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Marcando uma clara diferença em relação à sua antecessora, o novo PGR deu a primeira entrevista distanciando-se de Lucília Gago que “não estava a jogar nada” e tiveram de o ir buscar a ele à assistência. Falta confirmar se a equipa do Ministério Público vai de facto passar a jogar de maneira diferente.
Também do final da semana passada sobram as palavras do governador do Banco de Portugal com avisos quanto à trajectória da despesa líquida e a previsão de que, se nada for feito, os défices orçamentais estarão de regresso.
A imprevisibilidade é um dos grandes desafios para quem tem de governar, seja em Portugal, na Europa ou no resto do mundo. O político que mais influência vai ter nos destinos europeus é bem capaz de ser Donal Trump.
Pedro Siza Vieira e Pedro Marques debateram estes temas na Culturgest, nos “Encontros Fora da Caixa”, uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos com o Expresso como Media Partner.
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O fim-de-semana passado, Emmanuel Macron procurou recuperar a iniciativa política e reabriu a Notre Dame juntando Donald Trump e Vlodomir Zelensky. Paris foi o centro do mundo por um dia. Inesperadamente, Assad foi apeado do poder, fugiu para Moscovo e abriu-se uma grande incógnita na Síria: vale a pena ser optimista? O novo poder ainda não se tinha instalado e as bombas das grandes potências começaram de novo a cair, bombas turcas contra os curdos, bombas americanas contra a Al-Qaeda e bombas israelitas por antecipação a ataques que possam vir da Síria. Irão e Rússia, os grandes derrotados, tinham apenas a preocupação de não perder os canais de comunicação com quem derrotou o seu protegido.
Por cá, a ministra da cultura foi chamada a defender as suas decisões e passou ao ataque, acusando o anterior ministro de assalto ao CCB.
Mais estrutural, os políticos aproveitaram o dia internacional contra a corrupção para voltarem a fazer declarações de circunstância, dizendo que desta vez é que é. O Chega aproveitou para fazer da circunstância tema para as suas jornadas parlamentares, onde a estrela acabou por ser Santana Lopes.
O Bloco Central tem como comentadores residentes Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes.
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Da comunicação ao país feita pelo primeiro-ministro, para nos sentirmos seguros num dos países mais seguros do mundo, aos panos que o Chega colocou nas janelas do Parlamento e aos bombeiros que Aguiar-Branco mandou chamar para recolher os panos, até aos bombeiros que apareceram sem que ninguém os tenha chamado nem se fizeram anunciar, assim se faz o retrato de um país onde já nada se estranha.
António Costa já é presidente do Conselho, foi de imediato a Kiev dizer a Zelensky que pode contar com a Europa e anunciou que já pediu um encontro com Donald Trump.
Na Europa, Paris é agora o centro dos maiores problemas, com um défice superior a 6%, dívida altíssima e crise política à vista. Se der errado em França, vai dar errado em toda a União.
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Esta semana, no 25 de novembro de 2024, em sessão solene na Assembleia da República, regressámos a 24 de novembro de 1975 e voltaram a cavar-se trincheiras para contar, cada um à sua maneira, como se fez o caminho para a Democracia em Portugal. Foi o momento desejado pelo Chega, para quem liberdade de expressão é a expressão do ódio aos imigrantes, acusados por André Ventura de serem culpados de muitos dos crimes sexuais em Portugal. O que, claro, diz o Polígrafo, é mentira.
O Bloco Central é o podcast de debate entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, com moderação de Paulo Baldaia e sonoplastia de Gustavo Carvalho.
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Na hora de deixar a Casa Branca, Joe Biden decidiu fazer o que sempre se tinha recusado a fazer por receio de uma escalada descontrolada da guerra na Ucrânia. Washington deu o OK para Kiev utilizar mísseis de longo alcance em território russo e Moscovo regressou à narrativa nuclear. O presidente cessante conseguiu condicionar fortemente a estratégia do presidente eleito para a guerra na Ucrânia. Falta saber a que custo. Por cá, os partidos de direita levam a celebração dos 49 anos do 25 de novembro à Assembleia da República e a Associação 25 de Abril acompanha o PCP na recusa de participar na sessão. O governo ordenou seis semanas de operações policiais com o objectivo de aumentar a percepção de segurança e a pergunta que se faz é se tantas operações musculadas das polícias não acabam por ter o efeito contrário. Na novela do orçamento há a registar mais um flic-flac à retaguarda de Pedro Nuno Santos, cumprindo a expectativa de que a discussão na especialidade iria trazer mais episódios dignos de nota artística elevada. No Bloco Central, a opinião que conta é de Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes.
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Na ressaca da eleição de Trump, ficamos a saber que a vitória dos republicanos tinha sido em toda a linha e fomos sabendo como vai ser composta a equipa da Casa Branca. Em grande destaque Elon Musk e a plutocracia ao mais alto nível.
Para a Europa era impossível imaginar pior, já que, para lá da eleição de Trump, a crise política na Alemanha deixa os europeus à beira de um ataque de nervos.
Por cá, a operação “Portugal Sempre Seguro”, no Martim Moniz, anunciada pelo ministro da Presidência como fazendo parte de uma instrução dada às forças de segurança para reforçarem a fiscalização contra a imigração ilegal, apanhou um imigrante em situação irregular.
Onze foram os mortos associados ao excessivo tempo de espera por socorro, resultado da greve no INEM. Ninguém pode afirmar uma ligação directa entre todos os acontecimentos, mas o alarme social que a situação criou acabou por se transformar numa crise política em que, para a culpa não morrer solteira, foi atirada para cima da secretária de Estado da Gestão da Saúde.
A opinião que conta é do Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira.
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Desta vez, até no voto popular Donald Trump ganhou. Regressa à Casa Branca em Janeiro, mas a sua eleição começa já a influenciar o que se passa no resto do mundo, a começar na relação do dólar com as outras moedas.
A guerra no Médio Oriente e na Ucrânia são uma coisa com Biden e serão outra com Trump, o comércio global vai ter mais taxas e o movimento da direita radical volta a ganhar novo fôlego. Não é o fim do mundo, tanto a economia como a política têm ciclos e melhores dias virão. Bloco Central com a opinião que conta do Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes.
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No fim-de-semana, o Chega ficou a falar sozinho na defesa acéfala de uma polícia a quem tudo seria permitido, inclusive, nas palavras do seu líder parlamentar, atirar a matar para pôr ordem no país. No mesmo dia, milhares de cidadãos sairam à rua a pedir justiça para Odair e isso foi feito com total tranquilidade, provando que isto não é gente do bairro contra polícias, nem polícias contra gente do bairro.
O Orçamento voltou a ser tema de conversa, no Parlamento e fora dele, uma conversa também ela mais calma desde que ficou garantida a sua viabilização. Mais quentinha está a discussão na América, a pouco dias da eleição, marcada, como sempre para a terça-feira a seguir à primeira segunda-feira do mês de novembro.
O Bloco Central tem moderação de Paulo Baldaia numa conversa onde a opinião que conta é a de Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira. A sonoplastia é de João Martins.
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Com a decisão do PS de viabilizar o Orçamento do Estado, o congresso do PSD perdeu interesse e muitas intervenções tiveram de ser guardadas ou reescritas. Com o documento viabilizado pelo centro-esquerda, Luís Montenegro resolveu dar uma guinada à direita e investir contra um moinho de vento onde vê “amarras ideológicas e de fação”
A semana começou com a morte de um cidadão cabo-verdiano às mãos da PSP. O agente já foi constituído arguido, meteu férias e a investigação da Polícia Judiciária, noticiada em vários órgãos de comunicação social, sugere que terá havido um uso desproporcional e injustificado de força.
A fechar o episódio, falamos ainda da Cimeira dos BRICS que levou à Rússia representantes de mais de 30 países, mostrando que nem Putin está isolado na cena internacional, nem a China abdica de liderar um bloco que se oponha ao bloco liderado pelo Estados Unidos. O secretário-geral da ONU vai a Kazan para se encontrar com Putin e o Ocidente não gostou de saber.
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A opinião que conta é de Pedro Marques Lopes e de Pedro Siza Vieira, exceto hoje em que a que interessa é a dos alunos da Faculdade de Direito da Universidade Católica, no Porto. Paulo Baldaia conduz este episódio extra, a moderação faz-se com as perguntas da plateia
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Num especial Bloco Central ao vivo na Faculdade de Direito da Universidade Católica no Porto, o episódio é especial também porque os dois comentadores residentes (Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes) decidiram ter uma outra abordagem na análise dos temas da semana, procurando dar mais contexto à forma como fazem a análise de uma realidade que muda a uma velocidade por vezes difícil de entender para quem não tem a experiência do terreno.
O processo de decisão de um governante. A luta política entre dirigentes de partidos diferentes e dentro do mesmo partido. A relação dos governos com a comunicação social. O que levou a que a agenda da extrema-direita influencie de forma tão flagrante o debate político?
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Esta quinta-feira, o Orçamento do Estado é entregue na Assembleia da República, depois de ter sido fechado no Conselho de Ministros de ontem e na sequência do acordo falhado entre a AD, no governo, e o PS, na oposição. A ausência de um acordo não impediu que as propostas socialistas já aceites pelo Executivo fossem incorporadas no documento. A novela vai longa e ainda não sabemos como vai votar o orçamento. Entramos numa nova etapa.
Também por cá, Luís Montenegro aproveitou o palco oferecido pelos média privados para criticar o profissionalismo dos jornalistas ao mesmo tempo que anunciava um plano para ajudar a salvar as empresas de comunicação social.
Lá por fora, um ano depois dos actos terroristas do Hamas a 7 de outubro, Israel parece procurar que a guerra não tenha fim e alargou-a ao Líbano, enquanto prepara a resposta a dar ao Irão, depois do ataque iraniano com mísseis na semana passada. Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes analisam os acontecimentos e os protagonistas da semana, com moderação de Paulo Baldaia.
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A escalada na guerra do Médio Oriente confirma a superioridade militar de Israel face ao Irão e aos seus aliados na Palestina, no Líbano, na Síria, no Iêmen. Netanyahu beneficia do momento eleitoral nos Estados Unidos e de uma administração norte-americana que se fragilizou do ponto de vista político pedindo sucessivamente uma contenção israelita que nunca aconteceu. Agora, que o Irão fez chover mísseis balísticos em território israelita a Biden só resta repetir que os Estados Unidos apoiam total, totalmente Israel. O mundo está mais perigoso e, por cá, esse também sido um pretexto para o Presidente pressionar o Partido Socialista a viabilizar o Orçamento do Estado. O Chega ainda é uma hipótese, mas é uma hipótese para que ninguém parece querer olhar enquanto houver caminho para fazer entre socialistas e social-democratas. Até muito perto do limite, apesar das queixas públicas de Marcelo, Montenegro guardou em segredo o nome do Procurador-Geral da República: Amadeu Guerra. Como PGR ainda nada se pode dizer, porque ainda não começou, mas há um longo percurso no Ministério público que pode e deve ser avaliado.
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Para Zelensky e para a Ucrânia não é igual ganhar Donald Trump ou Kamala Harris. Para Netanyahu também não. Nem para a Europa. Nos quatro cantos do mundo, talvez como nunca, há um interesse muito grande sobre o que vai acontecer no dia 5 de novembro, nos Estados Unidos da América. A democracia norte-americana não será perfeita, como não é nenhuma outra, mas importa que continue a ser vista como um exemplo para o mundo. E é sobre ela que vamos conversar.
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Na semana em que o país ardeu como se fosse uma fatalidade ter de arder e em que voltaram a morrer bombeiros que combatiam os fogos e pessoas que defendiam os seus bens, o Conselho de Ministros reuniu presidido por Marcelo Rebelo de Sousa e deliberou decretar a situação de calamidade. Solidariedade estratégica, assim lhe chamou o Presidente da República.
Solidário, mas com Ursula Von der Leyen, foi também o presidente Macron que aceitou trocar de comissário. Ele que também procura solidariedades na Assembleia Nacional francesa para que o seu escolhido, Michel Barnier, possa formar governo.
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Numa semana em que os temas dominantes foram temas que aparecem, desaparecem e voltam a aparecer, muitas vezes sem que nada aconteça de novo a justificar tanta expectativa, Lucília Gago foi ao Parlamento para dizer mais do mesmo e as reuniões do governo com a oposição recomeçaram, mas nada de substancial avançou neste dossiê.
A marcar toda a semana, a fuga de cinco reclusos perigos da prisão de Alcoentre pôs o país a olhar para a falta de investimento no sistema prisional e os dois comentadores residentes do Bloco Central lembram que não há interesse político em resolver problemas dos sistema prisional que têm décadas.
Lá por fora, Kamala Harris surpreendeu e colocou à defesa o experiente Donald Trump e um dos temas do debate foi, como seria de esperar, a Europa o conteúdo do relatório Draghi deveria ter posto toda a gente a falar dele, mas isso não aconteceu.
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Os políticos regressaram de férias e com eles volta também o Bloco Central, onde semanalmente Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes analisam os temas que marcam a actualidade.
No menu para hoje temos dois temas nacionais e três temas internacionais: TAP e Orçamento do Estado, mais a vitória da extrema-direita na Alemanha, a preparação das presidenciais nos Estados Unidos e a posição da justiça brasileira face a Elon Musk. Sobre este último ponto, Pedro Marques Lopes coloca-se ao lado do Brasil e avisa que as democracias têm de reagir para evitar que fiquemos todos como fantoches dos vilões dos filmes do 007. Já Pedro Siza Vieira aponta à discussão sobre o OE e lembra que “o governo sente-se forte politicamente, sente que o povo está satisfeito com a governação e que não há razão nenhuma para mudar de governo”, para perguntar depois se alguém quer mesmo ir para eleições.
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Mário Centeno é o convidado especial deste episódio e garante que quer ser reconduzido no cargo de governador do Banco de Portugal, embora não feche a porta a outras opções. Questionado sobre a possibilidade de uma candidatura presidencial, o governador lembra que, “como as instituições, os momentos devem ser respeitados”, admitindo também que haverá um momento em que “todos terão de tomar decisões”.
Nesta conversa, em que participam como sempre os comentadores residentes, Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes, Mário Centeno volta a mostrar-se defensor de que a discussão de matérias com impacto orçamental deve acontecer apenas no momento em que se discute todo o Orçamento do Estado, para que seja possível aferir “todos os equilíbrios” necessários. O governador lembra que as regras europeias implicam que a margem orçamental que existe “é contabilizada seja em aumentos de despesa, seja em reduções de receita discricionária, sem ligação com o ciclo económico”
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A desistência de Joe Biden e o apoio à sua vice Kamala Harris uniram os democratas numa candidatura para derrotar Donald Trump. Os republicanos precisam de ajustar a campanha. Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira debatem também a decisão presidencial de promulgar em pacote medidas aprovadas pela oposição e pelo governo. Estará Marcelo a tentar amarrar uns e outros ao OE de 2025?
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O debate sobre o estado da Nação acabou por se transformar num debate sobre o estado da negociação para viabilizar o Orçamento do Estado de 2025. Pedro Siza Vieira e Pedro Marques Lopes analisaram igualmente o estado da democracia norte-americana, a propósito do atentado falhado contra o ex-presidente Donald Trump.
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