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  • 16 de Março
    Sou forasteiro à tua presença. Salmos 39.12

    Ó Senhor, eu sou forasteiro à tua presença, mas não para
    Ti. Ó Senhor, a tua graça removeu com eficiência toda a minha alienação natural para contigo. Agora, em comunhão contigo, ando neste mundo pecaminoso como um peregrino em um país estranho. Tu és um estranho em teu próprio mundo. O homens Te esquecem, Te desonram, estabelecem novas leis, costumes estranhos e não Te conhecem. Quando o teu querido Filho veio para aqueles que eram seu povo, eles não O receberam (ver João 1.11). Ele esteve no mundo, o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O conheceu (ver João 1.10). Nunca um estrangeiro foi considerado de caráter tão questionável quanto teu amado Filho entre seu próprio povo. Portanto, não devo me admirar se, ao viver a vida de Jesus, eu for um estranho e desconhecido neste mundo. Ó Deus, não quero ser cidadão de um lugar no qual o Senhor Jesus foi um estrangeiro. As mãos traspassadas dele desataram as cordas que prendiam minha alma a este mundo; agora me sinto um estranho na terra. Um bárbaro se sentiria mais à vontade num meio social elegante do que eu poderia me sentir na companhia de pecadores. No entanto, eis a doçura de meu quinhão: sou um estranho juntamente contigo; Tu és meu companheiro no sofrimento e na peregrinação. Oh! que gozo é peregrinar com este bendito Companheiro! O coração arde em meu íntimo, quando Tu falas comigo e, apesar de ser um viajante, sou muito mais abençoado do que os que sentam em tronos ou moram em casas confortáveis.
    Para mim, não há lugar, nem tempo; Meu país será onde Deus quiser.
    Posso ficar calmo e quieto, No lugar, onde Deus estiver.
    Quando procuramos um lugar ou dele fugimos, a alma é infeliz em qualquer lugar.
    Mas com Deus a guiar nosso caminho, sempre é gozo sair ou ficar.

  • Fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus.
    2 Timóteo 2.1

    Cristo, em Si mesmo, possui graça sem medida, mas não a conservou apenas para Si. Assim como o reservatório esvazia toda sua água pelos canos, Cristo se esvaziou de sua graça pelo seu povo. "Porque todos nós temos recebido de sua plenitude e graça sobre graça" (João 1.16). Até parece que Ele possui graça apenas para distribuí-las a nós. Como uma árvore, Ele produz doces frutos, a fim de serem colhidos pelos necessitados. A graça dele sempre está disponível e sem custo algum. Da mesma forma que o sangue no corpo, embora flua do coração, pertence igualmente a cada membro, assim as influências da graça são a herança de cada santo unido ao Cordeiro. Neste sentido, há doce comunhão entre Cristo e sua igreja, porquanto ambos experimentam a mesma graça. Esta é a verdadeira comunhão: quando a seiva da graça flui do tronco ao ramo e quando se percebe que o próprio tronco é sustentado pelo alimento que nutre o ramo. Enquanto de Jesus recebemos graça e mais constantemente reconhecemos que ela veio dele, nós O veremos em comunhão conosco e desfrutaremos da alegria desta comunhão com Ele. Usemos diariamente nossas riquezas, retirando dele o suprimento que precisamos. Façamos isto tão destemidamente quanto aqueles que tiram dinheiro da carteira.

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  • Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.
    1Coríntios 10.12

    É curioso o fato de haver algo como o estar orgulhoso da graça. Certo homem disse: "Eu tenho uma fé grande, não cairei". "Eu tenho amor fervoroso", alguém mais disse. "Eu aguento, não há perigo, se eu sair um pouco do caminho." Aquele que se vangloria da graça tem pouca graça da qual se vangloriar. As pessoas que fazem isso, pensam que as graças que receberam podem lhes preservar. Se uma quantidade de óleo não for colocada na lâmpada continuamente, embora ela ilumine hoje, apenas soltará fumaça amanhã e seu cheiro será nocivo. Tome cuidado para não se vangloriar das graças que recebeu. Coloque toda sua confiança em Cristo e na força dele. Esta é a única forma de se prevenir a queda. Passe mais tempo em oração. Passe mais tempo em adoração. Leia as Escrituras com mais seriedade e frequência. Observe sua vida mais cuidadosamente. Viva mais perto de Deus. Tome como padrão, o melhor exemplo. Profira palavras santas. Demonstre compaixão genuína pelas almas dos homens. Ao chegar aquele feliz dia, quando Jesus dirá: "Aproxima-te", que você tenha a alegria de ouvi-Lo dizer: "Combateste o bom combate, completaste a carreira e há guardada para ti uma coroa de justiça, incorruptível". Apenas Ele pode "vos guardar de tropeços e ... vos apresentar com exultação, imaculados diante da glória" (Judas 24).

  • Para que estaremos nós aqui sentados até morrermos?
    2 Reis 7.3

    Querido leitor, este livro foi escrito principalmente com o objetivo de edificar os crentes. Mas, se você ainda não é salvo, nosso coração anseia por você. Eu alegremente diria uma palavra que talvez fosse abençoada para você. Abra sua Bíblia e leia a história dos leprosos. Observe a posição deles, a qual era semelhante à sua posição. Se você continuar na situação em que está, perecerá. Se vier a Jesus, você apenas morrerá. "Quem não se arrisca, não petisca" é um velho ditado e no seu caso, não há muito a ser arriscado. Se você não se esforça em uma situação de desespero, ninguém mais terá compaixão de você, quando lhe sobrevier a ruína. Nenhum dos que se recusam a olhar para Jesus escapará da condenação eterna. Você sabe que alguns são salvos e creem nEle, pois alguns de seus conhecidos receberam misericórdia. Então, por que não você? Os ninivitas disseram: "quem sabe?" (Jonas 3.9). Aja de acordo com a mesma esperança e experimente a misericórdia do Senhor. Perecer é tão horrível, que, se houvesse algo em que se agarrar, o instinto de autopreservação o levaria a esticar sua mão.
    Tenho lhe falado no âmbito de sua própria incredulidade. Procurei assegurar-lhe, como que falando da parte do Senhor, que, se você buscá-Lo, Ele será achado. Jesus não rejeita nenhum dos que vêm a Ele. Você não perecerá, se confiar em Jesus. Pelo contrário, você encontrará um tesouro mais precioso do que o tesouro encontrado pelos infelizes leprosos que se reuniram no acampamento dos assírios. Que o Espírito Santo o encoraje a vir imediatamente; e você não crerá em vão. Quando você for salvo, conte as boas-novas aos outros. Não retenha a salvação para si mesmo. Diga-o primeiramente à igreja e reúna-se com ela em comunhão. Faça com que o pastor seja informado a respeito de sua descoberta e proclame as boas-novas em todos os lugares. Que o Senhor mesmo o salve antes do final deste dia.

  • Amarás o teu próximo.
    Mateus 5.43

    Ame o seu próximo. Talvez ele seja uma pessoa rica, e você, sendo pobre, vive em uma casa simples bem perto da imponente mansão dele. Todos os dias, você observa a posição social, as finíssimas roupas e os suntuosos banquetes dele. Deus outorgou a ele esses dons. Não cobice a riqueza desse seu próximo, nem alimente pensamentos maus a respeito dele. Contente-se com a sua porção, se você não tem condições de melhorá-la. Mas não olhe para o seu próximo desejando que ele seja como você. Ame-o e, assim, não o invejará.
    Por outro lado, talvez você seja rico e habite perto de pessoas pobres. Não se mostre tão orgulhoso a ponto de chamá-las apenas de vizinhos. Aceite sua responsabilidade de amá-los. O mundo os qualifica como inferiores a você. Em que aspectos são inferiores? Eles são iguais a você e não inferiores, visto que Deus fez do mesmo sangue todas as pessoas que habitam na face da terra (ver Atos 17.26). É o seu casaco que é melhor do que o deles? Mas você não é, de modo algum, melhor do que eles. Eles são homens, e o que você é além disso? Atente em amar o seu próximo ainda que ele esteja em trapos.
    Talvez você diga: "Não posso amar o meu próximo, porque tudo o que lhe faço é retribuído com ingratidão e menosprezo". Ora, você está desfrutando de grande oportunidade para demonstrar o heroísmo do amor. Você quer ser um guerreiro tranquilo, em vez de enfrentar a árdua luta do amor? Aquele que ousa fazer o máximo, esse experimentará o máximo de vitória. Se o seu caminho de amor é áspero, trilhe-o com ousadia, amando seu próximo resolutamente. Amontoe brasas vivas sobre a cabeça dele. Se ele é uma pessoa difícil de agradar, não procure agradar-lhe; em vez disso, se esforce para agradar ao seu Senhor. Lembre-se: se eles rejeitam seu amor, Deus não o rejeita, e suas ações são aceitas por Ele como se fossem aceitas pelos seus vizinhos. Ame o seu próximo, pois, ao fazer isso, você está seguindo os passos de Cristo.

  • O pecado .... sobremaneira maligno.
    Romanos 7.13

    Devemos nos acautelar de pensamentos levianos a respeito do pecado. Os novos convertidos possuem uma santa timidez e um piedoso temor de não ofenderem a Deus. Entretanto, logo as flores excelentes destes primeiros frutos maduros são removidas pelo tratamento áspero do mundo que nos cerca. Infelizmente, é verdade que mesmo um crente pode se tornar tão insensível, que o pecado, o qual antes o alarmava, não lhe cause mais temor. É de maneira progressiva que os homens se tornam familiarizados com o pecado. O ouvido no qual o canhão tem ribombado com frequência não escutará sons leves.
    A princípio, um pecado insignificante nos causa alarme, mas logo dizemos: "Isto é um pecado insignificante, não é?" Então, surge outro pecado, mais sério; depois, outro - e, pouco a pouco, começamos a reputar o pecado como um pequeno erro, sem importância. Em seguida, brota a presunção ímpia: "Não temos caído em pecados escandalosos. É verdade que tropeçamos um pouco, mas permanecemos firmes nas coisas mais importantes. Proferimos uma palavra impura; todavia, em sua maior parte, a nossa conversa tem sido consistente". Deste modo, justificamos o pecado e o disfarçamos, chamando-o por nomes elegantes.
    Crente, cuide para que não pense no pecado de forma frívola. Tenha cuidado para não cair aos poucos. O pecado é insignificante? Não é um veneno? As raposinhas não devastam os vinhedos? (ver Cântico dos Cânticos 2.15) Pequenas batidas não são capazes de derrubar imensos carvalhos? O contínuo fluir das gotas de água não desgasta as rochas? O pecado é algo insignificante? O pecado vestiu a cabeça do Redentor com uma coroa de espinhos e feriu o coração dele! Fez o Salvador sofrer tortura, amargura e angústia. Se você pudesse avaliar o mais leve pecado em escalas de eternidade, fugiria dele, como de uma serpente, e aborreceria a menor aparência do mal. Considere todo pecado como aquilo que crucificou o seu Senhor e você o reconhecerá como algo "sobremaneira maligno".

  • "Dizia eu na minha prosperidade: jamais serei abalado." Salmos 30.6

    "Moabe...tem repousado nas fezes do seu vinho; não foi mudado de vasilha para vasilha" (Jeremias 48.11). Deem a alguém riquezas e façam com que seus navios lhe tragam constantemente ricas mercadorias. Que os ventos e as ondas apresentem-se como servos dele, e conduzam os navios através do profundo e forte mar. Façam com que as terras desta pessoa produzam em abundância e que o clima seja propício às suas colheitas. Permitam que o sucesso lhe sobrevenha ininterruptamente; que seja entre os homens, um negociante bem-sucedido. Façam com que ele desfrute de saúde constante e deem-lhe um coração feliz. Deem-lhe um espírito esperançoso; que ele tenha perpetuamente, uma canção nos lábios. Permitam que seus olhos estejam sempre brilhando com regozijo. Mesmo se tratando do melhor crente que já existiu, a consequência natural de tal estado de tranquilidade será a presunção.

    O próprio rei Davi afirmou: "Jamais serei abalado". E não somos melhores do que ele, nem mesmo tão bons quanto ele. Se, na jornada, você está passando por lugares tranquilos, acautele-se. Se o caminho é áspero, agradeça ao Senhor por tal caminho. Se Deus sempre nos firmasse no cavalete da prosperidade, se sempre houvesse poucas nuvens no céu, se em todos os momentos tivéssemos gotas doces no vinho desta vida, ficaríamos intoxicados com os prazeres. Pensaríamos estar de pé, sim estaríamos de pé, mas no alto de um pináculo. Assim como o homem que dorme no mastro, estaríamos em perigo a cada momento. Bendizemos a Deus em nossas aflições; agradecemos-Lhe por nossas mudanças; exaltamos o seu nome na perda da prosperidade, pois sentimos que, se Ele não nos tivesse disciplinado deste modo, poderíamos ter ficado excessivamente seguros. A contínua prosperidade mundana é uma prova de fogo.

    As aflições, embora pareçam severas, sempre são enviadas em misericórdia.

  • "Ele é totalmente desejável." Cântico dos Cânticos 5.16

    A insuperável beleza de Jesus é atraente em todos os aspectos. A beleza dele não é apenas para ser admirada, e sim para ser amada. O Senhor Jesus é muito mais do que agradável e belo. Ele é desejável. Com certeza, o povo de Deus pode justificar o uso deste adjetivo excelente, pois o Senhor Jesus é o objeto do amor mais intenso do seu povo, um amor fundado na excelência intrínseca da pessoa dele, a completa perfeição de seus encantos. Discípulos de Jesus, olhem para os lábios de seu Senhor e respondam: o falar dele não é o mais agradável de todos? As palavras dele não lhes fazem arder o coração, enquanto caminha ao lado de vocês na jornada cristã? Contemplem a cabeça de Jesus, mais preciosa que ouro finíssimo, e digam-me: os pensamentos dele não lhes são preciosos? A adoração de vocês não é fortalecida com afeição, quando se prostram com humildade diante daquela face que, à semelhança do Líbano, é tão excelente como os cedros (ver Cântico dos Cânticos 5.15)? Não existe encanto em todas as características do Senhor Jesus? E toda a sua pessoa não é tão perfumada com os aromas de excelentes unguentos? Há algum membro em seu corpo glorioso que não seja atraente? Existe alguma porção de sua pessoa que não seja um bom atrativo para nossas almas? Ou, alguma de suas obras que não seja uma forte corda para reter seu coração?
    O nosso amor por Ele não é um selo colocado apenas sobre o coração amoroso do Senhor Jesus. Nosso amor também está firmado em seu braço poderoso. Desejamos imitar toda a vida de Jesus e refletir todo o seu caráter perfeito. Em todos os outros seres, vemos imperfeições; em Cristo, porém, existe toda a perfeição. O melhor de todos os santos do Senhor Jesus têm manchas em suas vestes e rugas em seu rosto. O Senhor Jesus é totalmente amável. Todas as estrelas têm manchas. O mundo tem desertos. Não conseguimos amar tudo na coisa mais amável, mas Ele é ouro puríssimo; é luz sem trevas, resplendor sem obscuridade. "Ele é totalmente desejável."

  • Através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.
    Atos 14.22

    O povo de Deus tem suas aflições. Quanto Ele escolheu seus filhos, nunca esteve em seus planos que eles não fossem provados. Eles foram escolhidos "na fornalha da aflição" (Isaías 48.10). Não foram escolhidos para ter paz no mundo e alegria terrena. Nunca lhes foi prometido liberdade de doenças e das dores da mortalidade; quando o Senhor deles fez a testamento de privilégios, incluiu punições entre as coisas que inevitavelmente eles herdariam. As provações fazem parte de nosso quinhão. Elas foram predestinadas para nós de conformidade com o solene decreto e deixadas como legado no testamento de nosso Senhor. Assim como é certo que as estrelas estão dispostas no céu pelas mãos de Deus e que suas órbitas estão fixadas por Ele, assim também é certo que as provações estão designadas de modo específico para cada um de nós. Deus ordenou o tempo, o lugar e a intensidade de nossas provações, bem como o efeito que elas terão sobre nós.
    Os verdadeiros crentes nunca devem esperar que ficarão isentos de aflições. Se o esperam, serão desapontados, pois nenhum de seus antecessores viveu sem aflições. Observe a paciência de Jó. Lembre-se de Abraão, pois ele teve as suas provações e por meio da fé as suportou e tornou-se o "pai dos crentes". Atente à biografia de todos os patriarcas, profetas, apóstolos e mártires, e você descobrirá que tiveram de passar pelo fogo da aflição todos aqueles que Deus tornou vasos de misericórdia. Desde a antiguidade, foi ordenado que a cruz da aflição seria colocada sobre os ombros de cada vaso de misericórdia, como uma marca por meio da qual os vasos do Rei seriam distinguidos. No entanto, embora a aflição seja o caminho de Deus para seus filhos, estes desfrutam da consolação de saberem que o seu Senhor atravessou esse caminho antes deles. Podem contar com a presença e a simpatia dele para fortalece-los, sua graça para ampará-los e seu exemplo para ensinar-lhes como suportar a aflição.

  • "Tende fé em Deus.” Marcos 11.22

    Fé são os pés da alma, com os quais ela pode marchar na estrada dos mandamentos. O amor pode fazer com que os pés se movam com mais rapidez, mas a fé são os pés que levam a alma. A fé é o óleo que capacita as rodas da devoção santa e da piedade sincera a girarem com facilidade. Sem a fé, as rodas são removidas do carro, e somos arrastados pesadamente. Com fé posso realizar todas as coisas. Sem ela, eu não terei nem a propensão nem a capacidade de fazer alguma coisa na obra de Deus.
    Se desejamos encontrar homens que servem a Deus da melhor forma, temos de procurar os que têm muita fé. Pouca fé salva um homem, mas não pode fazer grandes coisas para Deus. O Pouca-Fé, personagem de Bunyan, não conseguiria ter lutado contra Apoliom; foi necessário que Cristão o fizesse. O pobre Pouca-Fé não conseguiria ter destruído o Gigante Desespero. Certamente, Pouca-Fé irá para o céu, mas sempre tem de esconder-se numa casca e frequentemente perde tudo, exceto suas joias. Pouca-Fé diz: "Este caminho é difícil, cercado de espinhos afiados e cheio de perigos; tenho medo de prosseguir". Contudo, uma fé robusta lembra a promessa: "Sejam de ferro e de bronze os teus ferrolhos, e, como os teus dias, durará a tua paz" (Deuteronômio 33.25) e assim ela se arrisca destemidamente. Pouca-Fé permanece em desânimo, chorando diante das águas. A fé abundante canta: "Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão" (Isaías 43.2); e imediatamente ela atravessa tais águas.
    Você deseja ser feliz e tranquilo? Você se alegra com a religião? Deseja ter um cristianismo de alegria e não de tristeza? Tenha fé em Deus. Se você ama o desânimo e a melancolia, contente-se com sua pouca fé. Se você ama a alegria e deseja entoar canções de regozijo, anele por este dom precioso -"fé abundante".

  • "Importa-vos nascer de novo." João 3.7

    A regeneração é uma dos fundamentos da salvação. Devemos ser bastante diligentes em nos assegurarmos de que somos realmente nascidos de novo, pois existem pessoas que imaginam serem nascidas de novo e não o são. Lembre-se de que ter o nome de cristão não significa ter a natureza de cristão, e que ser nascido em um país cristão e ser conhecido como alguém que se declara cristão não tem qualquer valor, a menos que algo mais seja acrescentado - o ser nascido de novo pelo poder do Espírito Santo. Ser nascido de novo é um assunto tão misterioso, que as palavras humanas não podem descrevê-lo. "O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito" João 3.8). Apesar disso, o novo nascimento é uma mudança que pode ser conhecida pelas obras de santidade, e sentida por uma experiência graciosa.
    Esta obra grandiosa é sobrenatural. Não é algo que um homem realiza por si mesmo. É infundido um novo princípio, o qual trabalha no coração, renova a alma e afeta o homem por inteiro. Não é uma mudança de nome; é sim uma renovação em minha natureza, de modo que não sou mais o homem que eu costumava ser, e sim um novo homem, uma "nova criatura" (2 Coríntios 5.17) em Cristo Jesus. Lavar e vestir um cadáver é muito diferente de fazê-lo viver. O homem pode fazer a primeira coisa, mas só Deus pode fazer a segunda. Se você já nasceu de novo, dirá o seguinte: "Ó Senhor Jesus, Pai da Eternidade, Tu és o meu pai espiritual. Se o teu Espírito não tivesse soprado em meu espírito uma nova vida, espiritual e santa, até hoje eu estaria morto em 'delitos e pecados' (Efésios 2.1). A minha vida espiritual deriva-se completamente de Ti; e dela Tu és o autor. Minha 'vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus' (Colossenses 3.3). Já não sou eu quem vive, e sim Cristo que vive em mim (ver Gálatas 2.20)". Que o Senhor nos capacite a estarmos certos deste assunto vital, visto que não ser nascido de novo significa estar perdido, sem perdão, sem Deus e sem esperança.

  • Assim, pois, não durmamos como os demais.
    1 Tessalonicenses 5.6

    Existem muitas maneiras de promovermos a vigilância cristã. Com muito vigor, devo advertir os crentes a conversarem juntos a respeito dos caminhos do Senhor. Cristão e Esperança, quando viajavam em direção à Cidade Celestial, disseram a si mesmos: "Para evitar sonolência nesse lugar, iniciemos uma boa conversa". Cristão perguntou: "Onde vamos começar?" Esperança respondeu: "Onde Deus começou conosco". Então, Cristão cantou: "... A comunhão dos santos, se bem direcionada, os mantém alertas, apesar do esforço do inferno". Os crentes que se isolam e peregrinam sozinhos estão sujeitos a se tornarem sonolentos. Mantenha o companheirismo cristão e será preservado em vigilância, bem como se manterá animado e encorajado, a fim de realizar progresso mais rápido na jornada para o céu. No entanto, à medida que você recebe de outros crentes conselhos edificantes a respeito dos caminhos de Deus, tenha o cuidado de ser o tema de sua conversa, o Senhor Jesus.
    Quando os santos têm sono, venham cá, e ouçam estes peregrinos conversando. Sim, e deles aprendam deste modo, como manter abertos os olhos sonolentos. A comunhão dos santos, se bem direcionada, os mantém alertas, apesar do esforço do Inferno.
    Faça com que os olhos da fé estejam constantemente fixos nEle. Encha de Jesus o seu coração. E que os seus lábios falem sobre a dignidade dele. Irmão, viva bem próximo da cruz e você não dormirá. Esforce-se para incutir em si mesmo um profundo senso da importância do lugar para o qual você está indo. Se você lembrar que está indo para o céu, não dormirá na estrada. Se você pensar que o inferno está em seu encalço e a morte o está perseguindo, não perderá tempo.
    Crente, você dormirá enquanto os portões de pérola estão abertos, enquanto as canções dos anjos esperam por sua companhia e uma coroa de ouro está preparada para a sua cabeça? Oh! não! Em santa comunhão continue vigiando e orando, para que não caia em tentação (ver Mateus 26.41)!

  • "A minha graça te basta." 2 Coríntios 12.9

    Se nenhum dos santos de Deus fosse pobre e experimentasse provações, não conheceríamos sequer a metade das consolações da graça de Deus. É possível encontrarmos um peregrino desprovido de um lugar onde reclinar a cabeça, mas que pode afirmar: "Eu confio no Senhor". Podemos encontrar um crente pobre, sofrendo a falta de coisas essenciais, que, apesar disso, se gloria no Senhor. Podemos encontrar uma viúva desolada e dominada por aflição, mas, assim mesmo, crendo no Senhor Jesus. Que honra eles demonstram ao evangelho!

    A graça de Deus é ilustrada e magnificada na pobreza e provações dos crentes. Os santos permanecem firmes em cada desencorajamento, crendo que todas as coisas cooperam juntas para o bem deles (ver Romanos 8.28). Eles creem que, em última instância, uma verdadeira bênção pode surgir de males aparentes; creem ou que seu Deus realizará um livramento imediato ou que Ele certamente há de ampará-los na aflição, que durará o tempo que a Ele for agradável. Esta paciência dos crentes comprova o poder da graça de Deus. Há um farol à beira-mar. A noite está calma, eu não sei se o farol está firme. A tempestade deve assolar e, então, poderei dizer se ele aguentará. Assim acontece com a obra do Espírito. Se ela não fosse, vez após vez, cercada por águas tempestuosas, não saberíamos quando é verdadeira e forte; se os ventos não soprassem contra ela, não saberíamos quão firme e segura ela é. As obras-primas de Deus são aquelas que permanecem firmes e inabaláveis em meio às dificuldades. Aquele que deseja glorificar o seu Deus tem de incluir em suas considerações o fato de que enfrentará muitas provações. Se as lutas não forem muitas, nenhum crente pode ser ilustre diante de seu Senhor. Então, caso seu caminho esteja cheio de provações, regozije-se porque você demonstrará, de modo excelente, a graça de Deus que é abundante e suficiente. Nunca imagine que Ele o deixará - odeie tal pensamento. Podemos continuar confiando até ao fim, pois Deus tem sido suficiente até agora.

  • Provei-te na fornalha da aflição. Isaías 48.10

    Crente atribulado, conforte-se com este pensamento - Deus afirmou: "Provei-te na fornalha da aflição". Estas palavras não nos alcançam como se fossem uma chuva refrescante que ameniza a fúria das chamas? Não constituem uma proteção contra a qual o fogo não tem qualquer poder? Que venha a aflição. Deus me escolheu! Pobreza, você pode caminhar porta adentro, mas Deus já está em casa, e já me escolheu. Doença, você pode entremeter-se, mas tenho pronto um bálsamo - Deus me escolheu. Não importa o que aconteça comigo neste vale de lágrimas, sei que Deus me escolheu.
    Crente, se você deseja uma consolação ainda mais poderosa, lembre que o Filho de Deus está com você na fornalha da aflição. Naquele cômodo silencioso, assentado ao seu lado, está Alguém que você não vê, mas que o ama. E, mesmo quando você não o percebe, em tempo de angústia, Ele prepara a sua cama e afofa o seu travesseiro. Você é pobre mas, na sua amável casa, o Senhor da vida e glória é um visitante frequente. Ele ama vir a estes lugares desolados, a fim de visitá-lo. O seu Amigo permanece muito perto de você. Talvez você não O esteja vendo, mas pode sentir a força das mãos dele. Você não ouve a voz dele? Mesmo no vale da sombra da morte, Ele diz: "Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus" (Isaías 41.10). Crente, não tema, Jesus está com você. Em todas as suas abrasadoras provações, a presença dele é tanto o seu conforto como sua segurança. O Senhor Jesus nunca abandonará aquele que escolheu para ser dele mesmo. "Não temas, pois, porque sou contigo" (Isaías 43.5). Esta é a palavra de promessa dele para seus eleitos que se encontram na fornalha da aflição. Você não se apegará rapidamente a Cristo, então?
    Através de rios e chamas, com Jesus, meu Rei, aonde quer que Ele vá, eu O seguirei.

  • "Pelo que todo o Israel tinha de descer aos filisteus para amolar a relha do seu arado, e a sua enxada, e o seu machado, e a sua foice." 1Samuel 13.20

    Estamos engajados em uma grande luta contra os filisteus do mal. Temos de usar toda arma que estiver ao nosso alcance. A pregação, o ensino, a oração, o contribuir - tudo precisa ser colocado em atividade; e os talentos que achamos ser inúteis para a obra têm de ser empregados. Arado, machado e foice, todos podem ser úteis para acabar com os filisteus. Armas toscas podem dar golpes fortes e a matança não precisa ser feita de forma elegante, desde que seja eficiente. Cada momento apropriado ou não, cada fragmento de habilidade (treinada ou não), cada oportunidade (favorável ou não) têm de ser usadas, pois nossos inimigos são muitos e nossa força, insuficiente. A maioria de nossas armas carece de afiação. Precisamos de agudez de percepção, tato, energia, diligência - adaptação completa para a obra do Senhor.

    O bom senso prático é uma virtude rara entre aqueles que dirigem as realizações do cristianismo. Temos de aprender de nossos inimigos e fazer que os filisteus amolem as nossas armas. Neste dia, observemos o suficiente para afiarmos nosso zelo por intermédio da ajuda do Espírito Santo. Observemos a devoção dos incrédulos: que sofrimentos eles suportam na adoração de seus ídolos! Eles são os únicos que demonstram paciência e renúncia? Observemos o Príncipe das Trevas: quão perseverante em seus esforços, quão desembaraçado em suas tentativas, quão ousado em seus planos, quão pensativo em suas conspirações, quão vigoroso em tudo o que faz! Os demônios estão unidos, como se fossem um só homem, em sua rebelião infame, enquanto nós, crentes em Jesus, estamos divididos em nosso servir a Deus e raramente trabalhamos com unanimidade. Oh! que aprendamos das atividades infernais de Satanás a sair, como bons samaritanos, à procura daqueles que podemos abençoar!

  • "Levanta-te, vento norte, e vem tu, vento sul; assopra no meu jardim, para que se derramem os seus aromas." Cântico dos Cânticos 4.16

    Qualquer coisa é melhor do que a calma mortal da indiferença. Talvez nossas almas desejem, sabiamente, o vento norte dos problemas, caso somente ele possa espalhar o perfume de nossas graças. Desde que não pode ser dito: "o SENHOR não estava no vento" (1 Reis 19.11), não tremeremos na mais gelada rajada de vento que soprar nas plantas da graça. Neste versículo, a esposa não se sujeitou humildemente às repreensões de seu Amado? Ela rogou que Ele enviasse, de alguma maneira, a sua graça, não fazendo nenhuma especulação quanto à maneira peculiar em que ela viria. A esposa não se tornou, à nossa semelhança, tão completamente fatigada daquela insensibilidade, que chegou a suspirar por uma visitação que a estimularia à ação? Sim, ela também desejava a brisa quente do sul da consolação, os sorrisos do amor divino, o gozo da presença do Redentor; estas coisas são frequentemente poderosas e eficazes para despertar-nos da vida de morosidade.
    A esposa desejava ou os sorrisos do amor divino, ou a presença do Redentor, ou ambas as coisas, para que pudesse deleitar seu Amado com os aromas de seu jardim. Ela não podia suportar o ser inútil, assim como nós também não o podemos. Que pensamento estimulante é o fato de que Jesus pode encontrar conforto em nossas pobres e frágeis graças! Tal pensamento parece excelente demais, para ser verdade! Certamente procuraríamos o sofrimento ou até mesmo a morte, se por meio deles pudéssemos deixar contente o coração de Emanuel. Oh, que nosso coração seja reduzido a átomos, se apenas por meio desta pisadura nosso doce Senhor Jesus puder ser glorificado. Graças não exercidas são como doces perfumes inativos nas flores. A sabedoria do sublime Esposo faz com que das aflições, bem como das consolações, brotem fé, amor, paciência, esperança, resignação, alegria e muitas outras flores lindas do jardim. Que saibamos, por agradável experiência, o que isto significa!

  • "Dele vem a minha esperança." Salmos 62.5

    Usar esta linguagem é um privilégio do crente. Se ele espera alguma coisa do mundo, esta é realmente uma expectativa infeliz. Mas, se o crente espera em Deus para suprir as suas necessidades, quer sejam estas bênçãos temporais, quer sejam espirituais, sua expectativa não se tornará vã. Constantemente, o crente pode sacar do banco da fé e ter suas necessidades supridas a partir das riquezas da bondade de Deus. Meu Senhor nunca falha em honrar suas promessas. Quando trazemos suas Palavras ao trono dele, nunca as recebemos de volta sem resposta. Portanto, esperarei tão-somente junto à sua porta, porque Ele sempre a abre com mãos de misericórdia. Naquela hora, haverei de perguntar-Lhe novas coisas.

    Entretanto, nós também temos necessidades referentes à vida futura. Em breve morreremos, e, então, nossa expectativa virá do Senhor. Não esperamos que, ao morrermos, Ele enviará seus anjos para nos levarem à sua presença? Quando o pulso desfalecer e o coração ofegar intensamente, algum mensageiro angelical se colocará ao nosso lado e, contemplando-nos com olhos de amor, sussurrará: "Irmão, vem para casa". Enquanto nos aproximamos do portão celestial, esperamos ouvir o convite para entrar: "Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mateus 25.34). Esperamos harpas de ouro e coroas de glória; esperamos logo estar entre a multidão dos seres reluzentes, diante do trono. Anelamos pelo tempo em que seremos semelhantes ao nosso glorioso Senhor, "porque haveremos de vê-lo como ele é" (1 João 3.2). Assim, sendo estas as suas expectativas, ó minha alma, vive para Deus, com o desejo de glorificá-Lo, pois dele vem todo o suprimento e a graça da sua eleição, redenção e chamado que são a razão da "expectativa" da glória por vir.

  • "Pois disseste: O SENHOR é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada." Salmos 91.9

    No deserto, os israelitas estavam continuamente expostos a mudança. Quando a coluna de nuvens parava, as tendas eram armadas. Mas, no dia seguinte, antes que a aurora rompesse, a arca se movia, e a coluna de nuvem e de fogo guiava o povo no caminho, através das trilhas estreitas das montanhas, subindo ladeiras, ou através da terra árida do deserto. Eles tinham pouco tempo para descansar, porque logo ouviam o grito: "Adiante; este não é o nosso lugar de descanso. Temos de prosseguir em nossa jornada até Canaã". Eles nunca ficavam num lugar por muito tempo. Nem mesmo os oásis, com palmeiras, poderiam detê-los. Apesar disso, eles tinham uma habitação permanente em seu Deus. A coluna de nuvens do Senhor era o abrigo deles; e o resplendor de fogo, à noite, era a lareira de suas famílias.

    Os israelitas tinham de seguir adiante, de um lugar para outro, mudando continuamente, nunca tendo tempo de se fixar e dizer: "Agora estamos seguros; neste lugar viveremos". "Mas", declarou Moisés, "embora estejamos sempre mudando, Senhor, Tu tens sido a nossa habitação, em todas as gerações" (ver Salmos 90.1). O crente não conhece qualquer mudança no que diz respeito a Deus. O crente pode ser rico hoje e pobre amanhã; talvez esteja sadio hoje e enfermo amanhã. Pode estar gozando de alegria hoje e amanhã entristecer-se. No entanto, não existe qualquer mudança no que se refere ao relacionamento dele com Deus. Se Ele me amou ontem, também me ama hoje. Mesmo que as expectativas sejam arruinadas e a esperança, frustrada; mesmo que a alegria murche e o míldio destrua tudo, nada perdi, do que tenho em Deus. Deus é a minha fortaleza, na qual eu sempre posso me acolher (ver Salmos 71.3). Sou peregrino neste mundo; em Deus, porém, estou em casa. Na terra, viajo; mas em Deus, habito em lugar seguro.

  • "Ao SENHOR pertence a salvação!” Jonas 2.9

    Salvação é trabalho de Deus. É somente Ele que vivifica a alma "morta em delitos e pecados", e também é Ele que mantém a alma viva espiritualmente. Ele é ambos “Alfa e Ómega". Se cultivo o hábito de orar, Deus me fez cultivá-lo. Se me beneficio de bênçãos, elas são presentes de Deus para mim. Se vivo consistentemente é porque Ele me sustenta com sua mão. Eu mesmo nada faço para ser preservado, exceto o que Deus já começou a fazer em mim. Se peco, esta ação é só minha; mas se ajo corretamente, isto vem, completamente, de Deus. Eu tenho, diante dos homens, uma vida consagrada? Não sou eu, mas Cristo, que vive em mim. Sou santificado? - eu não limpei a mim mesmo, Deus, o Espírito Santo, me santifica. Sou afastado do mundo? Sou afastado pela correção da parte de Deus, santificado para o meu bem-estar. Cresço em conhecimento? O grande instrutor ensina-me. Apenas Ele é minha rocha e minha salvação. Alimento-me da Palavra? Ela não me serviria de alimento, se o Senhor não a tivesse feito fonte de nutrição para minha alma e não tivesse me ajudado a alimentar-me dela. Eu recebo, continuamente, acréscimo de forças? Onde entesouro minha força? Meu auxílio vem das colinas celestes. Sem Jesus, nada posso. Como um galho não frutifica, a menos que permaneça na videira, não poderia fazer muito mais, se não permanecesse nEle. A lição que Jonas aprendeu no fundo do mar, quero aprender neste momento, enquanto oro. Ao Senhor pertence a salvação.

  • Saiba mais: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2015/12/devocional-charles-spurgeon

    "A ira vindoura." Mateus 3.7

    É agradável andar no campo após a chuva e sentir o frescor das plantas. Com o crente acontece coisa semelhante. Ele passa por uma terra onde a tempestade já caiu sobre a cabeça do Salvador. Se algumas gotas de tristeza caem, elas escorrem de nuvens de misericórdia. Jesus o encoraja, assegurando-lhe que o chuvisco não tem a finalidade de destruí-lo. Mas, como é terrível testemunhar a aproximação de uma tempestade, ver o prenúncio dela. Quão terrível é esperar o medonho avanço de um furacão - como acontece às vezes, nos trópicos - esperar em terrível apreensão.

    Esta, pecador, é sua presente situação. Ainda não caíram gotas quentes, mas uma chuva de fogo se aproxima. Ventos horríveis não uivam ao seu redor, mas a tempestade de Deus monta sua pavorosa artilharia. Embora a enchente esteja represada pela misericórdia, logo haverá inundação. Os raios e trovões de Deus ainda estão em seu depósito, mas a tempestade se apressa e quão horrendo será aquele momento, quando Deus, vestido em vingança, marchará em fúria! Onde, ó pecador, você esconderá sua cabeça, ou para onde fugirá? Que a mão de misericórdia conduza-o a Cristo. Ele está diante de você, no evangelho. Você conhece sua carência dele. Creia nEle e então, a fúria passará, para sempre.