente cuequero - nem sempre aberto a todas as vozes, apesar de essa ser sua essência.

    Produção e roteiro: Raquel Baster

    Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Edição de som: Iago Vernek

    Divulgação: Ana Clara Pecis

    Referências

    https://www.instagram.com/calilalilacolectivo/reels/

    https://www.youtube.com/channel/UCVpdZIbhlaKuymwZsvpmFlQ

    https://www.youtube.com/watch?v=-o6j0waVBJQ

    https://www.memoriachilena.gob.cl/602/w3-article-8645.html⁠

    ⁠https://www.amazon.com.br/Pego-grito-cualquier-parte-Christian-ebook/dp/B08X8JGTBK⁠

    ⁠https://www.libreriadelgam.cl/libro/cancionero-de-la-cueca-chilena_78932⁠

    ⁠https://www.bcn.cl/leychile/navegar?idNorma=224886⁠

    ⁠https://cantorasdelnorteneuquino.neuquen.gob.ar/wp-content/uploads/2020/07/la-cueca-alegria.pdf⁠

    GARRIDO, Pablo. Biografía de la cueca. Santiago de Chile: Editorial Nascimento, 1976.

    MATAVELI, Danilo . Da zamacueca à cueca sola: sujeitos políticos na cultura popular latino-americana. Revista Entrecaminos , v. 4, p. 190-202, 2020.

  • No último episódio da temporada "Justiça Reprodutiva" desembarcamos no sertão nordestino. Na Aldeia Brejo dos Padres, Território Indígena Pankararu, no município de Tacaratu, Pernambuco. Nossa ciranda termina com mãe Dôra, referência em parteria tradicional e saúde para sua comunidade e para além dela.

    Patrimônio Vivo de Pernambuco, mãe Dôra já realizou mais de mil partos entre aldeias e também ajudou mulheres em situação de aborto. Esse cuidado foi imprescindível inclusive para uma mulher que precisava realizar o procedimento de aborto legal e foi rejeitada pelo hospital do Recife.

    Por ainda ocorrer tais situações que precisamos debater sobre a descriminalização dos corpos e compreender quais são os caminhos seguros para realização de um aborto. Tanto o parto como o aborto são realidades que precisam ser debatidas pela sociedade. O fato de ser crime não impede de abortar, só mata mais mulheres.

    Apoio: Edital Futuro do Cuidado

    Produção, roteiro e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Apoio reportagem: Bia Panakraru

    Edição de som: Fernanda Carvalho

    Divulgação: Ana Clara Pecis

  • Nesse segundo episódio da temporada do Cirandeiras sobre Justiça Reprodutiva conversamos com parteiras amazônidas.

    Benta Martins Carvalho, ou dona Benta, é parteira há mais de 50 anos, e relembra em meio à risadas como foi o primeiro parto que realizou e fala orgulhosa sobre o ofício que percorreu gerações na sua família. Atualmente, já são mais de 100 partos. Dois foram partos de seus próprios filhos.

    Fomos até o Amazonas para dialogar também sobre outros direitos reprodutivos. A Pesquisa Nacional de Aborto de 2021 mostra que uma em cada sete mulheres, com idade próxima aos 40 anos, já fez pelo menos um aborto no Brasil. O levantamento ouviu 2 mil mulheres em 125 municípios. No entanto, essa pesquisa concentra suas análises sobre as áreas urbanas e de mulheres alfabetizadas.

    A opção aqui foi jogar luz sobre outras realidades, trazemos o cenário ribeirinho e amazônico do país, onde mulheres negras e indígenas também se deparam com momentos em que a gravidez se interrompe.

    Como as parteiras tradicionais da região Norte elaboram essas vivências e o que elas pensam sobre Justiça Reprodutiva?

    Viajamos de barco até a floresta amazônica, onde os rios demarcam e conduzem as formas de atuação.

    Apoio: Edital Futuro do Cuidado

    Produção, roteiro e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Apoio reportagem: Maria Mercês Bezerra

    Edição de som: Fernanda Carvalho

    Divulgação: Ana Clara Pecis



  • No primeiro episódio da temporada “Justiça Reprodutiva” - parteiras tradicionais, o cuidado e o aborto -, conheça as histórias de partos de Gracilda Gonçalina Amajunepá. Parteira indígena do povo Umutina-Balatiponé, localizado no Mato Grosso. Gonçalina já viveu de tudo nesse ofício que herdou da mãe há mais de cinco décadas. E sempre foi guiada pelo desejo de cuidar e acolher mulheres em seus momentos mais importantes de suas vidas reprodutivas.

    Para falar de corpos, partos e abortos nem sempre precisamos provocar debates entre sim e não, a favor e contra ou envolver moral, religião e política. Nesta temporada, o foco está na saúde, nos braços que seguram um bebê recém-chegado e que também não soltam as mãos da mulher que gesta ou que aborta. O dom da parteria é transmitido pela oralidade, pela vivência, não está apenas nos livros. E o cuidado integral se consagra no gesto e no olhar.

    A enfermeira obstétrica e ativista pelos direitos reprodutivos há 30 anos, Paula Viana abre essa conversa sobre parteria e abortamento, destacando a ética do cuidado. Há muita convergência entre o parto e o aborto, em que mulheres se cuidam, se acolhem e sobrevivem. Ao compreendermos o partejar, alcançamos o aborto como um tema de saúde, diário e comum. Justiça Reprodutiva é o direito de ser e de não ser mãe, é garantir acesso e condição de planejar ou de maternar.

    Apoio: Edital Futuro do Cuidado

    Produção, roteiro e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Apoio reportagem: Helena Indiara Corezomaé

    Edição de som: Fernanda Carvalho

    Divulgação: Ana Clara Pecis

    Links de referências:

    https://azmina.com.br/reportagens/medicos-quebram-sigilo-e-denunciam-mulheres-por-aborto/

    https://azmina.com.br/reportagens/por-tras-dos-antidireitos-na-america-latina/

    https://azmina.com.br/reportagens/abortos-atendidos-pelo-sus-sao-feitos-com-procedimento-ultrapassado/

    https://azmina.com.br/reportagens/misoprostol-o-remedio-para-aborto-que-poderia-salvar-vidas/

    https://azmina.com.br/reportagens/quando-o-aborto-encurta-o-luto-e-alivia-o-sofrimento/

    https://mapaabortolegal.org/category/fazem-aborto-legal/

    https://www.scielo.br/j/csc/a/mDCFKkqkyPbXtHXY9qcpMqD/abstract/?lang=pt

    https://www.instagram.com/cirandeiraspodcast/

    https://www.instagram.com/projeto.vivas/

    https://museucasaborges.wordpress.com/2020/09/26/balatipone-umutinapassado-presente-futuro/

    https://vidadejornalista.podbean.com/e/helena-corezomae-e-a-coragem-de-abrir-portas/

    https://radioguardachuva.com.br/




  • Você conhece os bastidores e desafios de uma candidata na corrida eleitoral?

    Nós acompanhamos por dois meses a construção e oficialização das campanhas de duas candidatas a deputada estadual em Minas Gerais nas eleições de 2022.

    Neste episódio especial, apresentamos o cotidiano e os desafios das candidatas Ana Paula Siqueira (Rede), que tenta a reeleição, e Maria Tereza dos Santos, a dona Tereza (PT), que disputa pela primeira vez. 

    É preciso coragem para ocupar um espaço de poder e entrar nessa empreitada eleitoral porque ela é muito desigual. Em Minas Gerais, por exemplo, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), entre as 2,5 mil pessoas que vão concorrer a cargos políticos pelo estado neste ano, somente 32% são mulheres.

    Queremos te ajudar a compreender os caminhos percorridos por candidaturas femininas, e colaborar para que mais representantes feministas possam ser eleitas este ano.

    Este episódio faz parte da Campanha #CompartilheInformação #CompartilheDemocracia, uma parceria do Cirandeiras com a Artigo 19 e Perifa Connection

    Produção e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Finalização e edição de som: Fernanda Carvalho

    Créditos das trilhas sonoras: áudios da TV senado na abertura do episódio e música final 'Desgoverno' de Zeca Baleiro

    Divulgação: Pedro Miranda

    Apoio: Artigo 19 e Perifa Connection 

  • Maria Eliene Pereira do Vale é pescadora e marisqueira da comunidade de Jardim, no município de Fortim, no Ceará. Aprendeu a pescar e a catar caranguejo em família e a lutar pela sua categoria de pescadora artesanal na catequese e com outras mulheres dos movimentos sociais.

    Neste episódio da temporada Oceanos do Cirandeiras convidamos Maninha, como gosta de ser chamada, para nos contar sobre as consequências do derramamento de petróleo na costa brasileira ocorrido há quase 3 anos. Os impactos ainda são visíveis e sentidos pelas comunidades tradicionais pesqueiras.

    Os mares, considerados pulmões do mundo, têm sofrido muito com as instalações de grandes empreendimentos sob a justificativa de desenvolvimento e conquista de energia limpa. E são as comunidades onde Maninha vive que vêm nos chamando a atenção para a necessidade de preservação de nossas águas.

    Produção e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Finalização e edição de som: Fernanda Carvalho

    Créditos das trilhas sonoras: Thayana Barbosa

    Divulgação: Pedro Miranda

    Apoio: Calouste Gulbenkian Foundation (UK Branch), Internews Environmental Journalism Network (EJN) e UN Ocean Conference

    Links relacionados:

    https://super.abril.com.br/mundo-estranho/de-onde-vem-o-oxigenio-que-respiramos/

    http://www.ibama.gov.br/manchasdeoleo-localidades-atingidas

    http://www.ibama.gov.br/phocadownload/emergenciasambientais/2020/manchasdeoleo/ibama-manchasdeoleo-desmobilizacao-cartilha_v2.pdf

    http://www.cppnacional.org.br/noticia/mais-de-dois-anos-ap%C3%B3s-chegada-das-manchas-de-petr%C3%B3leo-que-provocaram-o-maior-crime

    https://g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/noticia/2021/12/02/pf-conclui-investigacao-e-diz-que-navio-grego-foi-responsavel-por-derramamento-de-oleo-que-atingiu-litoral-brasileiro.ghtml

    https://petronoticias.com.br/exxonmobil-recebe-licenca-do-ibama-para-iniciar-perfuracao-de-pocos-em-sergipe-alagoas/

    https://racismoambiental.net.br/2020/08/19/pandemia-agrava-situacao-de-marisqueiras-e-pescadores-no-ceara/

    https://apublica.org/2022/01/exploracao-de-petroleo-ameaca-a-foz-do-rio-sao-francisco/?amp

    https://casa.org.br/pesquisa-da-fiocruz-apoiada-pelo-fundo-casa-traz-alivio-e-contribui-com-articulacao-entre-comunidades-atingidas-pelo-vazamento-de-petroleo-no-nordeste/

    https://www.wwf.org.br/?76948/Vazamento-de-petroleo-completa-um-ano-sem-solucao

  • Neste episódio da temporada Oceanos do Cirandeiras convidamos Gicléia Maria da Silva Santos, pescadora artesanal, do município de Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, para nos contar sobre os impactos do Complexo Portuário e Industrial de Suape.

    As praias e os manguezais protegidos pelas comunidades tradicionais de pescadores vem perdendo espaço para a destruição ambiental, provocadas pela instalação desse megaprojeto. A retirada forçada de povos de seus territórios e aumento das desigualdades sociais também são consequências.

    A rotina de antigamente em Cabo de Santo Agostinho era dançar ciranda e coco - manifestações do povo negro, que Gicléia tem orgulho de ter aprendido com a avó Antonieta Maria da Paz. Mas nos últimos anos as danças pararam por conta da pandemia da Covid-19 e também pelas muitas alterações nos modos de vida impostas pelo desenvolvimento econômico do Governo de Pernambuco e das mais de 100 empresas que operam o Complexo de Suape.

    Produção e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Finalização e edição de som: Fernanda Carvalho

    Créditos das trilhas sonoras: Thayana Barbosa e Casas Populares da BR 232

    Divulgação: Pedro Miranda

    Apoio: Calouste Gulbenkian Foundation (UK Branch), Internews Environmental Journalism Network (EJN) e UN Ocean Conference

    Links relacionados:

    https://ejatlas.org/conflict/complexo-industrial-portuario-de-suape-cips-pernambuco-brazil

    http://suapepeloavesso.marcozero.org/

    https://reporterbrasil.org.br/2017/11/suape/

    https://prefeitura.cabo.pe.gov.br/pagina/turismo/

    https://www.plataformadh.org.br/2018/05/07/plataforma-dhesca-realiza-missao-no-cabo-de-santo-agostinho-pe-para-identificar-violacoes-de-direitos-humanos-e-ambientais-pelo-complexo-industrial-portuario-de-suape/

    https://forumsuape.blogspot.com/

    documentário Território Suape: https://www.youtube.com/watch?v=4lXNqfoKNwo

    https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/06/04/interna-brasil,686033/ataques-de-tubarao-25-anos-de-medo-nas-praias-em-recife.shtml

  • O Cirandeiras está de volta em sua terceira temporada intitulada “Oceanos” que irá navegar por mares atingidos pela exploração humana dos megaprojetos de desenvolvimento no Brasil.

    Neste primeiro episódio conversamos com Eliane Balke, moradora da comunidade de Barra Nova Sul, ilha de Campo Grande, no município de São Mateus, Espírito Santo. Eliane tem 54 anos, é filha e neta de catadores de caranguejos. Aprendeu em família a pescar e a catar crustáceos.

    Vivia em um território de fartura e abundância no litoral capixaba, até que em 2015 foi atingida pela lama do rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, em  Mariana, Minas Gerais.

    E tudo mudou.

    Sua identidade era a água doce e salgada, suas relações comunitárias eram entrelaçadas com o mangue e o mar. Agora a pimenta rosa se torna alternativa de geração de renda, pelas próprias mãos dela, já que o processo de reparação ainda não saiu do papel - quase 7 anos depois do rompimento. E o mar não pode ser mais seu local de trabalho porque foi contaminado pelos rejeitos da mineradora.

    Produção e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Finalização e edição de som: Fernanda Carvalho

    Créditos das trilhas sonoras: Thayana Barbosa

    Divulgação: Pedro Miranda

    Apoio: por Calouste Gulbenkian Foundation (UK Branch), Internews Environmental Journalism Network (EJN) e UN Ocean Conference

    Para ler posicionamento Fundação Renova enviado no dia 18 de maio de 2022 via e-mail: https://docs.google.com/document/d/1hC3yRNvMoe0JlHcyS-1_IkU_GAM43W2Y1m7BlN5aito/edit

    Links relacionados:

    http://www.mpf.mp.br/grandes-casos/caso-samarco

    https://www.agazeta.com.br/es/cotidiano/crimes-no-mangue-colocam-em-risco-berco-da-natureza-e-cultura-capixaba-0620

    https://portal.fiocruz.br/noticia/estudo-aponta-contaminacao-por-metais-em-peixes-do-rio-doce

    https://www.otempo.com.br/cidades/tragedia-de-mariana-pesquisadores-apresentam-estudos-de-reparacao-do-rio-doce-1.2608760

    https://mab.org.br/2022/02/03/camara-dos-deputados-promove-audiencia-para-discutir-acordo-de-repactuacao-do-rio-doce/

    https://www.conjur.com.br/2021-dez-27/cnj-mediara-negociacoes-repactuacao-rio-doce-fevereiro

    http://www.ibama.gov.br/cif#:~:text=O%20CIF%20%C3%A9%20presidido%20pelo,Bacia%20Hidrogr%C3%A1fica%20do%20Rio%20Doce.

    http://www.ibama.gov.br/phocadownload/cif/tac-gov/2018-06-25-cif-tac_governanca.pdf

  • Pedimos licença para abrir o período das folias de reis - 25 de dezembro a 06 de janeiro - com o último episódio da Temporada Ritmos com o grupo Diadorina. 

    Três irmãs Sajni Damiana, Diana e Daiana Campos formam o grupo a partir do Ponto de Cultura Seu Duchim, no município de Chapada Gaúcha, região norte de Minas Gerais. A partir de pesquisas com as folias de reis e vivências nos terreiros, elas cantam e encantam sobre os modos de vida sertaneja. 

    As sonoridades dos três reis magos se encontra com os causos de amor e conflito, violência e força, alegria e tristeza do Grande Sertão Veredas de João Guimarães Rosa que juntos dão o tom neste episódio do Cirandeiras. Diadorim, personagem emblemática da obra, símbolo de uma forte renúncia, é inspiração para o grupo Diadorina.

    Nos despedimos então dessa bonita temporada com muita viola, tambor e pandeiro porque como as irmãs mesmo dizem: "Diadorina não anda sozinha (...) Permitimos conhecer o Sertão a partir da saia da mulher, por não haver forma de maior conhecimento. Quer saber como se vive aqui, permita-se entrar debaixo da saia da rainha do mundo”.

    Bora brincar de folia no terreiro?

    Produção e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Finalização e edição de som: Fernanda Carvalho

    Créditos das trilhas sonoras: grupo Diadorina, grupo de folia de reis Ouro, Incenso e Mirra  e cantigas de domínio público

    Links relacionados:

    Grupo Rosa e Sertão - Diadorina

    http://rosaesertao.blogspot.com/2018/03/diadorina-meu-amor-licenca-senhor-e.html

    Soundcloud - Diadorina

    https://soundcloud.com/search?q=DIADORINA

    Matéria Joana sobre o povo Xacriabá

    https://projetocolabora.com.br/especial/fome-seca-resistencia-na-terra-indigena-xakriaba/

  • Perre, guerra, baião e macumba do caboclo são alguns dos sons de um folguedo bailado chamado Caboclinho. Os brincantes vestidos de indígenas e estalando os arcos flechas, conhecidos como preacas, executam suas danças e manobras nas ruas durante o carnaval.

    Quem nos conta tudo isso em nosso penúltimo episódio da Temporada Ritmos é Taisa Coutinho, de 29 anos, mestra do grupo Caboclinho Potiguares, da cidade de Goiana, em Pernambuco. Ela nasceu dentro da brincadeira e vem ocupando funções que antigamente eram restritas aos homens, como “chacoalhar um mineiro”.

    Pegue o fone de ouvido e venha aprender sobre as danças brasileiras seculares e como elas traduzem as representações coletivas a partir de rituais e crenças de nossos povos originários e de matriz africana.

    Produção e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Finalização e edição de som: Fernanda Carvalho

    Créditos das trilhas sonoras: Grupo Caboclinho Potiguares e  Grupo Caboclinho Sete Flechas

    Links relacionados:

    https://corpoemfluxo.com/caboclinhos/

    http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1600

    Artigo O Caboclinho como afeto: https://www.revistas.ufg.br/hawo/article/view/65661/36255

    Danças Brasileiras Instituto Brincante: https://www.youtube.com/watch?v=p4w-hsnnmSo

  • “Tem dia, quando estou me arrumando pra sambar, fico transformada”

    É assim que Ricardina Pereira da Silva, conhecida como Dona Cadu, de 101 anos, de Coqueiros, município de Maragogipe-BA, resume o samba de roda, o ritmo da vez do EP#31 do Cirandeiras. Estamos próximos de finalizar essa temporada e não poderíamos deixar de apresentar o som que reina em praticamente todos os cantos do Brasil.

    Mas talvez nem todos saibam que o samba vem do semba de origem africana e que se tornou popular no Recôncavo baiano. De lá, inspirou o samba carioca e o país inteiro. E aquela aglomeração gostosa, com samba no pé, é tudo que estamos precisando, né?

    Enquanto a pandemia da Covid-19 ainda não nos permite essa alegria, vem escutar Dona Cadu, que foi pedra fundamental para que essa manifestação do samba se tornasse patrimônio da humanidade e desconstruísse muitos preconceitos.

    Produção e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Finalização e edição de som: Fernanda Carvalho

    Créditos das trilhas sonoras: domínio público, cantorias de Dona Cadu e álbum samba das raparigas Saubara

    Links relacionados

    Sambadeiras do Recôncavo Baiano entrevista concedida a pesquisadora Clécia Queiroz: https://www.youtube.com/watch?v=vG9YB4taCqQ

    Doc Mulheres do Samba de Roda: https://www.youtube.com/watch?v=Suq9E24YQwI

    Programa Saberes - Histórias do Recôncavo - Dona Cadu: https://www.youtube.com/watch?v=4V-ns9sMfPU

  • O carimbó é uma manifestação cultural envolvente. Um encontro entre as manifestações indígenas e africanas. E vem sendo ressignificada através da força das mulheres das águas.

    Em nosso episódio 30 do Cirandeiras e 7º da temporada Ritmos, te convidamos a adentrar uma paisagem sonora da floresta amazônica, na região norte do Brasil, para mergulharmos no som que vem do rio Tapajós como fonte de inspiração.

    Quem vem nos apresentar o ritmo é Valdinéia Sarué, da etnia Munduruku, integrante do primeiro grupo de carimbó formado por mulheres indígenas do Brasil - as Suraras.

    Então coloque os fones no ouvido porque queremos ver vocês tudim dançando e mexendo todos os sentidos por aí.

    Produção e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Finalização e edição de som: Fernanda Carvalho

    Créditos trilhas sonoras: Grupo Suraras, Blue Dot Sessions, Samuel Corwin e Sonnik

    Links citados e ou relacionados neste episódio:

    https://www.facebook.com/SurarasDoTapajos

    https://www.youtube.com/channel/UCGejMpVA_Juj3-Y-CI96fRw/featured

    https://www.instagram.com/surarasdotapajos/

    https://www.brasildefato.com.br/2020/12/04/empoderamento-femino-conheca-a-luta-cantada-das-guerreiras-suraras-do-tapajos

    https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/munduruku-denunciam-ataque-de-garimpeiros-em-jacareacanga-pa

    https://www.camara.leg.br/noticias/779075-ccj-conclui-votacao-de-projeto-sobre-demarcacao-de-terras-indigenas

    https://ufmg.br/comunicacao/noticias/associacao-de-mulheres-indigenas-suraras-do-tapajos-lanca-primeiro-album-musical

  • Quem aí em momentos de paixão eufórica não sentiu necessidade de exprimir seu encantamento através de versos?

    A gente por aqui está explodindo de amor declarado pelo novo episódio da Temporada Ritmos.  Voltamos a Paraíba para apresentar uma manifestação cultural que embalou muitos corações, mas que há alguns anos vem sendo ocupada por vozes femininas para ecoar outras pautas.

    De um universo tradicionalmente masculino, a milenar arte do Repente vem sendo desafiada a improvisar cantorias de luta por espaços mais igualitários de poesia cantada.

    No EP#29, quem vem cirandar é a repentista Soledade Leite, de 78 anos, que desde os 8 brinca de cantar versos. A poetisa da viola vem recontar as histórias dos antigos cordéis e ensinar que “mulher consciente não aceita os domínios machistas de ninguém”.

    Produção e apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster

    Edição de som: Fernanda Carvalho

    Links citados neste episódio:

    https://www.paraibacriativa.com.br/artista/maria-da-soledade-leite/

    https://www.acervoayala.com/acervo/nossa-historia-em-poesia-publicacao-digital-gratuita/

  • Neste mês junino, pedimos licença convidando vocês a se aprontarem em bandeirolas e comidas típicas, dentro de casa mesmo, para escutar com estilo nosso novo episódio.

    No EP#28 do Cirandeiras e o quinto da temporada Ritmos vamos arrastar o pé com o Cacuriá direto do Maranhão, Nordeste do Brasil. E quem vem cirandar conosco para contar tudo sobre essa brincadeira cheia de malemolência sensual é Rosa Reis, cantora e responsável hoje por continuar o grupo cacuriá de Dona Teté. Uma grande mestra encantada da cultura popular maranhense.

    A ideia dos festejos juninos no Maranhão é uma homenagem a quatro santos: Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. E, em meio a essas homenagens, tem comidas regionais deliciosas e muitos sons de tambores como do bumba-boi, tambor de criola e o cacuriá. No entanto, este último ritmo surgiu mesmo em outra festa religiosa.

    Quer saber sua origem? Então bora fazer uma grande celebração aí de onde estiver, mesmo sem poder aglomerar, colocando seus fones, arriscando na cozinha pratos que te lembrem a festa junina e mexendo um pouco esse corpitcho com toda orientação bonita de Rosa e a iluminação de Dona Teté.

    Produção e Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster.

    Edição de som: Fernanda Carvalho

    Créditos trilha sonora: Músicas Rosa Reis e grupo cacuriá de Dona Teté, Axletree, Blue Dot Sessions, Crowander, Xylo-Ziko

    Link citados no episódio:

    https://imirante.com/oestadoma/noticias/2020/06/26/cacuria-uma-tradicao-do-sao-joao-do-maranhao/

    https://www.youtube.com/channel/UCVEjpmun8KMbEN-zZKtcR4A (Canal youtube cacuriá de Dona Tete)

  • Já falamos aqui de Cavalo Marinho, Coco de Roda e Marabaixo. Culturas do Nordeste e do Norte do nosso país. Agora, no episódio 27 do Cirandeiras – o quarto da temporada Ritmos – vos apresentamos o Jongo, do Sudeste brasileiro. E quem nos deu as mãos foi Laura Maria dos Santos, arte educadora e mestre jongueira do Quilombo Campinho da Independência, em Paraty, no Rio de Janeiro. Nesta conversa com ela, saímos emocionadas e transformadas, para além de conhecer mais uma manifestação cultural que conta a história do Brasil. Entre tantas coisas bonitas que Laura fala, uma delas é que o conhecimento é sagrado e passá-lo adiante é uma obrigação, mas o eurocentrismo fez disso um negócio. Para a educadora jongueira e para nós (jornalistas do Cirandeiras) partilhar é uma missão. Então, bota o fone aí pra aprender um pouquinho com o nosso povo negro, entrar nesta roda de energia e jongar?
    Produção e Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster.
    Edição de som: Fernanda Carvalho
    Links para conhecer mais:
    Documentário sobre o Jongo e o Quilombo Campinho: https://youtu.be/GQb5UNHXRYk
    Mais sobre o Jongo: https://www.youtube.com/watch?v=VF0kvrdXZjE

  • Do Nordeste ao Norte. Chegamos a Macapá para conhecer o marabaixo. Uma forma maravilhosa de expressão elaborada pelas comunidades negras do estado do Amapá, manifestada especialmente por meio da dança e das cantigas denominadas “ladrão”.
    Esses lamentos “roubados” eram cantados antigamente no porão do navio que vinha da África ao Brasil. No mar abaixo, no mar acima, assim como o movimento das ondas.
    “Eu sou pelo toque do meu tambor”
    Para cirandar conosco e nos apresentar essa cultura popular de resistência - Laura Ramos. Foi ela quem disse essa frase bem ressonante aí de cima. Laura é pedagoga, tocadora de tambor de Batuque, fundadora do bloco amapaense Ancestrais e militante do Movimento Negro Feminista.
    Quando Laura entoa o seu canto com as perguntas dos versos, todos respondem num só momento, bem alto, para marcar os encontros especiais de cantorias do Marabaixo.
    Link citados no episódio:
    Percursos da tradição Sesc - dança do marabaixo: https://www.youtube.com/watch?v=Wmud0XEqN4s
    Brincadeira do Marabaixo: https://www.youtube.com/watch?v=ba4K9uNMO90
    Dossiê do marabaixo - IPHAN: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/DOSSIE_MARABAIXO.pdf
    Produção e Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster.
    Edição de som: Fernanda Carvalho
    Créditos trilha sonora: Blue Dot Sessions, Crowander, Pompey, The Marian Circle e composições originais de Laura Ramos

  • Continuamos a percorrer os Brasis ouvindo mulheres que resistem através da brincadeira das manifestações populares. Pelos quatro cantos do país, conhecemos a cultura local através de trilhas sonoras que vão dos pés, passa pelo umbigo e chega aquecendo os corações.

    No segundo episódio da temporada Ritmos, pisamos na Paraíba para conhecer o coco de roda, originado do encontro nordestino da cultura quilombola com indígena, no trabalho da quebra dos cocos para a retirada da amêndoa. Entrevistamos Severina Luzia, mais conhecida como Cida de Caiana, mestra do grupo Desencosta da Parede, da comunidade quilombola Caiana dos Crioulos. 

    Do sertão ao litoral paraibano, o coco de roda agrega mulheres principalmente na cantoria e na dança, mas a ocupação nos instrumentos de pandeiro, ganzá, zabumba, caracaxás e cuícas tem crescido. Vem fazer escuta desse grande folguedo que reúne todos e todas para brincar. 

    E depois vai no instagram @cirandeiraspodcast ou em nosso facebook contar se mexeu os pezinhos por aí?

    Coco e ciranda patrimônio de João Pessoa

    https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2021/01/05/lei-reconhece-coco-de-roda-e-ciranda-como-patrimonios-culturais-imateriais-de-joao-pessoa.ghtml

    Trailer documentário No caminho do coco: https://vimeo.com/182948696?fbclid=IwAR16qJqxRgUQ1CWDUVjfloZfYjNAyssu8qE4VxT7t6NgGxsW6avTcHckAxc

    Roda em Caiana: https://www.youtube.com/watch?v=V7O_XpY4gBA

    Produção e Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster. 

    Edição de som: Fernanda Carvalho

  • A segunda temporada de Cirandeiras abra a roda para os muitos ritmos brasileiros, embalada pela trajetória feminista na cultura popular.

    Continuamos a percorrer os Brasis ouvindo mulheres que fazem revolução, resistência e arte, aprendendo com a história dos nossos povos originários.

    Neste primeiro episódio, conhecemos o Cavalo Marinho – expressão da zona da mata pernambucana que resiste há centenas de anos.

    Entrevistamos Imaculada Salustiano, mestra do primeiro grupo de Cavalo Marinho de Mulheres, o Flor de Manjerona, criado em 2019.

    Prepare-se para se encantar ao som da rabeca, do pandeiro e dos vários instrumentos e personagens reais e imaginários que compõem o espetáculo teatral, dançante e musical do Cavalo Marinho.

    Links citados no episódio para aprofundar mais:
    Aula dos passos: https://www.youtube.com/watch?v=jLB3iQKmaVA
    Filmes e vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=EVOZAf4vucY
    https://youtu.be/W_8l-tP5-6s
    https://www.youtube.com/watch?v=W_8l-tP5-6s
    https://youtu.be/BvmCvtwGgkE
    https://youtu.be/zzSnpeLLcXU
    Desenho sobre mestre Salu e o Cavalo Marinho: https://youtu.be/eMVmqu6I-jw
    Toada de Cavalo Marinho na Rabeca: https://youtu.be/CkXKEl5emeE

    Flor de Manjerona: https://www.instagram.com/flordemanjerona/
    Estreia:https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2019/12/tradicional-encontro-de-cavalo-marinho-na-casa-da-rabeca-completa-25.html
    https://www.facebook.com/jornalistaslivres/videos/3235041419901019
    https://www.instagram.com/p/CCrAN3fn4E_/

    Entrevista com as mulheres do Flor de Manjerona: https://www.youtube.com/watch?v=kjO36oFdNkI

    Vai lá em @cirandeiraspodcast no Instagram ou no Facebook conversar com a gente!
    Produção e Apresentação: Joana Suarez e Raquel Baster.
    Edição de som: Fernanda Carvalho