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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o contexto em que se realizaram as primeiras eleições democráticas em Portugal, que ocorreram a 25 de abril de 1975, passam por estes dias 50 anos. As eleições para a Assembleia Constituinte estavam inicialmente marcadas para 12 de abril de 1975. No entanto, os acontecimentos do 11 de março justificaram o seu adiamento por 12 dias, sendo que alguns setores extremistas reclamavam, inclusive, o seu adiamento “sine die”. Valeu na altura a intervenção decisiva do Presidente da República, general Costa Gomes, que era favorável à realização de eleições, aliás, como constava do programa do MFA, e foi depois confirmado pela Junta de Salvação Nacional. A campanha eleitoral começou a 2 de abril de 1975 num ambiente complexo e de radicalização política. Dias depois, a 11 de abril, foi assinado o primeiro pacto MFA-Partidos, que garantia um papel político central na futura ordem constitucional aos orgãos do MFA então recentemente instituídos: o Conselho da Revolução e a Assembleia do MFA. As eleições para a Constituinte realizaram-se assim num contexto de tensão entre duas legitimidades: a democrática e a revolucionária. Apesar destas condicionantes, decorreram de forma exemplar e constituíram um passo decisivo no processo de construção da democracia em Portugal.
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Neste quarto episódio sobre as origens intelectuais da Revolução Portuguesa foram escolhidas cinco obras do campo do teatro, da poesia e da ficção como maneira de interrogar a relação entre os livros e o 25 de Abril.
A professora Ana Isabel Queiroz traz para a mesa as 'Terras do Demo', de Aquilino Ribeiro, e a investigadora Ana Margarida Martins analisa 'As Novas Cartas Portuguesas', de Maria Velho da Costa, Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno.
O sociólogo João Pedro George fala sobre “O libertino passeia por Braga a Idolátrica o seu Esplendor”, de Luiz Pacheco.
Rui Lopo destaca o trabalho de Natália Correia na organização da 'Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica'.
E, por fim, Rui Pina Coelho destaca a importância da obra “Teatro Moderno, caminhos e figuras”, de Luís Francisco Rebello, a mais importante história do Teatro da primeira metade do Século XX.
São cinco livros, mas são mais autores, uma vez que em dois casos se trata de antologias e, portanto, estão aqui representadas muitas vozes e textos, tentando responder a várias interrogações:
Em que medida estes poetas, escritores e dramaturgos produziram ou ajudaram a produzir as sementes da revolução de abril?
E em que medida os seus personagens, contextos, paisagens e temas foram criadores de novidade, agitação, rutura, novo pensamento ou até denúncia de um certo país ocultado?
É o que vamos descobrir, neste debate moderado por Inês Brasão na Biblioteca Nacional.
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Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre a vida de Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido por São Francisco de Assis, que viveu entre 1182 e 1226 e foi uma das figuras mais impactantes da época medieval. Francisco de Assis nasceu num tempo em que a Santa Sé enfrentava vários movimentos, alguns considerados “heréticos”, que reclamavam um maior despojamento do Clero e o regresso aos ideais do cristianismo primitivo. Por volta de 1205, Francesco, ou “pequeno francês”, sentiu um apelo interior, que identificou como a voz de Jesus Cristo, e que o estimulou a despojar-se dos seus bens materiais e viver para pregar o Evangelho e assistir os pobres. O seu carisma e convicção tornou-o a figura central de uma comunidade que vivia, nos seus primórdios, de forma errante e em pobreza absoluta. S. Francisco, o fundador da “ordem dos irmãos menores”, rejeitou que esta tivesse uma hierarquia ou bens materiais. Tal provocou várias debates no interior da Ordem, pois alguns irmãos sustentavam que esta devia oferecer condições mínimas para os seus integrantes poderem cumprir a sua missão e, até, dedicar-se ao trabalho intelectual. Em 1223, a Santa Sé aprovou por fim a regra da Ordem dos Irmãos menores, enquadrando-a definitivamente na ortodoxia religiosa, algo que, de resto, S. Francisco nunca contestou. A partir de então, S. Francisco viveu os seus últimos anos de vida sobretudo em ermitérios e meditação, alturas em que passava por estados de êxtase. Morreu em 1226, com aura de santidade e fama de milagreiro, tendo sido canonizado dois anos depois pelo Papa Gregório IX, que, enquanto cardeal, fora responsável por fixar a regra dos franciscanos.
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Neste episódio especial, gravado ao vivo na Biblioteca Nacional, exploramos as raízes intelectuais que moldaram a Revolução de 25 de Abril de 1974. Com a moderação de Victor Pereira, o debate reúne os ilustres convidados João Leal, Jorge Pedreira, Maria de Lurdes Rosa e Miriam Halpern Pereira para discutir as influências e inovações historiográficas que desafiaram o regime ditatorial do Estado Novo.
O ponto de partida é o manifesto de Ernesto Melo Antunes, lido em Cascais a 5 de março de 1974, onde se defende que a solução para o problema ultramarino é política e não militar. Esta ideia, também expressa por António de Spínola em "Portugal e o Futuro", reflete os verdadeiros interesses do povo português e os seus ideais de justiça e paz.
Durante o Estado Novo, muitos cientistas sociais, tanto em Portugal como no exílio, desafiaram a visão imposta pela ditadura. Eles investigaram a história e a sociedade portuguesa, desvendando os bloqueios e desigualdades, e desconstruindo a propaganda do regime. Apesar das adversidades, as suas obras circularam amplamente, influenciando o pensamento crítico e preparando o terreno para a revolução.
Neste episódio, discutimos as contribuições de António Borges Coelho, António Henrique de Oliveira Marques, Miriam Halpern Pereira e Vitorino Magalhães Godinho, e como as suas pesquisas moldaram a compreensão da história de Portugal durante um período de grandes mudanças sociais e económicas. Também exploramos a recepção dessas obras nas vésperas do 25 de Abril e o impacto duradouro que tiveram na sociedade portuguesa. Oiça aqui o debate gravado na Biblioteca Nacional.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram Rui Cardoso, jornalista e estudioso da II Guerra Mundial, para conversar sobre a última fase deste conflito na Europa. No princípio de 1945, as forças aliadas comandadas pelo general americano Dwight D. Eisenhower chegavam às margens do rio Reno, enquanto, a leste, o Exército Vermelho liderado pelo marechal Zhukov avançava em passos largos até Berlim, depois de derrotar os nazis na Polónia e de comprovar o horror dos campos de extermínio que aqueles abandonaram precipitadamente. No campo político e diplomático, os lideres dos então chamados “três grandes” - Roosevelt, presidente dos Estados Unidos; Estaline, secretários geral do PCUS; e Churchill, primeiro-ministro britânico - reuniram-se em Yalta entre 4 a 11 de fevereiro de 1945 para discutir o pós-guerra, sendo já evidentes as suas diferentes abordagens e objectivos. Em abril, no mesmo mês em que Roosevelt morreu e foi substituído na presidência dos Estados Unidos por Henry Truman, o Exército Vermelho avançou para a conquista de Berlim, isto já com os aliados ocidentais dentro da fronteira alemã. De forma insana, Hitler, refugiado no seu bunker, exortou os berlineses a continuarem a lutar. A capital alemã foi então defendida com recurso a crianças e jovens da juventude hitleriana, e a milícias de cidadãos que não tinham treino militar. A 30 de abril, Hitler suicidou-se no bunker da chancelaria do Reich e a 2 de maio Berlim rendeu-se ao Exército Vermelho. Por fim, a capitulação incondicional dos nazis chegou a 7 e 8 de maio, por intermédio do general Alfred Jodl. Depois de milhões de mortes, de um sofrimento indescritível, e de um rasto de destruição, a guerra terminara na Europa e o pesadelo nazi chegava ao fim.
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Depois do primeiro episódio em que ouvimos falar sobre livros portugueses que contribuíram para o processo revolucionário do 25 de Abril, vamos agora focar a nossa atenção na literatura anticolonial, cujos contornos são mais internacionais, mas mais difíceis de definir.
A lista de livros a discutir começa pelas obras do jornalista Basil Davidson da década de 1950, do antropólogo norte-americano Marvin Harris, Portugal's African "Wards" - A First-Hand Report on Labor and Education in Moçambique (1958) e de James Duffy, Portuguese Africa (1959).
A esta configuração anglo-americana pertencem, igualmente: o livro do jornalista português António de Figueiredo, que terá sido ajudado, tanto por Harris como por Davidson, na publicação do seu livro intitulado Portugal and its Empire: the Truth (1961); bem como o de Perry Anderson, Portugal and the End of Ultra-Colonialism (1962).
Do lado francês, a revista Présence Africaine acolheu nacionalistas angolanos nas suas lutas pela independência, como foi o caso de Mário Pinto de Andrade e do escritor Castro Soromenho.
O Padre Robert Davezies, conhecido por ter denunciado as atrocidades da Guerra da Argélia, emprestou a sua voz à causa de Angola, num primeiro livro Les Angolais (1965), a que se seguiu La Guerre d'Angola (1968).
São também lembrados os textos de dois combatentes pela libertação da Guiné e de Moçambique: é o caso de Amilcar Cabral, que escreveu a introdução à obra de Basil Davidson, The Liberation of Guiné: Aspects of an African Revolution (1969), bem como de Eduardo Mondlane, The Struggle for Mozambique (1969). Nesta sequência, é ainda considerada a intervenção do Padre Hastings na denúncia do massacre de Wiriamu, ocorrido em 1972.
São ainda referidas obras mais dispersas e até de certa forma híbridas, como é o caso de ‘Negritude e humanismo’, um opúsculo publicado pela Casa dos Estudantes do Império em 1964, de Alfredo Margarido. O escritor e investigador construiu uma articulação rara entre produção literária e investigação histórica e antropológica. Esta última tinha, aliás, raízes na criatividade dos surrealistas, representados na passagem de Cruzeiro Seixas por Angola, iniciada na década de 1950.
Paralelamente, a tradução portuguesa de Os condenados da terra de Frantz Fanon, com prefácio de Jean-Paul Sartre, aponta para um outro facto editorial conseguido na contra-corrente da censura, em meados da década de 1960.
O debate é moderado por Isabel Castro Henriques e conta com a participação de Aurora Santos, Bernardo Cruz, José Augusto Pereira, Manuela Ribeiro Sanches, Nuno Domingos e Víctor Barros.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o chamado “golpe Botelho Moniz”, ocorrido a 13 de abril de 1961, e que consistiu na tentativa de levar o Presidente da República a demitir Salazar da presidência do Conselho. O general Júlio Botelho Moniz era ministro da Defesa desde a remodelação governamental de 1958. Antes, tinha sido ministro do Interior e adido militar em Washington e Madrid. O contacto com a realidade internacional levou-o a perceber que a posição de Portugal sobre as suas então designadas “províncias ultramarinas” era insustentável. A convicção de Botelho Moniz reforçou-se em janeiro de 1961, aquando da eleição de JF Kennedy para a presidência dos Estados Unidos, pois este era a favor da autodeterminação dos povos. Durante os meses seguintes, o general Botelho Moniz procurou convencer Salazar a rever a política colonial de Portugal. Depois de perceber que os seus esforços eram vãos, resolveu apelar ao Presidente da República, almirante Américo Tomás, pedindo-lhe que demitisse Salazar. Perante a recusa deste, Botelho Moniz decidiu avançar para uma discreta demonstração de força dos altos comandos militares. No entanto, o seu plano foi anulado pela rápida reação de Salazar, que afastou-o aos microfones da Emissora Nacional, no mesmo famoso discurso em que declarou: “Para Angola, rapidamente e em força”. Era o início de uma guerra a que o regime ditatorial não conseguiu por fim.
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Portugal conheceu, a partir da década de 1960, os grandes dilemas que vão anunciar a mudança política que desembocou no 25 de Abril de 1974:
um acelerado processo de crescimento económico e de mudança social, marcado sobretudo pelo reforço dos laços com a então chamada Europa Ocidental; o desenvolvimento do colonialismo tardio e de Guerras Coloniais; e, finalmente, o crepúsculo do Ditador e a sua substituição por Marcelo Caetano, que protagonizou as contradições de uma modernização autoritária falhada.Desenharam-se nessa década as “opções políticas” que iriam marcar o processo de transição para a democracia.
Neste primeiro debate, dedicado às “opções políticas”, percorremos algumas obras marcantes da fase final da Ditadura, expressando a diversidade política e ideológica que marcava o autoritarismo tardio:
‘Portugal Amordaçado’, ‘Na Hora da Verdade’, ‘Católicos e Política’, ‘Rumo à Vitória’, ‘Portugal e o Futuro’ e ‘As conversas de Marcello Caetano’ são os livros em destaque no primeiro episódio do podcast ‘As Origens Intelectuais da Revolução’. Oiça aqui a sessão gravada no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal com António Araújo, Jaime Nogueira Pinto, Rita Almeida Carvalho, Tiago Fernandes e António Costa Pinto.
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Quais foram os livros que influenciaram o 25 de Abril? Como podemos interpretá-los e avaliar a sua relevância para o movimento revolucionário?
Com base num ciclo de debates gravados na Biblioteca Nacional de Portugal, o Expresso apresenta um podcast especial de cinco episódios que o leva à descoberta das obras literárias que abriram caminho ao processo revolucionário.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre as Histórias dos seis microestados do continente Europeu: Vaticano, Malta, Andorra, Liechtenstein, San Marino e Mónaco. Estes são estados de origens e passados diversos, mas que têm em comum áreas inferiores a 500 km2. Também, e cada um de sua forma, estes territórios são representantes de um tempo anterior à Idade Contemporânea, quando a Europa era composta por estados de pequena dimensão e diferentes graus de soberania: principados, bispados, ducados, senhorios, repúblicas aristocráticas, ou cidades-estado. Como foi que os atuais microestados europeus sobreviveram a guerras e partilhas e chegaram à época contemporânea?
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o contexto da moção de confiança apresentada pelo I governo constitucional, executivo minoritário liderado por Mário Soares, a 7 de dezembro de 1977, e que acabou rejeitada por PPD, CDS, PCP e UDP. Este governo resultou das eleições legislativas de 25 de abril de 1976, as primeiras realizadas em Democracia, e tomou posse a 23 de julho. O contexto era complexo, pois Portugal absorvia o impacto económico e social do PREC, sobretudo das nacionalizações e da reforma agrária. Durante cerca de um ano e meio, o I governo constitucional concretizou medidas relevantes, como o pedido de adesão de Portugal à CEE, e a aprovação da “lei Barreto”, que começou a reverter a “reforma agrária” do tempo do PREC. No entanto, a crise económica obrigou o ministro das Finanças, Medina Carreira, a pedir um empréstimo ao FMI. A política económica foi justamente a causa próxima da moção de confiança apresentada pelo governo. Após a sua rejeição, o Presidente da República, general Ramalho Eanes, optou por não dissolver a AR, e por dar posse a um governo que resultou de um acordo de incidência parlamentar entre PS e CDS, também liderado por Mário Soares.
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Luis II da Baviera, apelidado de “rei louco”, ou “rei lua”, por contraste sombrio com o “rei sol” Luis XIV, tinha uma personalidade excêntrica para os padrões da sua época. Subiu ao trono em 1864, numa altura em que Áustria e Prússia disputavam a hegemonia no espaço alemão, onde pairava uma atmosfera bélica. Contudo, Luis II preferia a literatura, o teatro e a música a temas militares.
A 10 de junho de 1886, Luis II foi deposto pelo governo da Baviera, que o considerou mentalmente incapaz para continuar a reinar. Três dias depois, foi encontrado morto, juntamente com o seu psiquiatra, no lago de Starnberg. O mistério da sua morte contribuiu para o nascimento da sua lenda. Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre a sua vida e época.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram o jornalista e comentador desportivo António Ribeiro Cristóvão para conversar sobre a História e histórias do futebol.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram o jornalista e investigador António Valdemar, sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa, para conversar sobre a História desta instituição duas vezes centenária, que continua a ser uma importante referência cultural e científica.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o reinado de D. Carlos I e o regicídio que, a 1 de fevereiro de 1908, o vitimou, bem como ao seu filho mais velho e herdeiro, o Príncipe Real D. Luis Filipe.
D. Carlos I, que reinou de 1889 a 1908, é um dos reis portugueses mais controversos. Os seus admiradores, salientam o seu patriotismo, o seu voluntarismo, e as suas qualidades diplmáticas, artísticas e científicas. Pelo contrário, os seus detratores consideram-no autoritário, frívolo e arrogante. Qualquer que seja a posição, o seu reinado de 19 anos é quase sempre abordado de forma simplista. Aquele foi um tempo complexo, que seguiu-se ao ultimato britânico e teve a crise económica e financeira por pano de fundo. No campo político, a monarquia constitucional era um regime verdadeiramente liberal (no sentido oitocentista do termo), mas exclusivista, pois a maioria da população não votava, logo, não gozava de cidadania plena.
Neste contexto, o que poderia ter feito o rei? Assumir-se como um ator intervertivo, ou apenas como árbitro do sistema político? Procurar tornar o sistema mais representativo, ou apostar em escolhas pessoais? Qual o contexto político que culminou no Regicídio de 1 de fevereiro de 1908? E, para além dos seus executantes, Manuel Buiça e Alfredo Costa, é possível identificar quem foram os seus autores morais?See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o complexo processo de independência da Irlanda do Reino Unido.
No final do século XIX, surgiram na Irlanda partidos que protagonizaram a longa luta dos irlandeses pelo auto governo do território. O parlamento do Reino Unido respondeu com três Home Rule Acts, que garantiam à Irlanda uma ampla autonomia. Tal foi contestado pelos unionistas, na sua maioria anglicanos que temiam perder privilégios. Em vésperas da grande guerra (1914), os irlandeses estavam profundamente divididos entre republicanos independentistas, que eram sobretudo católicos residentes no sul do território, e unionistas, protestantes residentes nos condados do Norte (Ulster).
Na Páscoa de 1916, os republicanos proclamaram a independência da Irlanda. A revolta foi duramente controlada pelos britânicos, que executaram os principais lideres independentistas, como Patrick Pearse. Estas execuções voltaram boa parte da opinião pública irlandesa contra o Reino Unido. A “Easter Rebellion” de 1916 foi um momento marcante na luta dos independentistas por uma Irlanda soberana, processo violento e complexo que continuou com uma guerra contra os britânicos (1919-1921), uma guerra civil entre irlandeses (1922-1923), e que só terminou formalmente em 1949, com a desvinculação da República da Irlanda da Commonwealth.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram a investigadora Margarida de Magalhães Ramalho, autora do livro “Thomaz de Mello Breyner, Relatos de uma época”, que serviu de base à série recente da RTP2 “Os diários de Thomaz de Mello Breyner”, para conversar sobre este médico e professor universitário, que foi testemunha privilegiado da História recente de Portugal, desde as últimas décadas da monarquia, passando pela I república, a ditadura militar, e os princípios do Estado Novo.
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Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre a “Monarquia do Norte” - quando a monarquia foi restaurada, durante 25 dias, em boa parte do norte de Portugal -, quando passam por estes dias 106 anos. Este episódio pouco conhecido ocorreu na sequência do assassinato de Sidónio Pais (14 de dezembro de 1918). Então, o campo republicano estava dividido entre os defensores do regresso à “República velha” e à constituição de 1911, e os que defendiam a continuação do regime presidencialista instaurado por Sidónio Pais. No norte, os monárquicos aproveitaram o ascendente que ganharam durante o sidonismo para pegar em armas e proclamar a monarquia (19 de janeiro). Em Lisboa, os monárquicos concentraram-se em Monsanto e hastearam a bandeira azul e branca. Contudo, os monárquicos estavam tão divididos quanto os republicanos: Aires de Ornelas, lugar tenente do rei D. Manuel II, defendia desde Lisboa a monarquia liberal, enquanto Paiva Couceiro, o presidente da "Junta Governativa do Reino", defendia desde o Porto uma "nova de monarquia", livre dos antigos partidos “rotativos” e influenciada pelo "Integralismo Lusitano”. A 14 de fevereiro de 1919, as forças republicanas entraram no Porto, onde restauraram a República, pondo fim à última tentativa de restaurar a monarquia por via das armas. O que foram as “incursões monárquicas” de 1911-1912? Qual a evolução do movimento monárquico durante a “República velha” e o sidonismo? O que foi a “monarquia do norte” e como foi derrotada pelos republicanos?
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