Avsnitt
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Há uma História portuguesa esquecida.
Uma história de homens e mulheres que combateram para acabar com a injustiça, mas que foram injustiçados pelo tempo.
Ao longo de quatro episódios, olhamos para a história dos movimentos negros em Portugal e para as suas principais figuras que ficaram nas sombras. Todos homens e mulheres negros. Todos em Portugal. E todos silenciados em vida e esquecidos após a morte.
Se a História é escrita pelos vencedores, então está na altura dos vencedores serem outros.
"Portugal Negro: a história silenciada" é um podcast da série "Sapiens", produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Paula Cardoso, e que podes encontrar em todas as plataformas de podcasts. Também disponível em bruapodcasts.com.
Estreia dia 6 de Novembro. -
Há séculos que a Humanidade tenta resumir a sua História a uma só palavra, a um só conceito. Consciência! Deus! Desejo, Ambição, Poder!
Não! Uma palavra, duas sílabas, cinco letras apenas, encapsulam em si todo o espírito do Homem e da sua presença no Mundo: pénis.
Sim. O pénis. Órgão sexual masculino. Dos mais miseráveis camponeses aos mais poderosos Imperadores, todos transportaram consigo o grande unificador, aquilo que nos torna a todos irmãos. É a lança que trespassa o inimigo; o mastro que sustenta a vela; a torre que ascende da poeira da terra à abóbada celeste. Em suma: a vontade humana feita órgão; pujante, viril, determinada, sempre em frente, sempre mais fundo.
Mas será mesmo assim?
“Partes Baixas“ é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Tobias Monteiro.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Renato Rocha
Pesquisa por Nuno Mendes e Hugo Simões
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de João Rodrigues
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Saknas det avsnitt?
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Os pontos mais altos da História têm sempre as suas Partes Baixas.
Neste podcast, sem medos nem tabus, contamos as crónicas dos verdadeiros movedores da História: o pénis, os seios, as vaginas e os rabos.
Ouça a história do Presidente Americano que foi nutrido pelo rabo; da viagem do pénis de Napoleão de mão em mão até à América; a cortesã que se libertou de um julgamento mostrando os seus seios; e a mulher que dava à luz coelhos.
Partes Baixas é um podcast da série "Sapiens", produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Tobias Monteiro, e que podes encontrar em todas as plataformas de podcasts, procurando "Partes Baixas". Também disponível em bruapodcasts.com.
Estreia dia 19 de Outubro. -
Abril de 1947. Um grupo de militares formou a Junta Militar de Libertação. O seu objectivo: a queda de Salazar, o fim do Estado Novo e a transição para a democracia. A operação foi abortada à última hora mas ninguém avisou um dos seus participantes: o sargento mecânico Palma Inácio, de 25 anos, que sabotara uma série de aviões na Base Aérea de Sintra. O golpe correu mal, Palma Inácio teve de fugir mas aquele seria apenas o início da sua carreira. Nos anos seguintes, o militar abandonou a farda e tornou-se um revolucionário a tempo inteiro. Fez de tudo. Fugiu da famosa prisão do Aljube. Sequestrou um avião comercial para distribuir folhetos anti-regime pelos céus do país. Assaltou um banco na Figueira da Foz e usou o dinheiro para financiar a LUAR, um dos mais famosos grupos revolucionários da altura. Fugiu da prisão outra vez. Até sonhou em tomar a Covilhã e em sequestrar a elite do Estado Novo. Ao longo de mais de 30 anos, Palma Inácio e os seus companheiros dedicaram-se à "acção directa", à revolta pelas armas e a serem uma constante pedra no sapato de Salazar. Mas o que acontece ao espírito revolucionário quando a democracia chega? E o que nos têm ainda a ensinar aqueles que dedicaram toda a vida à Revolução?
"Histórias da Revolução" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Francisco Sousa
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Renato Rocha
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica e edição de Rita Cabrita
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Anos 70. O Irão estava à beira da guerra civil. De um lado, as tropas do autoritário Mohammad Reza, o Shah do Irão. Do outro, uma coligação improvável de muçulmanos xiitas, intelectuais marxistas e a esquerda nacionalista. Depois de meses de massacres nas ruas, o Shah abandonou o país e um novo líder emergiu: o Ayatollah Khomeini. Mas a Revolução teve um lado negro. Khomeini afastou os seus aliados de esquerda e substituiu o poder do Shah por uma república islâmica. No entanto, uma força sobreviveu a todas estas mudanças: o cinema iraniano. Contornando duas ditaduras seguidas, os cineastas do Irão conseguiram fintar todas as dificuldades, evitar a tesoura de corte da censura e fazer filmes com uma linguagem única que conquistaram o resto do mundo. Mais cedo ou mais tarde, o regime dos ayatollahs ia entrar em confronto com os cineastas iranianos. Muitos pagariam o preço de fazer a sua arte. E pelo caminho, o cinema do Irão tornou-se um símbolo da força do seu povo, pelas mãos de realizadores como Abbas Kiarostami e Jafar Panahi. Como é que uma das ditaduras mais repressivas do mundo originou um cinema tão engenhoso? E como pode o próprio acto de fazer um filme ser um acto de resistência?
"Cinema com Ditadores" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Hugo Simões.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Renato Rocha
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de Sara Millen e João Rodrigues
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
O "Radicais" traz boas e más notícias.
Primeiro as más: o programa chegou ao fim, pelo menos no feed Sapiens. No entanto, há boas notícias para quem apoia a Bruá Podcasts no Patreon: vamos ter quatro novos episódios disponíveis em exclusivo para os nossos patronos.
Aqui ficam dois excertos dos primeiros episódios: um sobre os segredos mais bem guardados das lésbicas árabes medievais e outro a história do deus chinês que abençoa os homossexuais.
Se gostaram destes excertos e querem ouvir os episódios completos, juntem-se ao Patreon da Bruá Podcasts em patreon.com/bruapodcasts.
"Radicais - Queers que fizeram História" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Moreira.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Coordenação de guião por Renato Rocha
Escrito por Hugo Simões
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Anos 30. Júlio Fogaça não era quem parecia ser. Nascido em berço de ouro, numa família de grandes proprietários, abandonou o estilo de vida burguês para se juntar a um dos mais perseguidos partidos portugueses: o PCP. Na clandestinidade, depressa demonstrou a sua força. Tornou-se amigo de Bento Gonçalves, a principal figura do partido. Sobreviveu a várias prisões, incluindo uma longa estadia no aterrorizador Tarrafal. E por momentos, na defesa da sua visão do que deveria ser o comunismo português, envolveu-se num braço de ferro com outro jovem comunista, também ele candidato a liderar o partido: Álvaro Cunhal. No entanto, Fogaça escondia outro segredo. Além de ser comunista, era também homossexual. Não só vivia a clandestinidade política mas também emocional, escondendo de tudo e de todos uma história de amor proibida. Mais cedo ou mais tarde, estas duas vidas paralelas teriam de cruzar-se. Mas o que levou à queda de um dos maiores nomes do comunismo português: a sua política, ou a sua sexualidade? E poderá o segredo de Júlio Fogaça ter alterado o curso da História de Portugal?
"Histórias da Revolução" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Francisco Sousa
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Nuno Mendes
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica e sonoplastia de Rita Cabrita
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Anos 40. A Segunda Guerra Mundial acabou. Num canto da Ásia, a península Coreana partiu-se em duas. A sul, a tragédia imperialista da Coreia do Sul e dos seus amigos americanos; e a norte, a última esperança dos pobres e desfavorecidos, um país pronto a renascer das cinzas num dia de sol brilhante: a Coreia do Norte. A liderá-la estava Kim Il Sung, ex-guerrilheiro anti-imperialista e Pai da Nação. Graças a ele, os norte-coreanos foram instruídos pela propaganda, convidados a sacrificar tudo pelo bem comum e ensinados a adorar o Grande Líder. Mas o que ninguém esperava é que a ditadura norte-coreana se transformasse num regime hereditário. Mais tarde ou mais cedo, Kim Jong Il, filho do Grande Líder, herdaria o culto de personalidade do pai e um país aos seus pés. No entanto, Kim Jong Il tinha uma obsessão quase tão grande como a glória da família: o cinema. Cinéfilo apaixonado, decidiu controlar pessoalmente o cinema norte-coreano e transformá-lo numa Hollywood Asiática. Raptou técnicos e artistas de outros países, esbanjou fortunas, escreveu tratados sobre teoria do cinema: tudo numa tentativa de transformar o culto de personalidade dos Kim em filmes que emocionem todo o mundo. Mas será que um ditador repressivo pode exigir criatividade aos seus artistas? Poderá um regime pobre e isolado produzir blockbusters internacionais? E o que acontece quando um ditador omnipotente gosta tanto de cinema que será capaz de tudo para fazer o melhor filme de sempre?
"Cinema com Ditadores" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Hugo Simões.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Renato Rocha
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de Sara Millen e João Rodrigues
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
O ano é 1929. A Madeira e os Açores estão à beira da revolta. A ditadura que daria origem ao Estado Novo estava ainda na sua infância e Salazar, "o mago das Finanças", tentava salvar o país do "crash" da bolsa internacional. Uma medida em particular, conhecida como o Decreto da Fome, semeou o caos. A importação do trigo foi reduzida em todo o país, caiu nas mãos de um pequeno monopólio, e com o aumento do preço do pão o povo passava fome. Mas a reacção ao Decreto não se sentiu nas grandes cidades do continente. Na Região Autónoma da Madeira, um pequeno grupo de republicanos revoltou-se contra as medidas vindas de Lisboa e sonhou com a queda da ditadura e um retorno ao 5 de Outubro. O que se seguiu foi uma quase guerra civil. Na Madeira, centenas de soldados com poucas armas e munições preparavam-se para morrer pela sua ilha; e do continente vinham militares, generais, artilharia e navios de guerra, prontos a esmagar a revolta. Em pouco tempo, os Açores juntaram-se ao combate. Depois, Guiné e Cabo Verde. Até os ingleses enviaram tropas para Porto Santo. E de um dia para o outro, a jovem ditadura ficou em risco de ruir. Poderá a Madeira e os Açores, duas regiões tantas vezes esquecidas, provocar uma das maiores revoluções da História de Portugal?
"Histórias da Revolução" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Francisco Sousa
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Hugo Simões
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita e sonoplastia de Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Anos 20. A Revolução está nas ruas. Sob a liderança do carismático Lenin, os Bolcheviques derrotam as forças do Czar e o poder cai mãos do proletariado. Serão tempos novos, cheios de esperança e potencial; e a Revolução pede um cinema à altura. É aqui que entra Sergei Eisenstein, um jovem realizador talentoso e idealista. Cheio de entusiasmo, faz "A Greve" e "O Couraçado Potemkin", dando ao proletariado os seus primeiros grandes filmes; e pelo caminho, vira o mundo do cinema do avesso. No entanto, o sonho do bolsheviques é substituído pelo pesadelo de Josef Estaline e o cinema sofre com isso. Cada vez mais controlado pela censura de burocratas, o cinema soviético perde a frescura e transforma-se numa mera arma de propaganda. Estaline quer grandes épicos nacionalistas, cheios de líderes históricos que salvaram a Rússia; no fundo, quer ver-se a si mesmo glorificado no ecrã. E Eisenstein, o jovem idealista, terá de fazer uma escolha dolorosa. Estará disposto a abandonar o seu país e o seu cinema para fugir à ditadura? Ou encontrará uma forma de continuar a filmar, mesmo que o mínimo erro possa custar-lhe a vida?
"Cinema com Ditadores" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Hugo Simões.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Renato Rocha
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de João Rodrigues e Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Anos 60. Salazar tem um problema. Em África, caem os grandes impérios coloniais. Na Europa, o saudosismo pelas ditaduras sobrevive apenas em pequenos grupos de extrema-direita fascista. E em Portugal, é preciso manter intacto o império português em África e derrotar os movimentos independentistas que começam a aparecer. Tudo terá de ser feito com brutalidade mas também com discrição, e nem a poderosa PIDE tem os meios necessários para esta missão. É aqui que surge a Aginter Press. À primeira vista, parecia ser só mais uma agência de imprensa, com participação de italianos, franceses e espanhóis. No entanto, a Aginter Press era apenas a fachada para um grupo de mercenários fascistas, recrutados em toda a Europa, e contratados pela PIDE para fazer o seu trabalho sujo em África. O que se seguiu foi uma sequência de missões subversivas, operações secretas, atentados à bomba e tentativas de assassinato. Mas como pode uma agência secreta, praticamente desconhecida, mudar a história de Portugal sem que ninguém se desse conta?
"Histórias da Revolução" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Francisco Sousa
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Renato Rocha
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita e sonoplastia de Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Londres, 1558.
Isabel I, filha do lendário Henrique VIII e da decapitada Ana Bolena, subiu ao trono de Inglaterra na pior altura possível. O país estava dividido ao meio entre católicos e anglicanos. A norte, os escoceses ameaçavam descer até Londres e tomar a Coroa. E no resto da Europa, Espanha e França fortaleciam as suas posições, deixando Inglaterra para trás. No entanto, Isabel I surpreendeu todos: acalmou os ânimos, derrotou inimigos, reconquistou o respeito internacional e até resistiu à temida Armada Invencível. Mas por mais extraordinário que fosse o seu reinado, Isabel I falhava nas duas principais obrigações de qualquer boa Rainha: casar e ter filhos. Sem herdeiros, a dinastia dos Tudors e o trono de Inglaterra ficavam em risco; e da Igreja Anglicana ao Parlamento, todo o país pedia a uma só voz que Isabel parasse de recusar pretendentes e engravidasse de uma vez por todas. Mas Isabel disse que não: não e não, vezes sem conta. Recusou qualquer intimidade com qualquer homem. Morreu como "A Rainha Virgem". E na defesa do seu próprio corpo, mostrou que o "não" de uma única mulher podia mudar os destinos da História mundial.
"Radicais - Queers que fizeram História" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Moreira.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Coordenação de guião por Renato Rocha
Escrito por Hugo Simões
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Espanha, 1584.
Eleno de Céspedes, o grande cirurgião, prepara-se para casar. A sua vida não foi fácil. Filho de um homem rico e de uma escrava mourisca, conquistou a liberdade, sobreviveu a um casamento de terror, fez-se soldado e finalmente estudou medicina. Para ele, o corpo humano não tinha mistérios: purgava, sangrava e amputava como ninguém, e depressa conquistou a sua reputação e, mais importante ainda, o coração da sua jovem mulher. No entanto, Eleno escondia um segredo: era "hermafrodita", isto é, intersexo. Os seus genitais eram ambíguos, para sempre um meio-termo entre o masculino e o feminino. E quando este facto veio a público, tanto o casamento como a própria vida de Eleno foram postos em causa. Julgado pela Santa Inquisição, Eleno foi forçado a despir-se e a ver o seu corpo exposto, discutido e escrutinado. Padres e juízes analisaram os seus genitais e discutiram a que sexo correspondiam. Será que Eleno foi, na verdade, Elena? E poderá a identidade de alguém ser reduzida apenas ao seu corpo?
"Radicais - Queers que fizeram História" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Moreira.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Coordenação de guião por Renato Rocha
Escrito por Hugo Simões
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
África Ocidental, 1624.
Njinga Mbandi, a Princesa do Ndongo, nasceu com o cordão umbilical preso à volta do pescoço, e toda a sua vida procurou soltar-se. Aguentou de tudo. Cresceu como princesa e guerreira, aprendendo desde cedo a lutar com um machado. Assistiu à invasão de homens pálidos vindos de terras longínquas, que se apresentavam como "portugueses". Perdeu o filho às mãos do próprio irmão, o medroso e paranóico Rei dos Ndongo. Foi embaixadora junto dos colonizadores, impressionando-os com a sua sofisticação. Mas um dia, fartou-se. Depois da misteriosa morte do seu irmão Rei, que pode (ou não) ter sido envenenado, Njinga assumiu os destinos do Ndongo e apressou-se a confundir ainda mais os pobres portugueses. É que os seus inimigos não esperavam muito de uma Rainha negra; mas Njinga desafiava todas as convenções. Usava roupas masculinas. Tratava os maridos como concubinas. Tornou-se líder dos guerreiros imbangalas, uma honra que até então nunca coubera a uma mulher. Aos olhos do Europeus, Njinga era algo estranho, algo absolutamente Queer. Como podia uma mulher africana combater ao lado dos homens e liderar um Reino? Fugindo a todas as expectativas de género, Njinga Mbandi transformou-se numa das mais respeitadas e lendárias líderes africanas.
"Radicais - Queers que fizeram História" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Moreira.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Coordenação de guião por Renato Rocha
Escrito por Hugo Simões
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Anos 40. Lisboa é um oásis. Enquanto a Europa cai em ruínas por causa da Segunda Guerra Mundial, António de Oliveira Salazar, o "mago das finanças", fecha o país sobre si mesmo e garante a sua estabilidade. A ajudá-lo tem o mestre da propaganda António Ferro: homem das artes plásticas e da literatura, tão culto quanto ideológico, que quer vender aos portugueses o sonho do Estado Novo. Portugal é o país humilde e gente pobrezinha mas contente; mas é, também, um grande Império Colonial. E que melhor forma de construir esta identidade que através do cinema? É aqui que entra Lopes Ribeiro, um jovem e ambicioso realizador. Entre épicos de espionagem, missões cinematográficas a África, documentários sobre a Exposição do Mundo Português e caravanas de cinema às aldeias mais remotas, António Ferro e Lopes Ribeiro inventam o cinema português e colocam-no ao serviço de Salazar. Mas poderá uma forma artística sobreviver à asfixia do regime? Como lidar com um ditador que não gosta de cinema? E o que nos dizem os filmes desta altura sobre as alegadas virtudes e os teimosos defeitos do Estado Novo?
"Cinema com Ditadores" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Hugo Simões.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Renato Rocha
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de João Rodrigues
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Anos 60. Armanda Palhota era a mulher ideal. Mãe e esposa a tempo inteiro, divida-se entre as lides da casa, um apartamento no Bairro das Colónias, e as idas ao cabeleireiro e à manicure. A sua família era a inveja da burguesia lisboeta. A filha Annie saía à mãe na beleza e na elegância, e preparava-se para casar com um diplomata suíço destacado em Cuba; e o seu marido, Fernando da Silva Pais, era nada mais nada menos que o director da PIDE. No entanto, a vida pacata de Armanda estava prestes a mudar. Um dia, a sua filha Annie abandonou o marido e desapareceu em Havana, juntando-se aos grande inimigos ideológicos do Estado Novo: os comunistas. Divida entre Portugal e Cuba, entre o Regime que garantia o seu estilo de vida e o amor que sentia pela filha, Armanda Palhota fará tudo para resgatar Annie das garras da Revolução... Mas poderá uma família perfeita resistir ao confronto entre duas forças históricas?
"Histórias da Revolução" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Francisco Sousa
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Nuno Mendes
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita e sonoplastia de Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
França, 1777.
Charles D'Éon usou muitas máscaras. Foi soldado e cavaleiro na Guerra dos Sete Anos. Foi embaixador de França, primeiro na Rússia e depois em Inglaterra. Foi espião para Luis XV, planeando nas sombras a invasão da Inglaterra. Foi bibliógrafo obsessivo, gastando fortunas em livros. Foi bon vivant profissional, maravilhando os gentlemen ingleses com as suas festas regadas a vinho. Mas a maior máscara que alguma vez usou na vida foi o próprio corpo. D'Éon era, na verdade, uma mulher presa ao corpo de um homem, uma verdade que só descobriu depois de anos de reflexão. No entanto, recusou-se a viveu em segredo: em vez disso, reuniu uma coragem inimaginável e exigiu ao Rei de França que o deixasse mudar de sexo e viver com uma mulher. A partir daí, D'Éon passaria a viver, para todos os efeitos, como uma pessoa transgénero, não às escondidas mas à frente de todos, fazendo duelos de saia e usando vestidos quando ia a Versalhes. E mesmo quando as dificuldades de ser mulher em pleno séc. XVIII ameaçaram a sua vida, D'Éon nunca voltou atrás, transformando-se numa verdadeira celebridade e num exemplo de coragem inspiradora.
"Radicais - Queers que fizeram História" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Moreira.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Coordenação de guião por Renato Rocha
Escrito por Hugo Simões
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
França, 1670.
A vida de Julie D'Aubigny não dava um filme, dava uma série com várias temporadas. Ela fez de tudo. Foi educada no meio dos estábulos reais, onde aprendeu a fazer esgrima. Foi amante de um amigo do seu pai, um Conde com quem fugiu para Paris. Apaixonou-se por um playboy criminoso. Andou de tronco nu em tabernas enquanto lutava com o seu amante em espectáculos encenados. Tornou-se estrela da Ópera de Paris, duelou com aristocratas, vestiu-se de freira para raptar uma noviça e até pegou fogo a um convento. A sua vida foi um turbilhão, e chegou-nos na forma de relatos e rumores contados nas tabernas e palácios franceses. Mas o mais incrível é que Julie encontrou ainda tempo amar quem quis. Era claramente bissexual, apaixonando-se por homens e mulheres com a mesma voracidade. Mas também amou jovens e velhos, aristocratas e saltimbancos, condes e condessas, sem que ninguém conseguisse resistir aos seus encantos. Julie amou sem olhar ao sexo e ao género, deixando-se levar exclusivamente pela sua vontade. E pelo caminho, testou até aos limites os ditames da sociedade em que vivia.
"Radicais - Queers que fizeram História" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Moreira.
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Coordenação de guião por Renato Rocha
Escrito por Hugo Simões
Pesquisa por Nuno Mendes
Direcção técnica de Rita Cabrita
Sonoplastia de Sara Millen
Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa -
Cidadão! Quem dirige o filme da tua vida?
Será que o cinema passou ao lado das grandes tragédias do séc. XX, indiferente aos desígnios de quem tudo procurava controlar? Ou, pelo contrário, os homens mais terríveis da História tornaram o cinema na maior arma de controlo das suas populações?
Em "Cinema com Ditadores", visitamos quatro ditaduras e compramos bilhete para assistir ao seu cinema.
Poderá o cinema mudar os destinos de uma nação? Ou troca-se as bobines e o filme é sempre o mesmo?
"Cinema com Ditadores" é um podcast da série "Sapiens", produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Hugo Simões, e que podes encontrar em todas as plataformas de podcasts, procurando "Cinema com Ditadores". Também disponível em bruapodcasts.com.
Estreia dia 7 de Agosto. -
A pequena aldeia de Cambedo, no norte de Portugal, nunca vira nada assim. Na escuridão da madrugada, dezenas de guardas-republicanos e agentes da PIDE cercaram a aldeia, empunharam armas e bateram a todas as portas. Todos sabiam ao que vinham. Desde o fim da Guerra Civil Espanhola que Salazar ajudava o Generalíssimo Franco a apanhar os últimos guerrilheiros galegos que se escondiam nas montanhas e nas grutas e tudo faziam para resistir à ditadura militar. O problema é que esses combatentes não eram estrangeiros como os outros. Na "raia", a fronteira entre os dois países, portugueses e espanhóis coabitavam em harmonia e numa simbiose perfeita; e muitos guerrilheiros espanhóis eram, na verdade, amigos, familiares e parceiros de negócio dos aldeões portugueses, saltando a fronteira para Portugal sempre que Espanha apertava o cerco. Quando Cambedo acordou rodeada de polícias, todos sabiam que aqueles homens vinham à procura dos guerrilheiros. Mas o que ninguém podia imaginar é que uma operação policial de rotina iria transformar-se primeiro num cerco, depois num tiroteio, e finalmente num dos maiores exemplos da violência repressiva do Estado Novo.
"Histórias da Revolução" é um programa da série "Sapiens" produzido pela Bruá Podcasts, narrado por Luís Francisco Sousa
Com direcção criativa de Luís Francisco Sousa
Escrito por Renato Rocha
Pesquisa por Nuno Mendes
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Identidade gráfica desenvolvida por Rita Cabrita e Luís Francisco Sousa - Visa fler